MILTON MACIEL
6 - A DENSA SOMBRA DO
CIÚME
Fim do cap. 5: Estava na hora de revelar àquelas pessoas de sua total confiança qual a verdadeira razão de sua vinda para Amarante. O que, em última análise, correspondia a ter que SE revelar, mostrar a elas quem ele tinha sido no passado.
Estavam todos conversando
animadamente, enquanto comiam. Larissa parecia muito feliz, muito à vontade,
alegre como Celso não tinha visto ainda. Ficava mais bonita, se é que isso era
ainda possível, quando ria. A toda hora puxava assunto com Gládis, que a
estimulava mais e mais a participar de tudo. Já estavam na sobremesa, quando
tudo aconteceu.
De repente entrou um
rapaz loiro alto, abraçado por uma morena vistosa. Sentaram-se a uma mesa mais
ao fundo e passaram a trocar beijos famintos. Fúlvio voltou-se incontinenti
para sua afilhada e enlaçou-a com seu longo braço direito. Ela encostou a
cabeça no pescoço do padrinho e deixou-se ficar quieta, imóvel, sem dizer mais
palavra.
O italiano, aproveitando
que a garota não podia ver, apontou discretamente para a mesa do fundo, onde o
casal se devorava, ignorando garçons e seus espetos e articulou boca e lábios,
bem abertos, para que Celso entendesse o nome que ele falava sem produzir som:
– Le – on !
O paulista entendeu de
imediato: era o tal do ex-noivo ou “sempre noivo”, que ele ainda não conhecia.
Fixou o olhar.
O homem era, de fato,
muito bonito. Parecia bem alto, um tipo mais para o delgado, cabelos loiros,
aparentando menos de 30 anos. Muito bem vestido, com roupas tipo esportivo,
certamente de grife. Então aquele era Leon Schlikmann! O noivo perpétuo, o dono
do pedaço, ao que parecia. Bastava ver como Larissa tinha ficado: afundada no
pescoço do padrinho, muda, evidentemente sofrendo. Sim, Fúlvio tinha razão,
estava na cara que o anjinho loiro gostava mesmo do tal “sempre noivo”. Estavam
rompidos mais uma vez e, no entanto, ela estava ali transida, abalada, pedindo
socorro ao padrinho.
Celso fez com que as
espanholitas se aproximassem dele e cochichou-lhes, apontando para o casal aos
beijos:
– É o ex-noivo dela. Já
estiveram três vezes por casar.
Carmen fez sinal
afirmativo coma cabeça, mostrando que entendera.
Gládis fez sinal
negativo, balançando a bela cabeleira negra e farta. Não! Algo está errado. Aí tem coisa também... Será que esta menina
gosta mesmo desse cara? Ou acha que TEM que gostar? Eu, de minha parte,
definitivamente não gostei dele!
Subitamente Fúlvio fez
Larissa se endireitar na cadeira e falou:
– Ele está vindo aqui,
Larissa. Já nos viu. Levante a cabeça, não dê o gostinho a esse cara.
Larissa enrijeceu-se na
cadeira, como se fosse uma boneca de pau. Seus olhos de água-marinha ficaram
imóveis nos olhos de Celso e ele entendeu que aquilo era um pedido de socorro.
Leon chegou:
– Oi, Larissa. Há quanto
tempo, hein. Tudo bom?
– Claro, tudo bem. Gente,
este aqui é o Leon, um amigo, que já foi até meu namorado.
– Noivo, ela quer dizer –
disse o rapaz, num tom de censura. Nós já fomos noivos três vezes.
Larissa nada disse,
apenas corou violentamente.
– E você, tio Fúlvio?
Soube que vendeu sua oficina e que está trabalhando para um cara de São Paulo,
o que comprou a concessionária dos Andrade.
– Este cara aqui, por
acaso: Leon Schlikmann. Celso Teles.
Celso ergueu-se e apertou
a mão do rival que não sabia que era rival.
