MILTON MACIEL
15 – ESSA DONA EUGÊNIA!
Fim do cap. 14: "– Claro que não é. Pode me dar, que eu entrego. E posso lhe garantir, com toda a certeza, que ela vai adorar receber esse presente. Mas vamos para a sala, seu padrinho está esperando por você faz bastante tempo."
Pouco depois Larissa e Fúlvio saíram, no carro
dele. Ainda iriam passar pela Teles Automóveis, antes de irem para casa. Celso
ficou com o japinha e aproveitou para tomar o seu banho. Entrou na água que
dissera para Larissa não jogar fora, na banheira de hidromassagem, porque Dona
Eugênia preferia assim. Na verdade ficou um longo tempo dentro daquela água
perfumada, já um pouco fria, dando asas à imaginação, lembrando que ela havia
tocado TODAS as partes do corpo de sua fada loira. Era excitante mas, ao mesmo tempo,
tinha algo de mais nobre, que ele mal conseguia definir na hora. Ah, Larissa,
Larissa! Quando ele poderia ter imaginado, apenas algumas horas atrás, que ela
entraria na casa dele, ficaria nuinha em pelo, se esparramaria nessa banheira,
vestiria seu roupão, deitaria aquele corpo perfeito e sensual em sua cama de
solidão solteira diária. E ainda sairia com a missão de comprar, ainda aquela
noite, uma bela caixa de bombons para a gentil e tão competente Dona Eugênia.
No carro, depois de passarem pela firma, a
caminho de casa, Fúlvio Rondelli pesou criteriosamente prós e contras e achou
que deveria trair o segredo de Celso, exatamente depois de ter parado na
confeitaria, para que Larissa comprasse os bombons de Dona Eugênia:
– Se você quiser, pode deixar que eu mesmo levo
os bombons para ela, amanhã de manhã vou pegar o Celso e o Hiro em casa, para
levá-los para a obra. Não esqueça que o Celso deixou o carro dele lá.
– Quero sim, que bom. E dê um abraço nela por
mim. Ela fez um trabalho tão perfeito com a minha roupa. Até a roupa de baixo
estava limpinha e perfumada, uma delícia.
– Ah, pois eu vi a Dona Eugênia em ação ontem,
justamente pegando a sua calcinha e as outras peças e colocando na máquina de
secar roupa.
– E ela é bacana, legal, padrinho? Deve ser.
Pelo menos competente ela é demais. Que idade ela tem, dá pra estimar?
– Estimar nada. Dá pra garantir com exatidão:
ela tem exatamente a idade do Celso, 39 anos.
– Puxa, ela é moça, então. É gordinha, como eu
imaginei?
– De jeito nenhum, tem a maior forma física,
forte e atlética que nem o Celso. Aliás, tem até a mesma altura dele.
– Nossa, que incrível. Que mulher alta. E a
carinha dela?
– Exatamente igual à do Celso, também.
– Mas como, padrinho? Agora eu não entendi mais
nada.
– A Dona Eugênia não existe, minha filha. A
Dona Eugênia é o Celso Teles!
– Como? Mas por que... É que ele falou que ela
ia lavar as minhas roupas... – então terminou de pensar em tudo – Não! Isso
quer dizer, então, que ele...
– Que ele lavou suas calcinhas, mocinha. E todo
o resto.
– ELE?! Ele?! Mas como...
– Pois é, ele não tem empregada nenhuma,
Eugênia é o nome da falecida mãe dele. E ele inventou essa história só para
você não ficar envergonhada como está agora.
– Nossa! E ele é meu patrão, meu chefe! Que
homem mais incrível! Lavando roupa como qualquer pessoa, e ainda por cima
minha... – E corou intensamente, sem completar a frase.
– Pois é, sua calcinha, que você acaba de dizer
que estava limpinha e perfumada.
Larissa ficou olhando boquiaberta para a caixa
de bombons em sua mão. E imaginado o doutor, um homem rico e importante como
aquele, lavando suas calcinhas, sua calça, sua blusa. Lembrou-se que a calça
estava impecável:
– Nossa! Então ele PASSOU a calça a ferro! Dá
pra acreditar?!
– Pois, minha filha, eu lhe digo que, em se
tratando de Celso Teles, dá pra se acreditar em tudo, tudo o que for muito bom. Mas ele me pediu para não lhe falar de maneira alguma, que ele é a
Dona Eugênia. E eu prometi.
– Ai, que amor! Como ele cuida da gente, não é
padrinho? Cuida dos outros, é tão bom...
– Pois é. Foi por isso mesmo que eu resolvi
trair meu chefe e amigo. Traí porque devo lealdade maior ainda a você, minha
filhota querida do coração. Para que você veja que maravilha de homem é esse
nosso chefe, até que ponto ele é simples e humano.
