quarta-feira, 3 de abril de 2013


NO FIM DO ARCO-ÍRIS   
MILTON  MACIEL
 (“No fim do arco-íris tem um tesouro.
Quem ficar com ele, carrega o ouro.”)

Andei por campos infindos,
Caminhei por chuvas sem fim;
Segui incontáveis arcos.
Mas eles fugiram de mim.

Um dia, já cansado desses
Sonhos erráticos, estranhos,
Dei enfim com meu tesouro:
Um par de olhos castanhos!

Eles me olharam tementes,
Eu os fitei encantado!
O que eu havia encontrado
Era tal qual ouro alquímico:
E, em nosso encontro anímico,
Eu achei a alma querida,
Que deu luz  à minha vida.

Bem mais do que alquímico ouro,
Ali estava o meu tesouro!

Ele estava, em dois fanais,
De ternura desmedida:
Um par de olhos castanhos,
De um cintilar que ofusca.
Não era o fim do arco-íris.
Era o fim da minha busca!

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