– Prazer, Leon
– O prazer é meu,
camarada. Ainda mais que você está cercado de beleza por todos os lados.
Era evidente que cobrava
a apresentação das duas morenas apetitosas.
– Carmen de Rios e Gládis
de Rios, minhas campeãs de vendas, que importei da minha Revendedora de
Ribeirão Preto. Estão de mudança para Amarante, vão trabalhar com a gente
agora.
– Hum, muito gosto,
senhoritas. Sejam muito bem-vindas. Amarante vai ficar muito mais bonita agora
– e esticou um olhar cúpido para o decote de Gládis, que lhe retribui o
sorriso, enquanto gritava-lhe em silêncio: Galinha!
– Bem, foi muito bom
conhecer vocês. Mas eu estou com uma amiga e me lembrei que ela deve estar
morrendo de fome. Preciso ir, com licença. Tchau, Larissa, tchau tio Fúlvio.
Até breve, gente.
E saiu com seu passo
gingado e seu porte altivo de vencedor, em busca da tal amiga faminta. Faminta
do que, mesmo?
Tio Fúlvio – realmente o
italiano era uma unanimidade em Amarante, também o delfim dos Schlikmann
crescera aprendendo a gostar dele – conversou alguma coisa em voz baixa com
Larissa, levantou-se, ajudou-a a erguer-se da cadeira e falou aos demais:
– Olhem, eu vou levar
minha afilhada em casa e já vou para a firma em seguida. Ela está com muita dor
de cabeça...
– Sim, estou. Mas assim
que eu melhorar, tomar um remédio, eu vou para a empresa também, podem ter
certeza. Me desculpem.
Saiu com o padrinho e, ao
passar pela coluna espelhada, os outros companheiros ainda à mesa puderam ver
claramente que ela começava a chorar.
– Pobrezinha – murmurou
Gládis. Está tão confusa..,
– Bem, ela gosta mesmo do
cara, dá pra ver.
– Não. Ela NÃO gosta do
sujeitinho, dá pra sentir! Por isso é que ela vive nessa confusão, tanto que já
foi noiva do pilantra três vezes. Aposto que foi sempre ela que rompeu, não
foi?
– Bem, o Fúlvio me disse
que foi.
– Taí, só não vê quem não
quer.
– Só não vê quem não é
uma bruxinha como esta minha filha, Celso. Mas se ela diz... E por que você chama
o rapaz de sujeitinho, de pilantra? Parece que não gostou dele, filha.
– Sujeitinho vaidoso.
Pilantra. Petulante. Galinha. Riquinho, filhinho de papai. Não, não gostei
mesmo. Aliás, detestei!
– Puxa, Gládis, você não
tem papas na língua. Mas como você sabe que ele é filhinho de papai rico?
– Ora, sabendo, Celso.
Como tudo que eu apanho no ar. E ele, por acaso, não é?
– É, sim, espanholita.
Você acertou, pra variar. É o filho único da família mais tradicional daqui, os
fundadores de Amarante, os Schlikmann.
– Ouro recheado de merda!
– Ouro recheado de merda!
– Filha!
– E olha que é só uma
casquinha de nada de ouro...
Todos os três caíram na
gargalhada. Essa espanholita!
Duas horas depois, Fúlvio
Rondelli conseguiu o que queria: ficou a sós com Carmen e Gládis, numa
confortável sala da diretoria. Para ele ficara evidente que a menina mais nova,
a filha, tinha como que adotado o seu anjinho loiro. Poderia contar com ela
como protetora de sua menina, embora, paradoxalmente, elas devessem ser da
mesma idade, isso se a moça paulista não fosse ainda mais nova que Larissa.
Mas, sem dúvida, pelo que observara e ouvira, essa garota tinha uma
sensibilidade para as coisas que estava muito além do normal. E, se ela tinha
gostado de sua afilhada, então este era o melhor sinal possível para o
italiano. Mas precisava ganhar a boa vontade da mãe, também, uma vez que era
Carmen De rios que seria a chefe de Larissa. E sua treinadora principal. Assim
que se viu em condições, ele começou:
– Olhem, eu quis vir aqui
falar com vocês em particular, para lhes dar mais informações sobre a minha afilhada.
