quarta-feira, 6 de março de 2013


O CERCO – 20    Novela histórica
MILTON  MACIEL                                                    Vérica

Resumo do cap. 19 – Kyna levou o general Armosic e Hilduara para dentro da habitação sacerdotal e lá induziu o chefe franco a admitir que o jovem Geodac, morto em batalha, a quem adotara como filho, era na verdade um eunuco com quem ele vivia maritalmente. O general suplica que essa sua condição de homossexualidade não seja revelada ao rei e aos soldados, pois se veria obrigado a tirar sua própria vida. Kyna o tranqüiliza e surpreende, ao revelar a condição de eunuco da belíssima Hilduara, com quem o general franco está impressionadíssimo. Fica evidente que tudo é um grande plano da Deusa, para resgatar para ambos, mas principalmente para a infeliz Hilduara, a condição de viver enfim o verdadeiro amor.

VÉRICA RESSURGE DAS CINZAS. E MEROVEU, TAMBÉM. Cést la guèrre!

A sacerdotisa-mor deixou o novo casal dentro de casa, para que se conhecessem melhor e trocassem confidências. A ação enérgica da Deusa se fazia sentir e eles iam ficando cada vez mais apaixonados um pelo outro, de uma forma fulminante, quase instantânea. A Deusa tinha pressa e sua influência era mais instantânea e devastadora do que todas as míticas setas de Cupido reunidas!

Chegando à rua, Kyna dirigiu-se aos seis soldados, que ainda estavam à espera de seu chefe:

– O general Armosic pediu-me que os avisasse que ele os dispensa, pois está tomando um longo depoimento da mulher huna, agora sua prisioneira. Certamente levará o resto do dia nisso. Podem ir embora, portanto.

Os homens se entreolharam, evidentemente pouco à vontade com aquela estranha ordem, vinda de uma mulher. Só iriam sair dali com ordem direta do chefe. Mas, antes que algum deles tivesse oportunidade de dizer isso ou qualquer outra coisa, Vérica deu um passo em direção à parede onde apoiara o seu grande arco. Bastou que ela o pegasse na mão, para que os seis soldados saíssem em marcha acelerada, correndo em três direções distintas, o que revelava o medo de que estavam tomados. Vérica voltou a apoiar o arco na parede e aproximou-se da avó, ajoelhando à sua frente e falando-lhe com voz serena a humilde.

– Minha senhora Kyna, quero lhe pedir que pense em perdoar minhas falhas grotescas. Conversando com minha mãe e irmã Alana, tive tempo para serenar meu coração e compreender o quanto eu tenho agido de forma intempestiva e orgulhosa. Tantas coisas boas me aconteceram nestes últimos dias, tantos sucessos eu tive como guerreira, que isso me subiu à cabeça e eu comecei a me sentir muito forte e muito especial. E também conta o fato de ter me livrado enfim de minha vergonhosa virgindade. Passei e me ver como uma mulher completa e altiva. Foi um pecado grosseiro, senhora Kyna, comecei a me sentir superior às outras pessoas, o que, de fato, nada tem a ver com os votos de uma sacerdotisa. Por isso compreendo agora que a Deusa teve razão em me esbofetear e me prostrar de joelhos. E teve todas as razões para me punir e interditar. O que eu lhe peço, senhora, não é o seu perdão para a minha falha ridícula, suspendendo minha punição. O que ouso suplicar-lhe é que tente me perdoar no seu coração de avó generosa que sempre foi. Eu sou sua neta, ainda que não possa agora chamá-la de avó, e, não importa quão zangada a senhora esteja comigo, o quanto tenha que me castigar, saiba que eu a amo acima de tudo neste mundo, acima mesmo de minha própria mãe Alana, que sabe disso e o compreende e aceita muito bem.

