MILTON MACIEL
Barroca é minha alma.
Vivaldi, Bach, Haendel.
Corelli, Albinioni, Palestrina...
E por aí vai.
(Perdão,
Vangelis, você entende, não é?
Você
vem logo depois...)
Barroca é minha alma.
É a música que me transporta,
Me faz rir; e chorar alegre, em transportes
de puro êxtase.
Me leva instantaneamente a campos verdes,
Diáfanos, iluminados, cheios de vida,
De flores, de orvalho, de pureza, de
amores.
E a noites iluminadas de saraus e de luares
felizes
E, acima de tudo,
Me faz gostar de viver!
Me faz querer escrever sobre o belo
E sobre o sublime
E sobre o alegre.
Não creio que um poeta possa queixar-se,
fossento,
Lamuriar-se, choroso, sobre seu próprio
umbigo,
Estomagando-nos a vida com seu derrame de
bílis,
De mal com a vida e morrendo de
auto-piedade,
Fazendo jogo de palavras mal-amadas;
Não, não creio que ele possa atormentar-nos
com sua escuridão,
Se
ele estiver escutando um mestre barroco!
Não,
eu não creio!
Barroco cura fossa,
Suspeito que pode curar depressão.
Da próxima vez que você quiser destilar
fel,
Simplesmente troque a música. Ouça barroco!
Faça as pazes com a vida.
Ligue para ela ou para ele...
Peça perdão, compre flores.
Corra para lá.
Mas deixe o som do carro a vibrar barroco.
Para não ter recaída e decepcionar seu
amor, coitada(o).
Outra vez!...
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