LUA OCULTA – 45
Fim do cap. 44: " – Que ele deve estar em um dos apartamentos, cara, é mais do que certo. Que nesse apartamento deve ter uma certa menina loirinha, também deve ser mais do que certo. A conclusão qual é?
MILTON MACIEL
45 – RAMIRO TOCO E OS TRAVESTIS
– Que a gente não deve incomodar o chefe!
– Isso mesmo, meu camarada. Então a gente mesmo resolve, tá?"
Sete e meia da manhã, Gládis telefonou para Larissa:
– Fofinha, larga o osso, sua fominha, você vai ter muito tempo pra se regalar e apagar o fogo desse rabinho,
leva só uns trinta anos. Mas agora acorde o seu homem e diga pra ele que o
delegado novo está lá em baixo.
– Bem, ele está no banho, eu acordei ele antes das seis. Só um pouquinho
antes das seis, tá! Mas você tem que entender que eu estou em lua-de-mel, não é?
Não estava mais me aguentando!
– Com certeza. Minha Fofinha
agora virou uma ursinha, não é? Por que dizem que quem nunca comeu mel, quando
come pela primeira vez se lambuza. E urso, pelo menos urso de desenho animado,
adora um mel. Vai ver, o Celso tem mel na ponta do...
–– Ai, para, para. Senão eu não me responsabilizo, ataco ele na saída do
banho.
– Não, sua ursa tarada, deixa o mel da ponta pra mais tarde. Faz o homem
descer na corrida.
Pouco depois, o delegado celebrou com Celso e seus homens o sucesso da
empreitada anti-Silva. Sonia Assad fez questão de servir o mais lauto breakfast que podia, por conta da casa,
para toda aquela gente, as meninas da Teles inclusive. Samira serviu as mesas e
já começou a suspirar pelo novo delegado. Gládis percebeu e pensou: Céus, essa aí tem fogo no rabo por homem
casado, parece que isso não vai ter jeito nunca!
O delegado fez depois um minucioso interrogatório\com todos os homens
envolvidos, inclusive o bandido que podia falar, o que havia parado de
tremelicar e estava bem consciente. Fez uma reconstituição das ações e uma
série enorme de fotografias com celular e medidas com trena laser. Bem tinha
falado o promotor Turíbio que aquele era um delegado muito moderno.
Aliás – ele
mesmo fizera questão de mencionar – não só não perdia um episódio de CSI Miami,
CSI Las Vegas e CSI New York, com tinha pilhas de DVDs dessas séries em casa.
Era, confessara, um ávido leitor de romances policiais, tinha a coleção inteira
dos livros de Agatha Christie, seu ídolo era Hercule Poirot. Um dia, quando sua
carreira o levasse para uma cidade grande, ele daria um jeito de se incorporar
à Polícia Técnica.
Tinha trazido, para a modesta delegacia de Amarante, todo o seu arsenal
de perícia policial, inclusive um microscópio binocular. Tinha dispositivos
óticos, testes para manchas de sangue, armas especiais, balas de festim,
material de balística, evidências para provas falsas. Com isso esperava se
aprofundar nos estudos e, também, passar produtivamente o grande tempo ocioso
que uma delegacia de uma cidade pequena e pacata como aquela devia
proporcionar.
Um dos bandidos, o fracassado estuprador de Carmen-Anselmo, foi
enjaulado direto, ficou com os dois que importunaram Valdemar Silva na cela. Os
outros dois, Ramiro Toco e o baleado, foram levados com forte escolta para o
hospital e medicados. O hospital desta vez era o Nossa Senhora da Conceição, do
Dr. Luzardo Assunção, sogro do delegado Oliveira. Ramiro Toco precisou de
dentista e, mais tarde, precisaria de cirurgia de reconstituição facial. Por
agora, ia ficar irremediavelmente de cara torta. Mas já era tão feio ao
natural, que a entortada de Nicanor mão-de-panela, quem sabe, acabava até
melhorando a carantonha do infeliz.
