O CAVALARIÇO
MILTON MACIEL
Naquela noite
gelada, William Mac Eth quase não conseguiu dormir. O frio do inverno, depois
da primeira nevasca do ano, era cruel para quem tinha que dormir naquele monte
de feno, que funcionava como sua cama – ali no estábulo onde Torneo era cuidado
dia e noite. O cavalo de batalha de Sir Henry Comin recebia mais cuidados do
que um nobre da corte. "Maldito Sir Henry! Que breve os vermes roam sua carcaça!"
Para ele, William
Mac Eth, um herói da guerra de independência da Escócia, só havia aquele canto
gelado numa estrebaria, um monte de feno úmido como cama e duas escassas
refeições por dia. Ele, que havia dado seu sangue pela Escócia, que havia
lutado ao lado de Sir William Wallace(*) até a covarde traição que o levou à
prisão, à tortura e à execução em Londres, em 1305, por ordem do cruel Edward I
– "Que sua alma continue a arder no
inferno por todo o sempre, desgraçado!"
Para ele, William
Mac Eth, que havia perdido os movimentos de uma das pernas na batalha de
Stirling Bridge, quando William Wallace havia desmoralizado os bastardos
ingleses, só havia agora o lugar de cavalariço de um nobre traidor, que se
alinhara sempre com seus parentes, os Comins, contra Sir Robert Bruce, agora o
rei de todos os escoceses leais.
Para ele, William
Mac Eth, que, mesmo coxo e com dores permanentes, não deixara de lutar em
Bannnockburn, em 1314, ao lado de Sir Robert Bruce, quando os escoceses haviam
finalmente expulso de suas terras os diabos ingleses e feito correr o seu
assustado reizinho Edward II, restava um tratamento humilhante, muito pior do
que aquele que era dado a um cavalo.
Poucos escoceses
sabiam que ele, William Mac Eth, tivera um papel fundamental na batalha que
havia garantido a conquista da independência da Escócia. Ele, o Coxo, como
passara a ser chamado, tinha sido o responsável pela fabricação e uso dos
ESTREPES (caltrops), os grampos de
quatro partes pontiagudas, uma das quais ficava sempre apontando para cima, e
que desde os tempos de antes de Cristo eram usados para bloquear o avanço de
cavalaria e de infantaria inimigas.
Em Bannockburn,
ele havia coordenado o trabalho de sete ferreiros, que passaram dia e noite
fabricando milhares e milhares desses grampos para usar no campo de batalha.
Depois, com toda a sua dificuldade de locomoção e das dores atrozes que o
acompanhavam há dez anos, desde Stirling Bridge, ele fizera questão de comandar
os soldados que realizaram a distribuição dos estrepes naquela parte por onde os
cavaleiros britânicos seriam obrigados a passar na hora da batalha.
Ali, ocultos pela
grama alta, milhares de estrepes ficaram esperando os cascos dos cavalos dos
malditos ingleses. Quando estes finalmente chegaram e o reizinho deles, Edward
II, ordenou a carga de cavalaria contra os escoceses, o pandemônio produzido na
tropa inimiga havia sido total. Os estrepes de Mac Eth haviam feito um estrago
tremendo: cavalos saltavam relinchando, derrubavam seus cavaleiros que, caindo
estrepitosamente com suas pesadas armaduras, não conseguiam mais levantar.
Muitos tinham morte instantânea, quebrando pescoço ou a espinha. Inúmeros
daqueles demônios invasores morreram pisoteados por seus próprios cavalos,
enlouquecidos de dor e incontroláveis, com aqueles espinhos metálicos de 10
centímetros cravados profundamente nos cascos.
Com a cavalaria
inutilizada inesperadamente, a infantaria inglesa ficou à mercê dos valentes
homens de Sir Robert Bruce, que avançaram sobre eles e lhes impuseram uma
humilhante derrota. Os ingleses bateram em retirada e seu rei decidiu que
voltassem todos para Londres imediatamente. Isso equivalia a reconhecer a
independência dos escoceses, finalmente.