Sabem, eu sou vizinho de casa dela e praticamente cuido dela desde que a
garotinha tinha só seis anos. Eu vi essa criança crescendo, acompanhei todas as
maldades que fizeram com ela e todo o sofrimento que ela vem passando desde
então.
– E ela é vítima de sua
própria beleza, não é, Fúlvio? – afirmou Gládis, confiante.
– Ela é vítima de sua própria mãe! E, sim, por causa da beleza extrema com que nasceu. A mãe, que foi uma mulher muito bonita também, mas não teve qualquer estudo, colocou como seu maior propósito de vida fazer com que sua filha belíssima fosse Miss Brasil e Miss Universo.
– Ela é vítima de sua própria mãe! E, sim, por causa da beleza extrema com que nasceu. A mãe, que foi uma mulher muito bonita também, mas não teve qualquer estudo, colocou como seu maior propósito de vida fazer com que sua filha belíssima fosse Miss Brasil e Miss Universo.
– Deus do céu! Que horror!
– clamou Carmen De Rios – pobre garota!
– Pois é, desde bebezinha
a mãe a colocou em tudo quanto foi concurso de beleza, que ela sempre ganhou. O
tempo todo era só exercícios, massagens, cremes, cosméticos, ballet, cabelos, roupas,
lojas, costureiros, o diabo a quatro. Essa menina não teve infância, moças. O
tempo todo foi criada para ser uma boneca de luxo, que os outros deviam
admirar. O que, simplesmente, satisfazia a enorme vaidade da mãe. No fundo, a
mãe é que queria ter sido uma Miss.
– E a Larissa foi Miss de
alguma coisa? – perguntou Gládis.
– Sim, aos 18 anos foi
Miss Amarante. Na hora da decisão, quem chorou escandalosamente foi a mãe. A
filha ficou com uma expressão aparvalhada. Dias depois, quando a encontrei, aí,
sim, ela chorou muito, me dizendo que não queria ter sido escolhida. Foi quando
me disse que o sonho da vida dela era estudar agronomia e trabalhar com
plantação e criação. Mas agora estava condenada a seguir de concurso em
concurso, pois a mãe já a inscrevera, automaticamente, no Miss Santa Catarina,
o degrau seguinte.
– Concurso que ela
ganhou, evidentemente...
– Não ganhou, não, Carmen.
– O que?! Mas então tinha
outra ainda mais linda do que ela? Ah, não acredito, só pode ter sido
marmelada.
– Não, moça, ela acabou
não concorrendo. Um acordo entre a família dela e a família Schlikmann encerrou
a carreira da menina. Eles decidiram que ela e o Leon, que vocês conheceram
hoje, deviam casar. Eles andaram de namoricos, desde crianças, sem maiores
consequências, mas os mais velhos selaram um pacto.
– Um pacto?
– Sim, moça. O velho
Valdemar, o homem mais rico de Amarante, pai dela, de olho no sobrenome ilustre
dos Schlikmann. O velho Schlikmann, que não é mais muito rico, mas é o chefe do
clã mais ilustre da cidade, de olho na fortuna do Valdemar. Fizeram um pacto
para unir, através do casamento, a maior tradição com a maior fortuna de
Amarante.
– E a mãe, aquela louca?
– Foi obrigada a aceitar,
moça. E também viu a conveniência da coisa.
– E a menina? Ficou muito
chateada de ter que sair do concurso?
– Que nada, Carmen! Ficou
muito, mas muito feliz. Tudo o que ela mais queria era se livrar da tirania dos
concursos, da tirania da mãe. E aí viu que teria a oportunidade de estudar
agronomia, o seu grande sonho, o que de fato aconteceu.