Larissa espichou-se toda e deu um beijo na face
de Fúlvio Rondelli:
– Obrigada, padrinho. Muito obrigada. O senhor
fez muito bem em me contar e eu entendi direitinho por que contou. E acho que o
senhor não vai querer que o Celso saiba que me contou, não é?
– Claro, meu amor. De jeito nenhum, ele vai se
sentir traído por mim. Mas eu fiz isto pelo bem dele e pelo seu. Principalmente
pelo seu.
– Obrigada, padrinho, o senhor é um amor.
E ficou pensativa, calada, o resto do percurso,
sempre com os olhos perdidos na caixa de bombons em suas mãos.
Quando chegaram à casa de Larissa, ela desceu
do carro e entregou a caixa a Rondelli.
– Você entrega para ele, padrinho. Para ele dar
para Dona Eugênia. Assim ele pensa que eu não sei de nada. E, outra vez,
obrigada. Boa noite, padrinho.
Naquela noite um anjo loiro demorou muito tempo
para dormir. Revirando-se na cama, revivia todos os momentos de intensa
felicidade sobre o barro e sob a chuva das grossas mangueiras. Revia o torso
nu, musculoso e bem torneado de Celso Teles, tão diferente, tão mais másculo do
que o de Leon. Depois voltava a viver a delícia de galopar por Amarante montada
na carreta de Seu Hiro. E deixava-se esparramar na larga banheira de hidro da
suíte de Celso. E, mais agradável ainda, revivia os momentos em que rolara, nua
e relaxada, sobre a ampla cama king size, sentindo a emoção de estar deitada na
cama de um homem que não o Leonzinho. E chegava ao clímax dessa emoção quando
lembrava sua calcinha limpinha e perfumada, passando antes pelas mãos atenciosas
DELE. Ele, a sua competente Dona Eugênia, cobrando silêncio do padrinho, para
que ela não ficasse constrangida.
Que homem notável, que... diferente que era esse Celso Teles! Tão diferente dos outros homens
em sua vida. Não era uma pintura de beleza como Leonzinho, mas era muito
mais... homem! Ainda era jovem, mas já tinha uma maturidade que Leonzinho
certamente jamais teria, nem aos cem anos. Tinha a bondade, a generosidade do
padrinho, mas maior ainda, porque ajudava todo mundo, como tio Fúlvio mesmo, o
Nelson da Academia, os rapazes todos do futebol da Baixada, construía aqueles
dois campos de futebol como Amarante jamais tivera um só que fosse. E, como se
ainda não bastasse, o padrinho lhe dissera que ele ia mandar terraplenar e
gramar a Baixada às suas expensas, sem esperar ganhar nada com isso, só para
dar mais um campo de futebol descente, esse público, para a gente pobre da
cidade!
Que diferente, que notável, que admirável que
era aquele homem! Por isso o padrinho tinha a maior admiração por ele. Mais,
ela podia perceber que tio Fúlvio gostava de verdade, gostava muito dele, como
de ninguém mais naquela cidade, exceto ela mesma, sua afilhada. E isso queria
dizer tanto...
Por fim adormeceu. Mas, em seus sonhos, viu-se
flutuando em um lago de águas plácidas e mornas, totalmente nua. E Celso Teles
chegava-se a ela, trazendo-lhe um manto branco e diáfano, para que se vestisse
ao sair. E ela não tinha qualquer vergonha de sua nudez...
UMA SEMANA DE MUITA EXPECTATIVA
A semana terminou com um jogo de várzea no
domingo, no campinho tosco da Baixada, entre os times do Nacional e do
Bandeirantes, reunidos com enorme entusiasmo por Dieter e Bentinho, para
apresentarem seu futebol a Celso Teles. Depois de 15 minutos de jogo, o
Nacional já vencia por dois a zero. Então Celso apareceu em campo, com o
uniforme do Bandeirantes e substituiu um dos jogadores de meio campo. Fez um
gol e deu passes magistrais para mais dois. O primeiro tempo acabou três a dois
para o Bandeirantes.
Mas, no segundo tempo, Celso não voltou mais a
campo. Ainda assim, seguindo orientações que ele deu no intervalo ao time, o
Bandeirantes fez mais um gol. Era a primeira vez em dois anos que eles
conseguiam estar à frente o placar. Aos 30 minutos, mantido placar de 4 a 2,
Celso apareceu de novo em campo, agora com o uniforme do Nacional, para
surpresa e estarrecimento de todos. Em quinze minutos fez dois gols e o jogo terminou
empatado em 4 a 4, para alegria e confraternização de todos.
Dieter falou para Bentinho:
– Puxa, vai ser a primeira vez que a gente não
vai ter que pagar a cerveja pra vocês. A gente vai ter que rachar hoje!