O bandido baleado passou por uma rápida cirurgia, as duas balas de 32
extraídas com facilidade, o sogro-cirurgião admirando-se com a precisão
“cirúrgica”, perfeitamente simétrica, das posições dos dois tiros “de
dissuasão”, como constava no boletim de ocorrência que recebera das mãos do
genro. Sim senhor, aquele paulista era o homem dos sete instrumentos! Entre
eles, revólver com silenciador...
De qualquer forma, os dois homens precisariam ficar no hospital por mais
alguns dias, o que levou o criativo e científico delegado Oliveira a ter
algumas ideias novas. Comentou com o sogro e, depois, pelo celular, passou as
conclusões para Celso, pedindo a gentileza de mandar Nicanor e Anselmo até o
hospital, para dar uma ajuda.
O próprio Celso foi levar seus homens e ouviu o plano do delegado:
– Esses dois porqueiras vão ter que ficar mais uns dias no hospital, o
doutor aqui diz que não pode dar alta para nenhum deles ainda. Aí, assim que o
Silva souber do fracasso de mais essa investida dele e que seus homens estão
aqui, pode ser que ele queira fazer alguma gracinha nova. Ele ainda tem três
pistoleiros lá com ele e sempre pode contratar mais alguns, bandido é a coisa
mais fácil de se achar, dá um chute numa pedra, brotam vinte do chão.
– E o que você acha que eles podem fazer, Norberto?
– Veja bem, Celso: Em primeiro lugar, ele pode tentar de novo algo
contra a Gládis, em desespero, embora eu ache que ele não pode ser tão estúpido
assim, a ponto de atacar de novo sabendo que a gente está com aos três anjinhos
dele engaiolados e que eles podem já estar cantando pra nós que nem
passarinhos. Mas, de um sujeito que é estúpido o suficiente para tentar agredir
um Corregedor dentro de uma delegacia, pode-se esperar qualquer estupidez. Em
segundo lugar, acho que ele é bem capaz de querer queimar arquivo, pra não ser
incriminado mais ainda. Nesse caso, o Ramiro Toco é o alvo certo. Ou seja, não
vai ser suficiente deixar só um homem aqui de guarda no hospital, no quarto
onde os dois vão estar algemados às camas, O Silva pode atacar com um batalhão
e colocar o meu homem e mais gente do hospital em perigo.
– Ah, entendo, por isso é que você me pediu o Nicanor e o Anselmo, os
meus melhores homens, para ficar de guarda aqui.
– Não, não mesmo, Celso! Do jeito que eu pretendo fazer, praticamente
não vai precisar de guarda algum por aqui depois. Escute só a minha ideia.
Enquanto o delegado Norberto Oliveira expunha seu plano, Celso Teles ria
cada vez mais entusiasmado. Achou a ideia fantástica:
– Meu doutor delegado, você é mesmo um gênio nessa sua especialidade.
Que ideia bárbara! Espere aí, vou ligar para a Gládis agora mesmo.
Ligou para a espanholita, agradeceu de novo sua bênção de cupido naquela
madrugada radiosa, e pediu que lhe mandasse os apetrechos que iam precisar ali
no hospital: as duas perucas que Anselmo e Nicanor tinha usado no apartamento delas.
Em menos de cinco minutos a própria Gládis estava ali com as perucas na mão.
– Essa eu não perco por nada deste mundo, jefito! Dá pra eu ficar olhando, nem que seja escondida, delegado?
– Claro que sim, Gládis – falou o Doutor Norberto – Você é guerreira da
nossa tropa de choque, será sempre bem-vinda em qualquer trabalho ou diligência
da polícia de Amarante. Agora vamos lá, o meu sogro já ficou instruindo os seus
homens, Celso, vamos levar as perucas e começar a apavorar o diabo do Ramiro
Toco. É claro que eu posso fazer o imbecil colaborar na base da porrada, da
tortura, mas eu não uso esses métodos primitivos por princípio e por ética. Sou
muito mais pelos métodos modernos de persuasão. Como vocês vão ver agora.
