MILTON MACIEL e VOCÊ
(Vamos fazer melhor do que Gustavvo Lima e Você?)
(Esta história de coragem, amor e glória começa hoje a
ser publicada em capítulos diários, à medida em que vai sendo criada e escrita, um pouco a
cada dia. Todos os leitores estão convidados a opinar e a dar sugestões, a ajudar
a resolver as crises e as situações de perigo. Nem o autor, nem ninguém, sabe
como tudo vai se desenrolar, muito menos como vai acabar. Tudo o que sabemos no
início, é que o assustador exército de Átila se aproxima da cidadela que os
habitantes têm que defender. A derrota significará a morte para todos – os
hunos não perdoam. E nem fazem prisioneiros)
CAP. I – O CERCO PRINCIPIA
Os homens retrocederam, carregando consigo
todas reservas de água e comida de que dispunham. Era evidente que chegavam
para ficar. Longo seria o cerco, a cidadela não se renderia e sua tomada rápida
era quase impossível. Dentro das muralhas havia fontes de água e muito alimento
estava estocado em diversos paióis. Sem dúvida, os sitiados tinham sabido se
preparar para a possibilidade de um cerco de longa duração. Render-se
significaria a morte do mesmo jeito: os hunos não perdoam e não fazem
prisioneiros. Simplesmente executam a todos os vencidos.
Os atacantes chegariam em breve, os espiões
na linha de frente já haviam mandado mensagens confirmando. Coisa de uns oito
ou nove dias, no máximo. Esse era todo o tempo de que iam dispor para os
preparativos. Todos na cidadela foram recrutados para os trabalhos de
preparação. Homens, mulheres, crianças e idosos, cada um foi convocado para dar
sua quota de trabalho e sacrifício. E cada um fez o possível e mais do que
isso, pois todos sabiam que era de sua própria sobrevivência que estavam
cuidando. Não havia nada a mais a fazer, senão lutar até à morte, até o último
homem, até à última mulher. Estóicos, os habitantes se apoiavam mutuamente.
Na primeira
noite após a confirmação do avanço do exército de Átila, o comandante mandou
deixar o portão aberto, a ponte levadiça abaixada e a guarda foi reduzida ao
mínimo possível. Os soldados receberam ordens de não barrar a saída de ninguém,
desde uma única pessoa,a pé ou a cavalo, até famílias inteiras, com suas
carroças. Nada foi dito, mas era evidente que quem quisesse podia fugir e
tentar a sobrevivência em algum lugar, onde pudesse se refugiar com um mínimo de
segurança.
Na manhã
seguinte fizeram a contagem: faltavam 83 pessoas. Os guardas de sentinela
puderam identificar cada uma delas. Tinham ficado na cidadela, portanto, 1623
pessoas. Dessas, apenas 542 eram combatentes treinados. Os espiões haviam
avaliado a divisão do exército huno, que fora destacada para conquistar a
cidadela, em torno de 2000 homens em armas.
A cidadela
fortificada, para onde se recolheriam todos os habitantes do lugar, assim que o
inimigo se aproximasse, estava situada no alto de uma colina pouco íngreme, que
sobrepujava a extensa planície ao redor em coisa de uns 50 metros de altura
somente. Tinha muralhas de pedra de oito metros de altura e estava toda ela
cercada por um fosso largo e profundo, para onde fora desviado um curso de água
que vinha das montanhas ao norte.
Na noite da fuga
permitida, o comandante passou longas horas pensando em maneiras novas e
criativas de aprimorar as defesas da cidade. O que ele poderia fazer a mais,
que resultasse em fator surpresa, capaz de criar maiores dificuldades para os
atacantes? Que idéias poderia ter, para apresentar na manhã seguinte a seus
lugares-tenentes? Os hunos só poderiam vir pela planície ao sul, que
desembocava exatamente em frente ao lado da cidadela onde estavam a ponte
levadiça e o grande portão. Dois dados eram fundamentais para os defensores,
consoante revelado pelas mensagens dos espiões:
Os atacantes não
teriam máquinas de guerra. E não contavam com encontrar qualquer tipo de
resistência. Confiavam em sua tática vitoriosa de infundir tal terror nos
inimigos, que estes, via de regra, fugiam apavorados, abandonando propriedades e
vilas inteiras à disposição dos invasores.
Essas seriam as maiores
vantagens dos defensores: os hunos não esperavam resistência nenhuma; E não
traziam máquinas de ataque, como torres, catapultas, nada disso. Apenas
contavam com tomar posse de tudo o que os habitantes não tivessem conseguido
levar. Matariam qualquer um que encontrassem pela frente e depois ateariam fogo nas casas e
nos campos. Essa era a tática de terror de Átila, o rei dos Hunos, o Flagelo de
Deus.
No alto da
muralha, o comandante contemplava a imensa planície Sul, iluminada pela Lua no
início do quarto minguante. De dia, era
possível avistar tão longe quanto uns 25 quilômetros de distância. Isso
garantia que nenhum exército atacante conseguisse se aproximar sem ser
percebido, sempre fora assim.
Ele fechou os
olhos para ver melhor, em sua imaginação, um exército de dois mil homens
marchando tranqüilo pela planície, avançando inexorável e sem pressa, com
infantaria e cavalaria, para esmagar e destruir a cidadela, ao fim de sua
marcha.
Como seus 542
guerreiros poderiam enfrentar um inimigo tão superior em número? Que
artifícios, que dispositivos ele poderia interpor, que pudessem barrar ou, ao
menos, dificultar o avanço dos invasores, de preferência causando-lhe baixas
importantes? Como melhor usar o fator surpresa?
[A bola agora fica com você, leitor(a) e co-criador(a).
Use o espaço dos COMENTÁRIOS para apresentar suas idéias e sugestões. Vamos
ajudar o comandante a preparar as defesas e as surpresas para o exército
inimigo]
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