– De jeito nenhum – gritou Celso de onde estava, rodeado por
dezenas de espectadores e jogadores – Hoje quem paga é a Teles Automóveis. E a
cerveja já está toda aí, na van do Bicalho. E, junto, vocês vão conhecer a
delícia das delícias, vocês vão comer o melhor bolinho de ovo de Amarante, o
bolinho do Bicalho. Tem dúzias e dúzias deles. Bicalho, exultante, começou a
servir as bebidas e os bolinhos, com a ajuda da melhor comida de Amarante, sua
protegida, a apetitosa mulata Jacira, a cozinheira do bar.
É claro que o único assunto ali no campinho era
a extraordinária performance do dono da Revenda de automóveis, o dono da
academia que estava concluindo dois flamantes campos de futebol e que viera
naquele domingo para vê-los jogar, mas apenas como preparação para o jogo
inaugural do Campo Um da rua Tuiuti. Mas entrara em campo pelos dois times e
fizera nada menos que três gols, dando passes para os outros dois.
Era óbvio que estavam frente a um jogador
profissional, alguém que devia ter jogado em times bons, face a todo o futebol
que demonstrara em tão poucos minutos. E que ostentava uma forma física que
nenhum dos outros, mesmo os muito mais jovens, tinham.
Celso explicou-lhes, então, sucintamente que
sim, que havia jogado pelo time do Mogi Mirim, em São Paulo ,
como profissional. Mas era ainda muito garoto, tinha só 17 anos. E que, depois,
ficando adulto, deixou de jogar, para se dedicar ao negócio de automóveis.
Mas, objetavam todos, como é que podia estar em
tanta forma e ainda jogar tão bem, aos sabidos 39 anos de idade. Celso
respondeu que jogava com muita constância em Ribeirão Preto. E que, como quase
todos ali sabiam, corria 12 quilômetros por dia e fazia muita malhação na
academia de Nelson.
Foram todos felizes para casa e convencidos que
o homem da Revenda era uma espécie de prodígio, devia ter uma genética toda
especial que lhe permitia manter-se assim em forma e competente, mesmo na beira
dos 40 anos.
E Celso foi embora, no final da
confraternização, convencido que formar o time que queria, contando só com a
moçada de Bandeirantes e Nacional ia ser uma missão quase impossível. Foi a
caminho de casa que se lembrou do time dos riquinhos, o tal de Delfim Futebol
Clube. Se, como lhe haviam contado, esse era o melhor time de Amarante, estava
na hora de ver os riquinhos em campo. E teve uma ideia, o que o fez dar meia
volta e dirigir imediatamente em busca de Fúlvio Rondelli. Estava inflamado
demais para resolver qualquer coisa por telefone.
Estava também todo suado e amarrotado, a
primeira coisa que Rondelli notou ao ver o carro do patrão se aproximar de sua
casa e ele sair todo apressado.
– Hum, lá vem ideia nova, está na cara –
pensou. Aproveitou, enquanto Celso se aproximava do portão para ligar para sua
afilhada:
– Rapidinho, olhe aí de alguma janela, veja só
quem está chegando aqui em casa, sem avisar.
Larissa correu com o celular na mão e deu um
gritinho:
– Ai, é o chefe! Posso ir aí, ou atrapalho?
– Eu não sei o que ele quer, mas pode vir, foi
pra isso que eu lhe liguei, garanto que não vai atrapalhar, que ele vai gostar.
Venha, sim.
– Oba, obrigada, padrinho, vou me ajeitar e já
corro aí pra sua casa.
Nesse ínterim, Celso já estava no portão,
chamando:
– Oi, Rondelli! Rondelli, você está em casa?
Fúlvio apareceu de imediato e foi recebê-lo,
abrindo o portão:
– Olá, doutor. Que surpresa boa, vamos
entrando.
– Não, Rondelli, não precisa, não vou encher
você por muito tempo. Só vim telefonar para você pessoalmente – e riu – Tenho
uma ideia, mas é coisa rápida. Você acha que a gente pode convencer o Leon a
trazer o time dele para jogar na inauguração do nosso Campo Número Um? Aí, com
o Delfim, o Nacional e o Bandeirantes, a gente promove um torneio, um
triangular. O que você me diz?
– Bom, acho que não vai ser fácil, doutor. Eles
não gostam de se meter com “gentinha”, como falam alguns daqueles filhinhos de
papai.
– Já pensei nisso, Rondelli. O campeão do
torneio da Telles Academia vai ganhar um
prêmio de cinco mil reais.
– Opa, aí já é diferente. Eles são capazes de
aceitar, porque sabem que vão ganhar na moleza e levam a grana para comemorar.
Muito uísque e pouca cerveja, é claro.
– Pois então, Rondelli. Aí é que você entra,
você vai falar com o carinha e convence o dito cujo a entrar no torneio com o
time.
– Tudo bem, eu posso ir, mais sei de alguém que
consegue qualquer coisa que pedir para o Leon. Alguém que está paradinha aí,
bem atrás do senhor.