Instantes depois, todos estavam à porta do quarto onde Ramiro Toco
estava algemado à cama. O outro, o baleado recém-operado, estava na UTI ainda.
Gládis, Celso e o delegado ficaram do lado de fora da porta entreaberta, invisíveis
para o paciente. No quarto entraram o Doutor Luzardo, Nicanor e Anselmo, estes
dois com as perucas longas e negras aplicadas às enormes cabeçorras. As figuras
dos dois, principalmente Nicanor, eram horrendas com aquelas longas cabeleiras
lisas. Foi ele o primeiro a falar:
– Então, doutor, tudo certo? Mil reais, não é? Assim que eu fizer o
serviço, eu lhe pago. O senhor garante que ele aguenta, não é? Que a gente pode
soltar a algema e virar a noivinha de bunda pra cima, certo?
– Podem, sim. Ele vai gemer um pouco, por causa da dor na cara, mas
perto do que ele vai ter que gemer depois, com vocês dois fazendo o serviço
nele, isso não é nada. Eu vou esperar no meu consultório pelo pagamento. E eu
não sei de nada, tá bom? Vocês é que invadiram o meu hospital pra se divertir
com a menininha aí. Depois eu apresento queixa pro meu genro, mas ele nunca vai
querer descobrir quem foram os dois tarados que enrabaram o capanga do Valdemar
Silva.
Ramiro Toco, que até então se mantivera calado, pretextando não poder
falar por causa do ferimento na boca, berrou:
– Que que é isso, doutor?! Pelo amor de Deus, não deixe uma coisa dessas
acontecer. Eu sou macho!
– Ah, então você está podendo falar, não é? Eu garanti
para o meu genro que você estava fingindo. Bem, mas eu sinto muito, os meninos
aí estão me pagando muito bem para comerem o seu rabo. Só assim para um inútil
como você me servir para alguma coisa. E agora é com você e eles. Se vire!
– De bruços – completou Anselmo.
O médico saiu e Ramiro Toco se viu sozinho com aqueles monstros enormes.
E mais apavorado ainda ficou com a conversa deles. Ambos, imitando falar e
trejeitos de bichas bem loucas, falaram:
– Então, amor, o que você acha, ele aguenta?
– O seu eu acho que ele aguenta, santa. Agora o meu...
– Ai, seu bruto, quem pode aguentar esse seu cacete de jegue? Vai
destruir ele todo, coitadinho.
– Ah, mas não importa, Selminha. Ele não foi lá no quarto pra me comer
na marra? Não chegou a me tapar a boca, a apertar meu pescocinho? Pois aí me deu o maior tesão de comer o rabo
dele também. Você segura essa joinha bem segura, que ela vai espernear um
bocado. Ah, amor, você acha que eu posso dar uns tapas na menina aqui, será que
ela aguenta, com a carinha toda estropiada assim? Cruzes, eu bati forte demais,
não sabia que era uma dama. Mas se eu não judiar um pouco dela, não bater, qual
é a graça que tem de enrabar ela?
– É, você tem razão, Niquinha. Além do que esse cara é uma menina muito
má, quis abusar de você quando você dormia. Tranca de jegue nele! E agora
mesmo. Espera aí que eu vou virar a noivinha de cu pra lua.
Ramiro Toco estava absolutamente apavorado. Olhava alternativamente para
a enorme mão de pilão, mão de panela, de Nicanor. E para o meio das pernas
dele, de onde achava que ia assomar, a qualquer momento, uma tranca fenomenal,
assustadora. Em desespero, propôs:
– Não, por favor, pelo amor de Deus, vamos negociar! Eu tenho dinheiro
escondido aqui, posso pagar o que vocês têm que dar pro médico e mais algum pra
vocês.
