COMO É CARO SER MULHER!!!
MILTON MACIEL
1ª. Parte - A cruel obrigação de ser BELA
Que é ainda mais
terrível quando você não nasceu para ser a Bela. Mas aí tem a indústria dos cosméticos,
as lipos, as cirurgias. E vem a ditadura da moda: roupas que precisam sempre
ser substituídas a cada estação do ano, calçados, bolsas, bijuterias, jóias,
perfumes. E lá vai a mulher que trabalha entregar milhares de horas do seu suor
sacrossanto, durante toda a sua vida, para a voraz Indústria da Beleza. Quanto do seu suado e difícil dinheiro foi e
vai embora pelo ralo da indústria da ilusão
da beleza? Da beleza eterna, inclusive, quando os anos de viço natural da
juventude começam a passar. E, em tempos mais atuais, a multibilionária Indústria do Emagrecimento vem tomar-lhe
ainda mais dinheiro e tempo, monstro cruel nutrido pela alimentação suicida,
desbalanceada e excessiva, que é imposta por sua parceira de negócios e irmã
gêmea siamesa, a Indústria Alimentícia.
Muitos espertalhões
apregoam e garantem, há séculos, que, mediante o uso continuado de seus mágicos
produtos, virá o fim das rugas, da celulite, das varizes, das estrias, das
marcas de expressão, das gorduras localizadas, dos cabelos brancos. E da
FEIÚRA! E, com o advento da moderna Indústria
de Mentir em Massa – via publicidade
e marketing – passaram a ter uma aliada poderosa para suprir sua necessidade
diária de iludir e enganar, prometendo beleza facilmente atingível e juventude
eterna.
Doe-me ver que
mesmo as mulheres mais inteligentes não podem escapar dessa engrenagem cruel e
destruidora, que as tritura economicamente e as infelicita face aos pífios resultados
conseguidos. Paga-se pela ilusão, ganha-se, como bônus, a desilusão! E, claro,
um rombo garantido no orçamento mensal. Não podem escapar, porque as mulheres
são trituradas diariamente pela COMPETIÇÃO com as outras mulheres, que há mais
de 10 milênios torna a amizade, a confiança e a cooperação genuína entre
mulheres muito mais difícil – o que é tudo conseqüência da cultura machista do
neolítico. “As mulheres se vestem para as
mulheres e se despem para os homens”, já se dizia na Grécia antiga.
E isso é
tristemente verdadeiro. Afinal, o que significa ANDAR NA MODA? Significa ser
OBRIGADA a aderir a um padrão momentâneo e ultra-rápido, imposto pela indústria
através da publicidade e das mídias, o que a força a SEMPRE ter que COMPRAR
NOVAS ROUPAS e mais ADEREÇOS “que combinem”. Por quê? Porque o diabo das OUTRAS
já compraram! E ela, se não o fizer, ficará DEMODÉE! Ou seja, exposta à crítica
e ao deboche das OUTRAS MULHERES. Para piorar, ela não pode REPETIR roupas,
sapatos e bolsas! Isso é de uma covardia ultrajante!
Os homens não
estão nem aí para a moda feminina, exceto quando lhes compete pagar por ela. Aí
eles chiam e xingam. Caso contrário, ignoram solenemente as “tendências do
outono 2013” e o que mais querem com as roupas das mulheres e poder arrancá-las
na intimidade de um quarto. E, grosseiros, ainda são capazes de amarfanhar,
jogar no chão e até rasgar, na sua sofreguidão, aquela saia Prada que custou um
mês e meio de salário dela. Isso sem falar que o incauto destrói em um minuto
todo aquele penteado caprichado, que custou horas e horas de salão e muita grana
de cabeleireiro, gorjeta e estacionamento.
Nos Estados
Unidos, a indústria de cosméticos como um todo faturou 170 bilhões de dólares
em um ano, 2012. A dos salões de beleza, 86000 estabelecimentos por aqui, faturou
30 bilhões e espera chegar aos 50 bilhões em 2017. A do emagrecimento abocanhou
166 bilhões! Praticamente tudo dinheiro tomado DELAS!
Uma pesquisa inglesa que dá o que pensar
Na Inglaterra,
uma pesquisa publicada no Daily Mail, feita pela Superdrug, para lançar sua
Academia da Maquiagem, revela dados estarrecedores, aplicados às mulheres
inglesas, dos 16 aos 65 anos de idade, faixa etária em que elas consomem
cosméticos mais ativamente. A pesquisa envolve apenas produtos para a pele, os
olhos e os lábios. Nada para os cabelos e para o resto do corpo, como gorduras,
rugas e estrias. E muito menos perfumes e sabonetes especiais.
A conclusão da
pesquisa é que uma inglesa gastará em média, dos 16 aos 65 anos de idade, 9000 LIBRAS apenas com cosméticos! Ou
seja 27 mil reais em 49 anos, 550 reais por ano e 45 reais por mês,
arredondando os números. Essa média inglesa é compatível com a sua despesa pessoal
com cosméticos aqui no Brasil, amiga leitora brasileira?
Vamos avançar
pelos meandros desta pesquisa, feita com 3000 mulheres de todas as faixas
sociais, pois ela revela muita coisa importante, no que ela chama de
OS NÚMEROS DA
VAIDADE:
70% das mulheres
declararam que NUNCA saem de casa sem algum tipo de maquiagem.
69% afirmaram
que ficam MUITO mais bonitas quando usam
maquiagem.
68% delas
disseram que SE SENTEM MAIS CONFIANTES quando estão com uma maquiagem completa
e que raramente permitem que as pessoas as vejam sem ela.
50% disseram que
usam maquiagem o TEMPO TODO, só a removendo na hora de dormir.
41% disseram que
ficariam muito chateadas se AS COLEGAS as vissem sem maquiagem. AS colegAs!
33% disseram que
jamais saem de casa sem levar seu KIT DE MAQUIAGEM, para fazer os retoques e
mudanças que acharem convenientes.
25% disseram
que, se pudessem ver como elas são FEIAS SEM MAQUIAGEM, as outras pessoas que
as olham ficariam horrorizadas.
21% disseram que
seus NAMORADOS jamais as viram sem maquiagem, nem mesmo na cama.
16% disseram que
não encaram nem mesmo SEUS PAIS sem maquiagem.
A diretora da
pesquisa, Sarah Wolverson, disse: “Nossas clientes usam maquiagem como uma
forma de adquirirem AUTO-CONFIANÇA, de se acreditarem NA MODA e de se sentirem
MAIS JOVENS.”
Uma das mulheres
pesquisadas declarou:
“Tenho 47 anos e uso maquiagem todos os dias desde que
tinha 14. Uso mesmo que não vá sair. Não me sinto bem sem ela, é como se eu
estivesse nua.”
No outro
extremo, uma mulher de 31 anos afirmou:
“Eu que não uso essas coisas químicas na
minha pele! Por isso ela é ótima até hoje. Mas o que eu não posso aceitar é que
exista gente tão paranóica que fica “morrendo de vergonha” se UMA colega a vê
sem maquiagem.”
Eu não esquento muito a cabeça com isso!
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