Mas, no último
momento, aquele maldito inglês o havia alcançado com uma flecha, enquanto
fugia, o covarde. William Mac Eth tombou em terra, entre a vida e a morte. Foi
dado como morto. Mas voltou a si dois dias depois, encontrando-se em meios a
milhares de cadáveres em decomposição. Arrastou-se como pôde, esvaído em
sangue, com sede, fome e febre. Desmaiou à beira de uma estrada, onde um bando
de camponeses, que percorria o campo de batalha em busca de despojos para
saquear, o encontrou.
William Mac Eth
foi cuidado por eles e sobreviveu, depois de meses de lenta e penosa
recuperação. Mas o que não recuperou direito foi sua memória. Por muito tempo esqueceu
quem era. Estava assim quando Sir Henry havia passado por aquele lugarejo
recrutando homens para servi-lo. Levou o desmemoriado para ser cavalariço.
Na propriedade de
Sir Henry, ao mesmo tempo em que se afeiçoava ao arisco Torneo, o cavalo que
era o único amigo que tinha agora na vida, Mac Eth foi recuperando sua memória
aos poucos. E ficou enfurecido no dia em que finalmente lembrou quem era o
maldito Henry Comin. Um escocês traidor dos escoceses, um dos bastardos que
havia concebido e preparado a armadilha que prendeu o grande herói da Escócia,
William Wallace, levando-o à morte humilhante em Londres.
Henry Comin era
um rato traidor. E, como tal, não merecia viver. Mas, como tinha riqueza,
terras e homens armados, Robert Bruce se compusera com ele e lhe dera o perdão
que ele não merecia. Mas William Mac Eth não lhe dava o seu perdão. Se a Escócia e seu rei não executavam o traidor de
Wallace, ele, William Mac Eth, o haveria de executar. Devia isso a Sir Wallace.
Na noite em que lembrou
de tudo, Mac Eth, espumando de raiva, correu para o lugar onde estavam seus poucos
pertences, Ali, numa velha bolsa de couro, ele trazia sua relíquias de guerra.
Um osso que um
inglês moribundo, que agonizava a seu lado em Bannockburn, lhe garantira que
era do amaldiçoado rei deles, Edward I. O carrasco de Sir Wallace havia morrido
poucos dia antes, quando liderava os ingleses em avanço para a Escócia. Morreu
no meio do caminho. Já estava muito doente e o diabo viera buscar sua alma satânica
semanas atrás. Pois o maldito deixou ordens para que seu corpo fosse cozinhado
e seus ossos removidos e levados para Londres. O inglês que morria ao lado de
Mac Eth amaldiçoou seu rei tirano e indicou a Mac Eth onde estava o grande saco
que conduzia os ossos de Edward I. Suas últimas palavras foram para suplicar a
Mac Eth que abrisse aquele saco e espalhasse aqueles malditos ossos entre os
mortos, a maioria deles ingleses também. Que não deixasse que aqueles ossos chegassem a Londres. Com uma flecha espetada no peito e sua
dolorida perna dura, William Mac Eth arrastou-se até o lúgubre saco de couro e
rasgou-o com sua faca. E usou o resto de suas forças para ficar jogando aquelas
peças de ossos no meio dos corpos espalhados pelo chão. Conservou um único osso
de mão, que enfiou entre suas roupas. Se sobrevivesse, queria ter o prazer de
esmagar aquela coisa do diabo com seus pés. Essa foi sua última lembrança de
Bannockburn, perdeu os sentidos logo depois.
Mas o que William
Mac Eth queria não era o osso da mão do bastardo, mas sim suas maiores
relíquias da batalha: duas dúzias daqueles benditos estrepes que haviam sido
absolutamente decisivos para a vitória escocesa. Eles voltariam ao campo de
batalha agora. E o fariam por Sir William Wallace.
William Mac Eth
sabia odiar para sempre. Mas já era agora um homem maduro, sabia também
esperar, aprendera a ser paciente. Planejou tudo com muita calma e
antecedência. E esperou a primeira neve do ano.