– Eita – falou Nicanor – esse peste tem a coragem de falar em Deus! Mas
que história é essa de dinheiro escondido? Quem sabe, se for bastante, a gente
possa se interessar.
Ramiro Toco ficou mais animado:
– Olhem eu tenho um dinheiro do chefe, que ele me deu pra contratar os
caras de Ponta Grossa. Eu posso dividir com vocês.
– Dividir, só?! Então não interessa, você vai ver já, já, o que é uma
ponta grossa, não é Niquinha?
– Ponta e o resto todo, grosso da ponta até ozovo. A menina aí vai
adorar.
– Não, não, vocês podem ficar com tudo então! Tem dez mil reais, está
costurado no forro da minha jaqueta. É um dinheirão.
– Hum, não é tanto assim, não. Mas, mesmo que fosse, agora eu tô
morrendo de tesão, acho que é tarde demais.
Ramiro Toco estava em pânico absoluto. Foi quando Anselmo falou algo
diferente:
– A menos que ele nos faça aquele favor, Nica. O que você acha? O
dinheiro, essa merreca, mais o favor. Aí eu acho que você devia aceitar, bem.
– Que favor? Que favor?!! Eu faço, eu faço. Qualquer coisa! Eu faço!
– Bom, vamos ver o tal dinheiro, então. Pega e rasga aquela porcaria
ali, Selminha. Confere.
Anselmo agiu rápido e com perícia. Localizou um monte de dinheiro na
jaqueta, fez uma busca na calça e achou outro.
– Tá brincando com fogo, camarada? Dez mil na jaqueta, dez mil na calça.
No sapato não tem nada. Enraba ele, Niquinha, esse filho da puta mentiu pra
gente.
– Não! Não! Vocês ficam com tudo e eu ainda faço o tal favor. Por favor,
pelo amor de...
– Ele tem um celular, não tem?
– Tem, Nico, está lá com o delegado.
– Vai buscar então, o homem está lá com o sogro dele. Enquanto isso eu
fico aqui fazendo uns carinhos na minha boneca estropiadinha.
E, enquanto Anselmo saía, fazendo um tempo e pegando o celular de Ramiro
Toco da mão do delegado, que estava ali mesmo no corredor, vendo e ouvindo
tudo, Nicanor começou a passar a mão na bunda do bandido, colocando-a por baixo
do corpo dele.
– Hum, que bunda gostosinha, molezinha, bem como eu aprecio...
– Não! Não! Vocês prometeram, vocês vão ficar com toda a grana do chefe.
E eu ainda vou fazer o tal favor, seja o que for.
Então Nicanor, para reforçar ao
máximo o terror, extrair o máximo de colaboração do Toco, aproximou o corpo bem
junto da cabeça dele e começou a puxar o zíper:
– Uma chupadinha, bem... Bem gostosinha...
Ramiro Toco aguentou a dor na cara e no pescoço, virou a cabeça para o
outro lado e tentou escapar do que seria a mais aterrorizante visão. Mas nesse
momento, aproveitando a deixa, Anselmo voltou.
– Olha aqui, Nica, aqui está o celular da gatinha aí. Explica pra ela
qual é o favor.
– Pô, Selminha, sua bicha metida, você tinha que entrar bem na hora boa,
é? Agora que ela ia dar a primeira chupadinha...
– Mas não ia dar, homem. Nem se ele estivesse com a boca normal, essa
rola gigante não cabia, muito grossa, Nica. Que dirá com a boca toda
arrebentada assim, obra sua mesmo, azar o seu, sua bicha violenta.
– O favor!! O favor!!! – Gritou o apavorado Ramiro Toco.
– Tá bom, a gente a aceita livrar seu rabo pelos 20 mil do seu chefe e
mais o seguinte: um papo seu com ele, aqui na nossa frente.
– Pra dizer o que?
– Dizer que você ainda está em Ponta Grossa. Que os caras só podem vir
na segunda, um deles está detido na polícia, mas sai na segunda, o advogado
garantiu. E você está com uma bruta dor de dente, infecção braba, não dá nem pra
falar direito, por isso não ligou ontem pra ele. Ah, fala com o som no altofalante,
pra gente ouvir.
