MILTON
MACIEL
Às vezes eu sinto, pressinto, acordando,
Que sigo dormindo, caindo, flutuando.
Então eu duvido, aturdido, me descontrolando:
Não será a morte, por sorte, que está me levando?
É aí que eu paro, reparo, eu fico observando:
Será mesmo, a esmo, que estou respirando?
Será ainda crível, possível, que esteja eu vivendo?
Ou é que eu sonho, bisonho, me auto-extinguindo?
Não mais que um engano, insano, rotundo, hediondo,
Uma torpe ilusão, irrisão... Sou só um erro profundo?
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