Sir Henry Comin
costuma cavalgar e adestrar-se com suas armas, a maça principalmente, quase
todas as manhãs, muito cedo. Mac Eth tinha que acordar por volta de quatro da
madrugada e começar a preparar Torneo. Antes das seis, ainda escuro, já o
senhor aparecia com dois homens de confiança. Estes lhe colocavam a armadura
leve de treinamento e o ajudavam a montar. Então Sir Henry saía para galopar
sozinho. Essa era uma rotina quase diária.
Naquela manhã,
que sucedeu a uma noite mal dormida, não foi diferente. Às quatro horas ouviu
os gritos de Ewin Mc Dougal:
– Levante, seu
inútil preguiçoso! Vá preparar Torneo. Se Sir Henry chegar aqui e não estiver
tudo do agrado dele, eu terei o maior prazer em dar vinte bastonadas nessa sua
perna dura, seu idiota.
Mac Eth ergueu-se
de um salto, ignorando a dor intensa na perna e surpreendendo o insolente Mc
Dougal. É que ele estava excitado demais por causa das coisas daquela
madrugada. Correu a preparar Torneo, o que em si era um ritual longo de muitas
etapas, que lhe consumia muito mais de uma hora, até que o cavalo estivesse
alimentado e impecavelmente limpo, escovado e arreado como para combate.
Conversou longamente com seu amigo enquanto o preparava, pediu-lhe perdão em
voz baixa, prometeu que iria cuidar bem dele depois.
– Já está
caducando, Coxo? Conversando com cavalo? – era a voz de Roy M’Ean, o assassino
usado por Henry Comin para se livrar de seus inimigos.
Mac Eth nada
respondeu, apenas parou de falar com Torneo. Pouco depois Sir Henry chegou.
Como de hábito, não lhe dirigiu a palavra, era como se o cavalariço não
existisse. M’Ean e Mc Dougal colocaram-lhe a armadura peça por peça, deram-lhe
o elmo leve, que o próprio Sir Henry fazia questão de colocar. E aí o ajudaram
a montar em Torneo, que estava particularmente indócil naquela madrugada.
Mac Eth
aproximou-se, para olhar o patrão bem de perto. Este aproveitou a proximidade
para dar-lhe um empurrão com o pé em pleno peito, arrojando Mac Eth no chão. Os
três homens gargalharam.
Para surpresa deles, William Mac Eth caiu também na gargalhada. Os outros não entenderam,
mas não deram maior importância. Então todos saíram da estrebaria. Sir Henry
afastou-se trotando com Torneo. Quando transpusesse a cerca sul, daria toda
brida ao cavalo, que, já habituado, sairia a todo galope em direção à passagem
da clareira na mata. Os dois ajudantes voltaram para a casa grande. E o William
Mac Eth saiu para sua penosa caminhada, na qual ganharia a mata ali mesmo, a
duzentos metros da estrebaria e caminharia por ela por quase um quilômetro, até
chegar à clareira. Ali, com toda a certeza, teria um encontro com o passado!...
A neve voltava a
cair, muito suave agora, o que alegrou William Mac Eth ainda mais. Encobriria
seu rastros. Caminhava com dificuldade, a velha dor moendo-lhe as articulações,
mas ia contente como nunca. Assobiava pela mata uma velha canção de guerra e
vitória. Progrediu lentamente entre as árvores até que avistou, de dentro dela,
a clareira. Aí fez um esforço sobre-humano e quase correu durante os últimos
cem metros.
Ali, na clareira
coberta de neve branca, dois vultos negros eram facilmente visíveis. Um se
agitava loucamente: era Torneo. O outro estava completamente imóvel, o brilho
metálico da armadura dele traindo as primeiras cintilações avermelhadas do sol,
que ainda tardaria uma hora para nascer: era o desgraçado Henry Comin.
William Mac Eth
coxeou o mais rápido que pôde até Torneo, que se debatia com um estrepe
enterrado no casco. Quando o cavalo viu Mac Eth, trotou em direção a ele com a
pata dianteira direita dobrada no ar. Torneo relinchava e bufava. Era certo que
se queixava e pedia ajuda a Mac Eth.