Os olhos de Kyna se encheram de lágrimas, mas lágrimas de júbilo, de felicidade. Sim aquela era a sua menina de ouro, a criança que ela havia criado a maior parte do tempo, pois Alana estivera ausente muitas e muitas vezes por longos períodos, cumprindo as muitas missões que lhe foram confiadas pela Deusa. E a avó falou mais alto que a sacerdotisa, segurando o braço da moça e fazendo-a erguer-se:

– Levante-se, criança!

– Criança?! Quer dizer que...

– Quer dizer que você pode voltar a chamá-la de Avó, minha filha. A Deusa já levantou sua interdição, seu castigo foi relâmpago, já está encerrado. Eu aguardava ansiosa por este momento, enquanto conversávamos, há pouco.  Mas achei mais justo que Kyna lhe dissesse.

Vérica jogou-se sobre Kyna, abraçou-a a começou a cobri-la com uma multidão de beijos, enquanto gritava:

– Avó! Avó! Avó! Minha Kyna querida, minha avó adorada! Obrigada, Deusa de bondade, obrigada por ter tido pena desta sua sacerdotisa estúpida e primitiva.

E começou a pular num pé só, a rodopiar pela rua estreita, exatamente como faria uma moleca. Que, em última análise, era o que ela era na verdade. A criança amada de Kyna, a criança amada de Alana, na glória dos seus dezessete anos entrantes. Grande, forte, musculosa, alta, atlética, impressionante, bela... mas ainda uma quase criança. Abençoada criança!

Alana e Kyna esperaram pacientemente que o arroubo, a explosão de contentamento de Vérica passasse. Que criatura extraordinariamente intensa era aquela! Com ela nada era pela metade, nada era comedido. Para o bom ou para o ruim, ela simplesmente explodia na hora, como uma gigantesca carga de fogo grego. E era a criatura mais sincera e transparente que se podia conhecer também. Tudo nela era direto, sem subterfúgios, sem diplomacias, sem panos quentes. E, ainda por cima, era a mulher mais corajosa que elas tinham conhecido na vida. E era a filha e a neta delas. Como a amavam, como tinham orgulho dela!

Acalmados os ânimos, Kyna começou as explicações:

– Minha criança, o que reverteu sua situação foi sua atitude corajosa me defendendo contra os soldados francos. Nós duas e, muito mais facilmente, a própria Deusa, percebemos que foi um gesto de extremo amor, que você ainda por cima traduziu em palavras especialmente amorosas. Isso desarmou o coração da Deusa, que a ama tanto quanto nós a amamos. Você sempre foi, desde antes do seu nascimento, nossa criança especial. Hoje nós temos que conviver com a estranha transição que está levando nossa criança a se transformar numa mulher. Mas será uma mulher esplêndida, com grandes missões a desempenhar na história destas nações aliadas e das que são hoje nossas inimigas, mas que amanhã serão todas unificadas em uma grande nação, por aquele que será o primogênito do único filho que você dará a Meroveu.

– Um neto meu, Avó? Ele unificará toda a Gália?

– Ele será o primeiro grande rei unificador de todos os francos, minha filha. Era isso que nós queríamos passar como informação a você, quando você saiu correndo feito uma doida para a floresta.

– Então isso quer dizer que eu não poderei escapar a meu triste fado de ser mulher de Meroveu? Uma rainha franca, mãe? É isso? Que coisa mais horrível!

– Não, criança, não será horrível. Começa que não a daremos a Meroveu de imediato. Você poderá passar com ele, a partir de hoje à noite mesmo, intensos momentos de amor, mas seguindo as instruções que Alana vai lhe dar, para que você não liquide com o coitado de novo. Eu vou recuperá-lo para você e para que ele venha nos garantir a liberdade de Hilduara imediatamente. E eis o restante das determinações da Deusa para você. Pode enumerá-las Alana.

