MILTON MACIEL
Numa tarde distante
Eu olhava o vazio que era minha existência,
Eu somente um mutante,
Um vazio sem essência,
A errar pelos ais da minha incongruência.
Não havia esperança!
Ali a me chamar nada menos que o abismo.
Eu, como uma criança,
No meu egocentrismo,
Me deixando afundar mais em meu niilismo.
Mas então fez-se o dia!
Chegou-me você, com seus modos estranhos:
Me inundou de alegria,
Pois chegaram, tamanhos,
O Amor e a Luz... em seus olhos castanhos!
Aprendi a sorrir,
Aprendi a confiar.
Enfim, evoluir:
Aprendi a AMAR!
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