HUMANO
JULIANO RIECHELMANN (Ulian)
Inspirado no In Memoriam de Lord Alfred Tennyson
Fique perto de mim quando falham as defesas do ser.
Fique perto de mim quando serena a noite vem e cai,
E abrigam-se nos meus poros violência e o desmerecer,
E toma-me de assalto o frio e a minha paz se esvai.
Fique perto de mim quando vêm meus fantasmas e me assombram,
E no meu pobre desatino a mente me é entreaberta,
Como se fossem os erros os meus simples passos que tombam,
E como se fosse acerto a voz fantasma que me aperta.
Fique perto de mim quando meus joelhos se espraiam no chão,
Quando eu falhar com minha força e se as minhas juras trair,
E de mim fique perto quando minha constância for em vão,
Quando, da minha fé descrente, minha sinceridade mentir.
Fique perto de mim, enfim, quando a vontade me for fraca,
E o sobrecenho na face denunciar meu corpo que treme,
Quando o medo, que devora, me assola como água que encharca,
Quando a dúvida que paira for como ofídio que me espreme.
Fique perto de mim, por fim, quando a esperança fraqueja,
Quando debulha-se a vela, quando se perde o sonho,
Ficando perto o alívio que aflição minha mais deseja:
Quando o meu rosto humano no teu humano colo eu ponho.
-- Ulian, 21/01/13 http://eskideletras.blogspot.com.br/2013/01/humano.html
Fique perto de mim quando falham as defesas do ser.
Fique perto de mim quando serena a noite vem e cai,
E abrigam-se nos meus poros violência e o desmerecer,
E toma-me de assalto o frio e a minha paz se esvai.
Fique perto de mim quando vêm meus fantasmas e me assombram,
E no meu pobre desatino a mente me é entreaberta,
Como se fossem os erros os meus simples passos que tombam,
E como se fosse acerto a voz fantasma que me aperta.
Fique perto de mim quando meus joelhos se espraiam no chão,
Quando eu falhar com minha força e se as minhas juras trair,
E de mim fique perto quando minha constância for em vão,
Quando, da minha fé descrente, minha sinceridade mentir.
Fique perto de mim, enfim, quando a vontade me for fraca,
E o sobrecenho na face denunciar meu corpo que treme,
Quando o medo, que devora, me assola como água que encharca,
Quando a dúvida que paira for como ofídio que me espreme.
Fique perto de mim, por fim, quando a esperança fraqueja,
Quando debulha-se a vela, quando se perde o sonho,
Ficando perto o alívio que aflição minha mais deseja:
Quando o meu rosto humano no teu humano colo eu ponho.
-- Ulian, 21/01/13 http://eskideletras.blogspot.com.br/2013/01/humano.html
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