– E vocês garantem que não me enrabam? Nem me fazem... chupar, que é tão
horrível quanto...
– Vai depender só de você. Se a gente ficar satisfeito com seu papo, seu
rabo e sua boquinha estropiada se salvam.
Ramiro Toco pensou: O chefe que se
foda! Eu já tou ferrado mesmo, ele que se ferre também. Pelo menos me salvo desse
travesti gigante tarado.
Pegou o telefone, buscou o número do chefe nos contatos e ligou:
– Alô, Doutor Valdemar? É Ramiro.
– Porra, seu viado! Só agora você me liga, mais de 10 da manhã. O
serviço não era pra esta madrugada, porra? Mataram a bandida?
– Calma, doutor. A gente ainda não conseguiu sair de Ponta Grossa.
– O que? Mas que porra é essa, seu incompetente?
– Doutor, um dos homens que eu vou levar comigo, o mais importante, o
que vai matar a mulher, está em cana ainda.
– O que? Mas você não tem nenhum outro pra trazer no lugar dele?
– Bom como ele não tem não, doutor, a praça está fraca. Mas o homem sai
na segunda, o advogado dele me garantiu, foi só uma averiguação, não tem
bronca. E eu acho que o senhor também vai preferir esperar. Sabe a
especialidade do homem? Ele é degolador!
Do outro lado da linha ouviu-se uma risada sinistra, que virou
gargalhada:
– Puta que pariu, Toco! Isso é melhor que a encomenda. Vale a pena
esperar, aquela filha da puta que me afrontou, degolada, vai ser uma delícia.
Pena que não dá pra mandar a cabeça dela pra mim, pra eu mijar em cima e jogar
futebol com ela. Mas você está falando esquisito, parece que bebeu todas.
– Não doutor, nada disso. É que eu estou de boca inchada, infecção braba
de dente, por isso não liguei antes, estava na emergência hoje cedo. Mas até
segunda eu já estou bom também.
– Bom, então está bem. O serviço fica remarcado pra terça que vem, de
madrugada, conforme o plano. Boa recuperação pra você.
– Obrigado, doutor. Até segunda, então. Fique com Deus.
E desligou, feliz com sua interpretação.
– Então? Satisfeitos? Era isso?
– Era isso, perfeito, parabéns! – disse o delegado Oliveira entrando no
quarto – Deu pra gravar, Anselmo?
– Deu, doutor, está aí, devolvo o seu celular, gravei todo o papo deles.
– Bem, não que precise, com tantas testemunhas. Mas eu adoro produzir
uma prova técnica, sabe como é.
As outras testemunhas entraram: o tal de Celso, dono da concessionária, Toco
reconheceu-o. E uma mulher morena alta, cara de artista de cinema, corpo de
tirar o juízo, um sol! A mulher se apresentou:
– Olá, pateta. Era eu que você tinha que estuprar e matar esta noite.
Mas você preferiu o Nicanor, seu tarado. Agora pior pra você, ele se apaixonou pela Toquinha dele.
– Deus me livre e guarde, Dona Gládis! – protestou Nicanor, arrancando a peruca fora e arremessando-a na cara de Ramiro Toco – Eu tenho pavor de homem pra essas coisas. Meu negócio é mulher. Sou cabra macho do sertão de Alagoas!
Então Ramiro Toco compreendeu que tinha caído na segunda armadilha no mesmo
dia: uma no apartamento, onde, no lugar daquela mulher monumental, encontrou aquele
mulato feio como a necessidade e forte como dez touros. E outra vez justo
agora, quando perdeu todo o dinheiro que pretendia escamotear na maior parte
dos de Ponta Grossa; e ainda fez papel de trouxa, enganando o chefe como o delegado
queria. A morena gostosa tinha razão em chamá-lo de pateta.
CONTINUA
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