– Permaneceremos aqui enquanto Châlons for campo de batalha, porque é aqui que se dará em poucos dias mais, a grande batalha final, com a qual esperamos expulsar Átila e os hunos de solo gaulês. Hilduara será uma peça absolutamente fundamental para isso, por isso a Deusa fez com que ela fosse mandada para cá, onde, por outro lado, ela tinha Armosic pronto para lhe dar amor pela primeira vez em sua vida de sofrimento e desilusões. Dias terríveis se aproximam, filha, não teremos mais a grande facilidade da fragilidade deste bando de menos de dois mil hunos que começaram a nos cercar dias atrás. Agora vamos ter que nos haver com o próprio Átila e seu imenso exército esmagador. As primeiras rápidas escaramuças, nas quais triunfamos facilmente, quase sem perder nenhum combatente, serão doravante substituídas por grandes batalhas destruidoras e os francos irão chorar suas muitas baixas.

– Terríveis novas...

– Sim, e cabe-me apenas confirmar o que sua mãe acaba de dizer, criança. Mas, independente disso, terminados os combates, Meroveu receberá domínio sobre uma vasta extensão de terras ao Norte e se retirará para lá, para consolidar seu reino. Estará o tempo todo irremediavelmente apaixonado por você. Mas nós não a daremos a ele então. Ele terá que esperar sua vez. E isso só poderá acontecer daqui a quatro anos. Então você será a nova rainha dos francos e, no devido tempo, dará a Meroveu um filho que ele não chegará a conhecer, porque isso é uma completa impossibilidade.

– Isso significa que ele vai morrer antes de conhecer o filho, avó?

– Sim, mas não é só isso. Esse espírito vem sendo preparado para organizar os povos francos há muito tempo, como já está fazendo agora com os francos salianos. Então, quando você tiver uma criança em seu ventre, Meroveu morrerá subitamente. Deixará seu corpo sem valia, mas retornará quase imediatamente à vida terrena. Ele usará o corpo que você estará gestando, e nascerá como filho seu! E como filho dele próprio! Só então ele irá conseguir o seu amor, minha menina. Só então, como seu filho, terá o amor que não logrará receber de você nem como amante, nem como esposa. Veja que isso configura uma situação raríssima, mas não totalmente incomum, em que um homem vai ser o pai de si mesmo.

– Estranhos e extraordinários os caminhos dos Deuses, minha mãe. Quem ousará se lhes opor? – falou Alana, pensativa e admirada.

– Tem razão, minha filha. E você, minha neta querida, terá pela frente uma importantíssima missão, pois será de sua progênie, e desse neto prodigioso que você é que vai criar e educar, que sairá uma grande e verdadeira nação, forte e unificada, que nem romanos, nem hunos, nem nenhum outro povo mais conseguirá dominar, pelos séculos e séculos a vir.

– UOU!!... Que coisa incrível que é isso! Mas por que eu, Avó, se tudo o que eu quero é ser somente uma sacerdotisa como Kyna e Alana?

– E você o será, minha criança preciosa. Você o será. Mas não como Kyna e como Alana, você será maior do que nós duas, porque essa é a Lei da Evolução. Quando, num certo momento no futuro, Alana me suceder, ela será muito maior do que eu sou hoje. E, da mesma forma, quando você suceder Alana, você será muito maior do que ela e do que eu. Assim o dispõe a Deusa, assim é a Lei de Evolução. Você será sacerdotisa, grã-sacerdotisa e sumo-sacerdotisa. E será tão grande, que poderá ser tudo isso e ainda ser a rainha dos francos: Primeiro dos francos salianos, com Meroveu; Depois, de todos os francos, com seu neto. Mas nunca deixará de ser uma sacerdotisa da Deusa.

– E o que acontecerá nesses anos em que não estarei ainda com Meroveu?

– Você virá conosco, minha filha, completar sua formação de sacerdotisa. E a Deusa lhe dará um gamo-rei de verdade, celta, e você conceberá e receberá em seu ventre sua menina, para dedicá-la à Deusa, como fazemos há incontáveis gerações. Quando você partir para sua missão junto a Meroveu, seu filho – que será ele mesmo – e, depois, seu neto, então você deixará sua menina comigo e eu, sua mãe Alana, serei para ela a Avó maravilhosa que Kyna foi e é para você agora.