– Meu velho, me
desculpe por essa dor. E agora vai doer mais ainda, mas eu já vou tirar essa
coisa do seu pé. E Mac Eth retirou da cintura uma enorme torquês de ferreiro, que
havia levado para isso mesmo. Agarrou a pata de Torneo e, com um único golpe
certeiro, apanhou e puxou com toda a força o estrepe para fora. O animal deu um
verdadeiro grito de dor, mas, no segundo seguinte, olhando para seu casco,
percebeu que a causa do seu sofrimento havia sido retirada por seu amigo. Ainda
mantendo a pata ferida levantada, Torneo se moveu de forma que sua cabeça encostasse
no peito do cavalariço. E então esfregou-a várias vezes no peito de Mac Eth. "E ainda há gente que diz que os animais não
raciocinam, pensou Mac Eth. Este
Torneo tem muito mais inteligência que o imbecil do M’Ean, com certeza."
Só então, depois
de terminar de acalmar e acarinhar Torneo, William Mac Eth voltou-se a capengou
até o vulto caído. O que viu lhe pareceu melhor do que esperava. Sir Henry Comin
estava caído de costas, não tinha qualquer movimento, mas estava vivo! Movia os
olhos e tentava falar alguma coisa. Mas a voz não lhe saía direito.
– Quebrou a
espinha, desgraçado?
Henry Comin só
gemia, os olhos apavorados, observando Mac Eth com expectativa e, agora, com uma
evidente inquietação. Ensaiou falar de novo e o cavalariço entendeu que ele
estava tentando falar a palavra socorro.
William Mac Eth
ajoelhou-se na neve e retirou o elmo do grande senhor daquelas terras.
– Mais
confortável assim, Sir Henry Comin? Espero que sim, para que possa ouvir e
entender bem sua sentença – e começou a dizer, com voz empostada:
– Henry Comin,
maldito traidor do seu povo, maldito traídor de Sir William Wallace: Eu era um
dos homens de Wallace! E eu estava lá, no meio do povo que assistia, quando
aquele tirano do diabo, seu estimado Edward I dos ingleses, o fez torturar e
decapitar. Henry Comin, traidor dos diabos, Robert Bruce, hoje rei dos escoceses
o perdoou por sua infâmia. Mas o povo da Escócia não o perdoa. Sir Wallace não o
perdoa. E EU não o perdôo.
Abaixou-se para
pegar o estrepe com uma ponta ensanguentada, que havia retirado da pata de
Torneo:
– Quer saber o
que aconteceu, imbecil? Olhe bem isto aqui: É um estrepe. Eu coloquei duas
dúzias deles sob a neve esta madrugada, aqui nesta clareira, que é caminho
obrigatório para suas cavalgadas. Pena que tive que machucar meu amigo. Mas era
certo que ele ia derrubar você, afinal é para isso que servem os estrepes. Pois é,
você se estrepou, assassino. Sabia que esse verbo, estrepar, tem origem na
palavra estrepe? Então agora vamos à sua sentença.
Os olhos de Henry
Comin giraram esbugalhados nas órbitas, era evidente que ele estava procurando
por seus homens. Além daqueles dois bandidos, ele tinha dezenas de soldados a
seu dispor. Mas William Mac Eth apenas observava o desespero do grande senhor,
totalmente desvalido e incapaz de dar suas ordens agora. O cavalariço empostou
a voz de novo:
– Henry Comin,
rato miserável, traidor imundo, ladrão, assassino e estuprador: Em nome da
Escócia, em nome de Sir William Wallace e em nome do guerreiro escocês William
Mac Eth, eu o condeno à morte! Nem precisaria, afinal agora você está um inútil
pior do que eu. Eu perdi o movimento da perna, você perdeu todos os movimentos,
idiota. Eu devia deixar você vivo para vegetar o resto da vida. Você iria
sofrer muito mais, sofrer como merece. Mas não posso. Eu jurei a mim mesmo e
jurei mentalmente a Sir Wallace, no momento em que ele era executado pelo
carrasco, que eu haveria de executar, um a um, todos os seus traidores. Não foi
preciso. Os outros já foram mortos ou morreram antes que eu pudesse lembrar - perdi a memória, você sabe. Mas sobrou você, seu rato imundo. Então eu lhe
concedo o perdão...
