ESTRANHOS OS PERCURSOS DESTA VIDA
DESCONTENTE
MILTON
MACIEL
Estranhos os percursos desta vida
descontente
Eivados dos percalços de um tumulto
ababelado.
São ínvios os caminhos que transitam pelo
fado
Dos passos, perlustrando confusões em nossa
mente.
Em vão quer nosso espírito encontrar
decriptado,
O enigma que a vida nos propõe
diuturnamente.
O corpo das doutrinas está sempre
decumbente,
Não nos explica nada por inútil, derreado.
E assim o ser se arrasta pela senda
inutilmente,
Transido, entristecido, pelos fados
alquebrado,
Perdida a esperança num futuro que é
inclemente.
Porém mesmo que o fado seja tê-lo derrotado
Lhe resta o ser estóico, ter a fleuma
persistente
Dos que tombam de pé, ante um destino
amaldiçoado.
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