– Céus, que futuro estranho esse meu! Mas é verdade, se eu tivesse ouvido isso tudo na noite em que fugi para a floresta, não teria sofrido nem uma fração do inferno que vivi naquelas horas de agonia. E não teria pensado tão mal de Meroveu, a ponto de cogitar em matá-lo, coitado. Agora que eu sei tudo isso, acho que vou me esforçar para tratá-lo muito melhor. Ainda mais que eu sei o quanto ele me quer e que eu não lhe retribuo esse sentimento. E que sei que vou deixá-lo em breve para seguir meu caminho de sacerdotisa e ter minha filha.

– Bem, agora que está tudo sob controle, deixem-me ir tratar do rei. Precisamos dele recuperado e bem desperto, para indultar Hilduara. E sei de alguém que tem certas ‘contas’ a ajustar com ele esta noite, desde que ele esteja mais fortezinho. Então com licença, minhas sacerdotisas. Ah, Alana, não esqueça de instruir sua filha para não ir com tanta sede ao pote. O pote pode quebrar de novo e eu não quero ter que repetir todo o trabalho que estou fazendo com ele hoje.

Tendo falado isso em meio a um grande sorriso, Kyna andou em direção aos aposentos do rei e, lá chegando, passou mais de duas horas a tratar dele. Quando terminou, o rei estava desperto, em pé, com uma fome e uma sede cavalares, só querendo saber de comida e de água. Kyna acompanhou-o ao alojamento dos guardas da muralha norte, onde ainda havia bastante sobra da última refeição sobre as mesas. Meroveu quase se atirou sobre a primeira mesa, comeu com a sofreguidão de um selvagem e bebeu litros e litros de água. Kyna observou-o contente: estava ganha a batalha.

Depois que Meroveu resolveu seu grande problema de fome e sede, Kyna apressou-se a contar-lhe o que tinha acontecido. A Deusa dera sua permissão para que Vérica fosse sua esposa, sua rainha, e mãe do seu filho. A revelação deixou o rei dos francos extasiado. Como tinha temido uma resposta negativa! Mas o fato de a própria Vérica vir procurá-lo e fazer amor com ele várias vezes até que... até que o que, mesmo?... Não conseguia lembrar o que tinha acontecido. De repente tinha adormecido, ou pelos menos isso é que lhe parecia agora. Há quanto tempo ele estava assim, dormindo tão profundamente? E Vérica? Onde estava ela agora?

– Meu rei, tenha calma, tudo lhe será explicado pela própria Vérica esta noite.

– Eu a verei esta noite, é? Posso ir ao alojamento das sacerdotisas?

– Irá agora mesmo, comigo, meu bom rei. Mas não verá Vérica ainda. Porém não precisará ir de novo à nossa casa para revê-la, Ela virá para cá, para seus aposentos outra vez. E ficarão os dois, por muitos dias, numa grande celebração do amor, dentro dos limites do que a guerra lhes permita. 

– Minha amada virá ficar comigo está noite?! Mas isso é maravilhoso!

– E muitas dias e noites depois desta. Prepare-se, Meroveu, para estar à altura dessa mulher extraordinária, que a Deusa lhe concedeu a suprema glória e ventura de poder receber entre seus braços.

– E em meu coração, onde ela já impera desde o primeiro instante em que a vi, naquela muralha.

 – Muito bem, meu rei, mas agora vamos andando, no caminho vou lhe contar uma história de espiãs e de mulheres assassinas, coisa que Vérica, Alana, eu e seu general Armosic já resolvemos plenamente para o senhor. Vou levá-lo a conhecer uma nobre e surpreendente mulher, que era sua inimiga até poucas horas atrás, mas que agora, abençoada e protegida que foi pela Deusa, vai se converter numa aliada de inestimável valor para os francos, porque sabe todos os segredos dos hunos.