– E o noivado? – quis
saber Gládis.
– Fizeram uma festa de
arromba, daí algum tempo e consolidaram o plano do casamento.
– Que não aconteceu até
hoje. E porque ela não quis.
– Isso mesmo, moça.
Acontece que o Leon é muito galinha. Também, com aquela pinta de galã e o nome
da família, todo mundo pensando que eles são podres de ricos... Então, cada vez
que o casamento se aproximava, a Larissa aprontava uma cena, armada com
testemunhos de outras mulheres, que viviam denunciando as estripulias do noivo
para ela. E, com isso, ela se livrava de ter que casar e conseguia seguir seus
estudos de agronomia. Fez isso três vezes e, nessa brincadeira, passaram-se cinco
anos.
– E ela não namorou
outro?
– Não, Carmen. Nunca quis
saber de mais ninguém. De tempos em tempos o Leon voltava à carga. Então a
família dela pressionava a menina até à exaustão e ela acabava se rendendo. Mas
com a certeza que o Leon ia aprontar sempre e que ela podia romper outra vez,
como aconteceu agora, coisa de uns seis meses atrás.
– Hum está durando...
Mas, pelo jeito que ela ficou hoje, vendo o rapaz atracado com aquela morena,
dá pra ver que ela ainda gosta dele.
– Pois é, Carmen. Eu
também acho que ela fica dividida: que gosta e que não gosta, as duas coisas ao
mesmo tempo. Se gostasse mesmo, sem dúvida alguma, teria casado com ele. Se não
gostasse, não teria aceitado os reatamentos de compromisso. É uma coisa muito
esquisita...
– Pois vocês estão
errados, redondamente enganados. Ela NÃO gosta dele!
– Ah, é, filha? Mas então
porque ela ficou daquele jeito, acabada, saiu chorando pra casa?
– Ora, mãe, porque ela
não gosta, mas não sabe que não
gosta. Pior, ela, ainda por cima, acha que é obrigada a gostar!
– Coisa mais estranha,
moça. Mas, sabe, eu acho que você tem razão. É a primeira vez que sou levado a
pensar dessa maneira. Isso faz todo sentido mesmo. Puxa, mocinha, você é um
fenômeno, consegue ver num instante coisas que eu, burro velho que me dedico a
proteger essa menina há quase vinte anos, não
fui capaz de ver. Sim, só pode ser isso!
– É isso, Fúlvio. É
exatamente isso!
– Bem, homem, se essa aí
diz, quem sou eu para discordar. Deve ser isso mesmo.
– Pois vocês podem deixar
a Larissa comigo. Você, mãe, treina a menina para ser uma campeã como você, como
nós; assim ela vai aprender a se valorizar, se respeitar como profissional. E
eu vou cuidar da outra parte, vou resgatar o amor próprio dessa garota, vou
fazer ela se encontrar consigo mesma.
– E como você vai fazer
isso, filha?
– Vou ser AMIGA dela,
mãe. Amiga de verdade, como aposto que ela nunca teve. O resto eu vejo depois.
– Deus abençoe você,
minha cabecinha de ouro, coração de ouro! Você não imagina como a minha menina
precisa disso. De fato, ela nunca teve uma amiga em quem pudesse confiar.
Nunca! E só porque...
– Ora, Fúlvio, porque
teve a audácia de ser a mulher mais bonita que todas as outras mulheres
conhecem.
– Isso mesmo. Isso mesmo.
Pois, para a minha menininha, desde sempre, a beleza fora do comum foi muito
mais um problema do que uma bênção. A começar por todos os estragos que a doida
da mãe dela provocou. Mas eu estou feliz demais, meninas, com a chegada de
vocês e com tudo o que aconteceu hoje. Bendita hora em que o Leon apareceu na
churrascaria!
– É, Fúlvio, foi muito
bom mesmo – completou Carmen De Rios. Depois perguntou:
– Mas onde anda o Celso,
que desapareceu e não volta mais?