Celso voltou-se vivamente e levou um choque:
ELA!
Ela estava ali. Para variar, incrivelmente
linda, com um shortinho verde-claro e um bustiê da mesma cor, mais escuro. Nos
pés um chinelinho simples, mas muito delicado, verde-claro também. E a musa falou, com sua voz musical:
– Oi, chefe, que surpresa. Vim visitar o meu
padrinho e encontro o senhor aqui. E com roupa de futebol, estou vendo.
– É, este é o uniforme do Nacional, um dos
times da várzea de Amarante. Eu estava batendo uma bolinha com os meninos lá na
Baixada.
– E aí ele teve uma ideia. E quando o chefe tem
uma ideia, tem que ser pra ontem. E você quer saber que ideia é essa? Lembra
que eu lhe falei que ele vai inaugurar o campo dele, lá na Tuiuti, no domingo
que vem? E com um jogo entre os dois times varzeanos daqui, esse Nacional mais
o Bandeirantes? Pois é, agora o nosso chefe maluco quer que o time do Leon vá
jogar também, promovendo um torneio entre os três times, E, como ele perdeu o
juízo de vez, está dando um prêmio de cinco mil reais ao time vencedor. Parece
coisa de gente normal?
E o italiano caiu na gargalhada, secundado pelo
próprio Celso.
– Parece é coisa de Celso Teles, padrinho. E eu
já aprendi que coisa de Celso Teles tem duas marcas: Uma: é boa. Duas: sempre
dá certo!
– Aí, menina, agora você me deixou todo
orgulhoso! Coisa de Celso Teles!...
– Mas não é verdade, padrinho? No fim, não é
bom pra todos?
– Pois não é que você está coberta de razão, minha
filha. E você disse isso de um jeito que nunca me passou pela cabeça. Parabéns.
– Então, Rondelli, você acha que a Larissa
consegue convencer a fera?
– Que fera, doutor?
– O seu leão, o dono do Delfim. Será que você
convence seu “noivo eterno” a participar? – falou aquilo com um certo travo
amargo na boca, o carinha era o amado de sua musa, que droga!
– Meu EX-noivo! - Frisou falando muito alto e
sibilante a moça loira - Ex-noivo, doutor! Não é mais meu noivo e, muito
menos, é eterno, como o povo gosta de falar por aí.
Celso não notou, não conhecia sua musa o
suficiente, mas Rondelli percebeu a clara irritação nas palavras dela. Hum, aí tem coisa! Se tem! E falou:
– Você pode conseguir isso para nós, minha
filha?
– Bem, se o chefe precisa, eu falo com o Leon.
Aliás, vou falar só por telefone, não quero ver esse moleque tão cedo. Pode
ser?
– Claro, claro, Larissa. Tente. Apenas tente.
Se não conseguir, não tem importância. De qualquer forma, já lhe agradeço pela
tentativa, obrigado.
E, achando que estava abusando de dois
funcionários em pleno domingo, entrou rápido no carro e se despediu:
– Bom, já estou largando do pé de vocês.
Desculpem o abuso, desculpe Larissa pelo pedido. Até amanhã.
E, acelerando o Toyota, afastou-se rapidamente.
Larissa ficou de boca aberta:
– O que foi que deu nele padrinho? Ele saiu
correndo. Por quê?
– Pensei que ele não tinha notado, mas acho que
ele percebeu o seu tom de irritação, quando falou aquela coisa de ex-noivo. E,
certamente, sendo um cavalheiro como ele é, deve ter ficado chateado, com
vergonha provavelmente.
– Ai, meu Deus! O que que eu fiz! – alarmou-se
Larissa – é verdade, eu fiquei furiosa com essa coisa que esse povo todo aí
fala, que o Leonzinho é meu noivo eterno. Ele não é! Não é! Mas eu fiquei brava
com a língua dessa gente, não com o coitado do chefe. Ai, meu Deus, eu fui
grossa com ele, fui? Ele foi embora daquele jeito por minha causa? Que
vergonha!
–Não, minha filha, também não é para tanto.
Você nunca é grossa de verdade, por mais que esteja brava. Você é sempre um
doce de criatura. Não fique preocupada, eu tenho certeza que ele ficou foi
chateado por ter que vir tomar o nosso tempo no domingo. Amanhã já vai estar
tudo bem. Além do que, ele tem um montão de bombons La Mistique, para degustar e esfriar a cabeça. A Dona Guiomar está
se fartando de chocolate desde sexta-feira, já esqueceu?
Rondelli acabou de tranquilizar sua menina, que
foi para casa com gosto de quero mais: Que pena que o chefe tinha ido embora
assim, de repente. Não tinha conversado nada legal com ela. E era tão bom
conversar com ele!
CONTINUA
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