E, enquanto caminhavam calmamente, Kyna contou a Meroveu quem era a belíssima mulher ostrogoda, que um romano escravizara, enfeitiçara e obrigara a servir aos hunos como espiã. Mas agora a Deusa castigara o romano e Hilduara estava livre, desde que o rei dos francos assim entendesse também. Também contou ao rei que seu general Armosic passara rapidamente da posição de perseguidor à de admirador devotado da bela ostrogoda. E que pediria licença ao rei para tomá-la sob sua proteção e desposá-la, se o rei conseguisse dar a ela o seu perdão.

Meroveu, que tinha enorme admiração e estima por Armosic, acima de tudo um grande amigo para ele, e que sabia o quanto esse amigo havia sofrido com a morte do seu filho adotivo meses atrás, ficou imediatamente predisposto a perdoar a mulher, fosse ela quem fosse, desde que se comprometesse a casar com Armosic e fazê-lo feliz. De mais a mais, ele faria o que Kyna lhe dissesse para fazer, não importa que coisa fosse. Era sua grande aliada, era a dona do segredo do fogo grego, era sacerdotisa da Grande Deusa e, acima de tudo, era a avó de sua adorada Vérica.

Assim, antes que Meroveu visse Hilduara e ficasse, também ele, comovido com sua beleza e sua suavidade incomuns, declarou a Kyna que a moça já estava perdoada, porque essa era a vontade da sumo-sacerdotisa. Não precisava de nenhuma razão a mais.

Dessa forma, Hilduara foi perdoada pelo rei dos francos e foi aceita na “corte”, como os soldados chamavam ao conjunto formado pelas sacerdotisas, o rei e Armosic. E, de fato, quando Hilduara começou a fazer a impressionante série de revelações sobre os segredos, táticas, armas, roteiros de suprimentos, efetivos disponíveis em homens, armas e cavalos que os hunos tinham a seu dispor, ela cresceu muito na admiração de todos os francos, militares e civis, que ocupavam a cidadela. E que, a essa altura, já eram fãs cativos de sua doçura e da suavidade ímpar de sua beleza.

E nem Meroveu, nem qualquer outra pessoa, soube jamais qualquer coisa a respeito da condição de eunuco da bela moça ostrogoda. Seu segredo, garantido pela própria Deusa, acompanhou-a pelo resto da vida, sabido apenas pelas sacerdotisas e por aquele que a Deusa lhe destinara para marido. Para todos os hunos que a conheceram antes, espalhou-se a notícia que ela havia sido executada pelos francos, junto com suas companheiras, após falharem e serem descobertas em sua última missão.

Átila se aproxima de Châlons

Lá fora, à distância, a menos de três dias de marcha, a vanguarda da cavalaria huna se aproximava de Châlons. A sudoeste da fortaleza, pela estrada principal, mais de quatro mil cavaleiros marchavam devagar, forçados a esperar o grosso do contingente huno que carregava as centenas de carroções com os despojos e saques de guerra. Com esse contingente, estava Átila, o rei dos hunos. Atrás desse maciço contingente, vinham os exércitos aliados dos hunos, constituídos por ostrogodos, alamanos, hérulos e gépides.

E mais atrás, com dois dias de marcha de desvantagem, as hostes dos romanos e seus aliados visigodos, burgúndios e alanos. Que haviam perdido tempo demais, discutindo entre si, enquanto Átila se punha em marcha para se reunir a seu outro exército, que marchava no norte, há muitos dias, em direção a Lutécia. Fora Alana quem lhes abrira os olhos e negociara com o rei visigodo Teodorico I o acordo com o romano Flávio Aécio e com os chefes alanos e burgúndios. Ela os admoestara e os fizera compreender que tinham que perseguir e dar combate imediato a Átila, antes que ele pudesse se reunir com suas tropas de retaguarda. Os aliados haviam então partido no encalço dos hunos, andando o mais rápido que podiam, mas os hunos, apesar de terem um deslocamento  mais lento, já lhes levavam muitos dias de vantagem na marcha.

CONTINUA

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