Os olhos de Henry
Comin se arregalaram de novo, uma expressão de alivio pareceu se desenhar
neles.
– Eu lhe concedo
o perdão... por mais alguns minutos! Aproveite, enquanto eu vou ali na frente,
recolher o restante dos meus estrepes da neve. Sabe, são meus brinquedinhos de
estimação. Eu os amava pelo que fizeram na guerra de independência em
Bannockburn. Agora eu os amo mais, pelo que fizeram com você, seu miserável. Aproveite,
viva bastante esses seus últimos minutos. Reze para eu demorar a encontrar
todos os meus estrepes, porque eu não vou deixar nenhum dos meus filhinhos
nesta neve fria. Vamos lá, comece a contar seu minutos finais, traidor imundo.
E William Mac Eth
começou pacientemente a procurar com as mãos e resgatar seus preciosos estrepes
da neve. Contou e recontou. Vinte e três! Com mais aquele de ponta avermelhada, que
estava agora comodamente apoiado em cima do peito arfante de Henry Comin, vinte
e quatro! Todos salvos...
Então manquitolou
até o homem imóvel na neve:
– Olhe só: estão
todos aqui. Só um deles acabou com você, Henry Comin. Um estrepe causou o seu
fim, desgraçado. Sabe, eu até poderia considerar deixá-lo vivo, paralítico até
morrer. É, acho que eu teria optado por fazer isso, seu sofrimento seria maior.
Mas isso foi até agora há pouco, quando você me deu aquele chute na estrebaria.
Agora eu tenho que lhe dar uma pena em meu próprio nome, além das que você
recebe pela Escócia e por Sir Willian Wallace. E eu não sei perdoar uma afronta
pessoal, Sir Henry Comin. Sou rancoroso e vingativo demais.
William Mac Eth
abaixou-se e recolheu do chão a maça de Sir Henry, já semi-encoberta pela neve.
E disse as últimas palavras daquela manhã, que via agora o sol brilhar radioso
na linha do horizonte leste:
– Agora você vai
entender porque eu tirei o seu elmo. Boa viagem até o inferno, Sir Henry Comin.
Girou três vezes
a maça no ar, a enorme bola de ferro cheia de pontas refletindo a luz do sol
nascente.
– Em nome de Sir
William Wallace!
E a esfera de
ferro desceu fulminante, tingindo de rubro a brancura da neve.
Um minuto depois, dois coxos avançavam pela floresta, mas agora rumo ao oeste. Um homem manco de
uma perna, um cavalo com uma pata levantada. Mais algumas horas e, quando vissem
que Sir Henry não tinha voltado para o almoço, sairiam homens à sua procura.
Logo o encontrariam na clareira. Só não encontrariam mais seu cavalariço. Nem
seu cavalo.
A floresta era grande. A neve, aumentando agora, apagaria as pegadas rapidamente. Em pouco tempo o cavalo já poderia
ser montado. E então seu amigoTorneo compensaria sua velha perna estropiada, enquanto
estivessem juntos. O resto... era o futuro. Que é sempre uma incógnita, porque
que se preocupar com ele? O coxo de quatro pernas relinchava aliviado. O coxo
de duas pernas assobiava feliz: "Onde
estiver, Sir Wallace, que Deus o tenha!”
(*) Sir William Wallace foi protagonizado no cinema por Mel Gibson, no filme BRAVEHEART - CORAÇÃO VALENTE. O filme é bastante fiel à história, com exceção do romance com a princesa, que só apareceu no Inglaterra tres anos depois de Wallace ter sido executado. E também não foi verídica a morte do rei Edward I no dia da execução do herói escocês. O rei morreu anos depois.
(*) Sir William Wallace foi protagonizado no cinema por Mel Gibson, no filme BRAVEHEART - CORAÇÃO VALENTE. O filme é bastante fiel à história, com exceção do romance com a princesa, que só apareceu no Inglaterra tres anos depois de Wallace ter sido executado. E também não foi verídica a morte do rei Edward I no dia da execução do herói escocês. O rei morreu anos depois.
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