Gládis fez um gesto
imperceptível para Fúlvio Rondelli: esfregou a palma da mão esquerda, em
concha, no cotovelo direito. E fez uma carinha de dor.
Suficiente para esperta Carmen entender que a filha lhe passava uma mensagem claríssima: Foi tratar da sua dor de cotovelo, mãe. Está
com ciúmes, por causa do Leon e da reação da Larissa.
Enquanto observavam
Fúlvio partir para a sua oficina, as duas ainda comentaram:
– É isso mesmo, filha, o
coitado do Celso deve ter ficado arrasado quando viu o Leon, bem mais moço,
mais bonito e mais metido a besta do que ele. E, ainda mais, quando viu que a
Larissa deu aquela demonstração de ciúme e dor de cotovelo também.
– Pois é, mãe. Mas veja
só: foi o ciúme mais besta, mais fora de lugar que eu já vi. Mas pelo menos,
serve para você ver como eu estava certa, como o Celso está totalmente caído
pela sua Miss Amarante
Não, Celso não estava só
caído. Estava na lona, estava arrasado! Embora tivesse ouvido Gládis garantir
que sua musa não gostava do “sempre noivo” de verdade, o que os seus olhos
tinham visto gritavam outra coisa bem diferente para os seus ciúmes. Deixou
todo mundo na empresa, para que conversassem e se conhecessem melhor, e foi
para casa. Precisava de solidão e de um lugar para botar os pensamentos, isto
é, os sentimentos, em ordem.
Naquele exato momento, em
sua casa, outra pessoa tentava também colocar em ordem seus sentimentos em
tumulto. O mesmo velho tumulto de outras vezes... Até onde ela gostava ou não
gostava de Leon Schlikmann? Por que razão tivera aquela reação tão
desproporcional e inconveniente, na frente de suas novas colegas e, principalmente,
de Celso Teles? O que não estaria ele pensando dela agora? Uma fraca, uma
patricinha chiliquenta, uma debiloide que nunca chegaria a ser nem uma sombra,
uma partícula de uma das De Rios!
Não lhe tiraria a razão
se ele, delicadamente, mandasse Carmen dispensá-la, cortando-lhe a oportunidade
de trabalhar na Teles. Remoeu-se, chorou na cama por quase uma hora, depois
tomou um banho, arrumou-se e dirigiu de volta à empresa. O tempo todo só
pensava em Celso, como ele reagiria. Precisava encontrá-lo, explicar-lhe quem
era o Leon e, principalmente, pedir perdão pelo seu papelão na churrascaria. Iria
suplicar-lhe que tivesse paciência com ela, que não a despedisse logo.
Mas por que ele aceitaria
suas súplicas? Quem era ela para pedir que o chefe fosse assim tão paciente e
compreensivo?
Chegou à firma às quatro
da tarde, os olhos visivelmente vermelhos de chorar, mesmo sob o disfarce dos
óculos de sol. Entrou e correu para o lugar onde viu Gládis ajeitando uma
estátua de aço inox.
– Ele vai me mandar
embora, não vai? Ele vai, não é? Depois do fiasco que eu fiz na churrascaria...
Gládis pegou-a
delicadamente pela mão e conduziu-a ao amplo sofá da recepção, sentando-se com
ela. Continuou segurando sua mão.
– Não vai mandar
coisíssima nenhuma, sua boba. Você não conhece o Celso ainda. Ele é a criatura
mais humana e generosa que eu conheço na face da Terra. E eu sei que ele gosta
de você, que está torcendo pelo seu sucesso. Não pense bobagens, ele não vai mandar
você embora.
E pensou: Não vai mandar você embora nem hoje, nem nunca, menina. Queira Deus
que você tire essa sorte grande e venha a gostar do Celso como ele merece, como
ele precisa. Mas isso nem eu posso vislumbrar, o seu coração é que vai ter que dizer.
Nenhum comentário:
Postar um comentário