quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013


ESTRANHOS OS PERCURSOS DESTA VIDA DESCONTENTE 
MILTON  MACIEL 

Estranhos os percursos desta vida descontente
Eivados dos percalços de um tumulto ababelado.
São ínvios os caminhos que transitam pelo fado
Dos passos, perlustrando confusões em nossa mente. 

Em vão quer nosso espírito encontrar decriptado,
O enigma que a vida nos propõe diuturnamente.
O corpo das doutrinas está sempre decumbente,
Não nos explica nada por inútil, derreado.

E assim o ser se arrasta pela senda inutilmente,
Transido, entristecido, pelos fados alquebrado,
Perdida a esperança num futuro que é inclemente.

Porém mesmo que o fado seja tê-lo derrotado
Lhe resta o ser estóico, ter a fleuma persistente
Dos que tombam de pé, ante um destino amaldiçoado.


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