terça-feira, 19 de fevereiro de 2013


ESTA  FOME  DE  AMOR  
MILTON  MACIEL 

Esta fome de amor,
Cruel, desmedida,
É como um ciclone
A arrasar-me a vida.

Este imenso vazio,
Que me deixa louco,
É uma aleivosia
Do meu juízo pouco.

E esta saudade,
Que eu nem mesmo sinto,
É uma mentira,
Que a mim mesmo eu minto.

Já esta dor sentida,
Que vem com a solidão,
É uma anamorfose,
Um corte, um aleijão.

E por isso eu vivo
Tal qual um espectro:
Se me surge o amor,
Ora, vade retro!

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