sábado, 18 de janeiro de 2014

DUAS VEZES NÃO !
MILTON MACIEL

Tirei o revolver do bolso e fiz girar o tambor. Seis balas! Aí olhei outra vez pra garota. Saco! Ela estava tremendo de medo, escondida no meio daquele monte de palha úmida e mal cheirosa. Tentei acalmá-la, estava com receio que ela entrasse em pânico e saísse dali ou, pior, começasse a gritar.

– Fique firme aí. Pode ser que o cara nem venha pra cá.

Mas o desgraçado continuava avançando pelo pasto, diretamente na direção deste galpão onde a gente se meteu. Mais uma vez saquei o revolver do bolso e fiz girar o tambor. Seis balas era tudo o que eu tinha, não havia munição sobressalente. Pensei comigo: É a primeira vez que eu vou atirar num policial. Se eu não acerto o alvo, estou acabado. E a pobre da garota também. Coitada! Difícil acreditar que ela já tenha dezoito anos… Ela olhava o revólver na minha mão com os olhos esbugalhados, fazendo que não com a cabeça, sem parar.

Pra aumentar nossa tensão, o diabo do tira resolveu parar e fumar um cigarro, na sombra de um pé de umbu. Mas não tirava o olho do nosso galpão. O maldito tem certeza que a gente está aqui. E daqui não tem mais lugar algum pra onde correr, ao redor só tem pasto e vaca leiteira. Daqui a um tempinho o filha da puta recomeça a andar e vem direto pra boca do lobo. E aí a bala vai comer solta. Eu tenho seis chances. Ele, provavelmente, tem muito mais, deve ter munição pra recarga, é um profissional. E, por isso mesmo, deve atirar muito melhor do que eu.

Mas agora nada disso interessa. O que interessa é que eu tenho seis balas e uma necessidade premente de tirar esse maldito do caminho. E juro que é até mais por causa da menina do que por minha causa.

Continuei olhando por aquele providencial buraco na madeira carcomida do galpão. Quanto tempo mais eu tinha? Uns três, quatro minutos… Podia acontecer que fossem esses os meus últimos minutos de vida. Mas podia ser que fossem os últimos daquele desgraçado, que tinha saído da estrada no nosso encalço, quando nós deixamos o carro e saímos correndo pelo campo desta fazenda, em direção a este galpão, que é um velho estábulo minúsculo, possivelmente abandonado.

Afinal, não tinha mesmo jeito de o meu carrinho conseguir correr mais que o possante daquele tira. Era questão de minutos e ele nos alcançava. Aí fiquei com medo que ele, ao nos ultrapassar, atirasse em mim e acabasse acertando a garota ao meu lado. Resolvi que a gente tinha que correr e tentar a sorte neste pasto. Tanto ela, quando eu, somos leves e delgados e eu costumo correr meus 10 quilômetros quase todas as manhãs, Já o tira é peso pesado, gordo, barrigudo, não é páreo pra gente. Mas a menina entrou numa de pavor, quando a gente passou por este galpão.  Ela se enfiou aqui pra se esconder, uma tremenda roubada, e não teve jeito de convencê-la a sair. Quando enfim eu estava começando a arrancá-la a pulso daqui, o tira apontou perto das árvores. Tarde demais. Tá na cara que tinha dado pra nos ver entrando aqui.

Então, já que estes podem ser os últimos minutos de vida pra mim, vou aproveitar a trégua e passar famoso o filminho da minha vida. Tomara que o nojento demore bastante pra fumar aquele mata-rato.

O trecho de filme que interessa começa dois anos atrás, somente. Eu estava naquela mediocridade que era minha vida de sempre. Mas alguma coisa então mudou. De repente, o negócio em que eu tinha me aventurado na Internet, começou a dar certo. Quase um ano depois de ter entrado em vários programas afiliados, um deles começou a vender de verdade e eu peguei o jeito, comecei a ganhar dinheiro mesmo e deixei logo o meu emprego no banco. Mas a complicação só começou quando eu aluguei um apartamento maior.

Pouco dias depois de ter mudado pra lá, me livrando de umas tralhas que o morador anterior tinha deixado ali, encontrei uma carta endereçada pro sujeito, um tal de Kleber. Pra você ver como são as coisas. Era só jogar aquela carta no lixo, junto com tudo o mais. Mas não, eu tinha que abrir e ler aquela coisa!

Cara, a carta era coisa braba! Uma garota, uma tal de Nely, escrevia pro tal Kleber dizendo que, com o dinheiro que ele tinha dado pra ela fazer o aborto, ela tinha fugido de casa e alugado um lugarzinho pra ficar no interior. Aí arranjou um trampo, teve a criança num hospital público e estava na pior, sem emprego, sem grana pra ela e pra criança e a família dela não queria ver as duas nem pintadas de ouro.

Achei que, pelo jeito, o tal Kleber não tinha dado a mínima. Na carta havia um número de celular, mas a carta era de dois anos antes. Será que ainda valia? Bom, eu não tinha nada que me meter, mas… Sei lá, quando vi eu estava ligando praquele número. E uma voz quente e gostosa atendeu do outro lado. Era a Nely! Na hora me deu uma vontade maluca de ver como ela era, dá pra acreditar? Falei que o Kleber tinha me dado o número dela e ela ficou muito surpresa. Estava morando em Americana. Sem falar mais nada pra ela, peguei o carro e me toquei prá lá na mesma tarde.

Bem, o que aconteceu? Aconteceu que eu me enrolei todo com a Nely. Foi amor à primeira vista, juro. Fiquei com os quatro pneus arriados quando vi como era linda aquela mulher! Que rosto, que corpo! E ela era super legal. Tinha 24 anos agora e tinha um trabalho até que razoável, dava pra se manter bem e a casa que ela tinha alugado era muito maneira. Mas foi quando eu vi aquele molequinho que eu acabei de me derreter. Ele correu pra mim, pulou no meu colo, passou o resto da tarde me alugando. Voltei no outro dia, à noite. E no sábado. E aí já fiquei num hotel, pra estar disponível no domingo cedo e passear o dia todo com eles. Bom, a coisa pegou fogo. Eu fiquei completamente entregue àqueles dois.

Uma semana depois eu acampei na casa dela com o meu escritório central ou seja, apenas um raquítico netbook e um modenzinho de computador. Isso é, até hoje, tudo o que eu preciso pra ganhar o meu dinheiro, não importa onde eu esteja, desde que tenha Internet. Assumi o aluguel da casa, busquei o resto dos meus bagulhos e entreguei o apartamento de São Paulo.

Cara, eu, de repente, estava casado na prática, feliz pra caramba, adorando aquela gata e adorando a criança, o Paulinho. Ele, um grude comigo. Ela, muito boa de cama. Mas alguma coisa ainda faltava. Com o tempo comecei sacar que a cabeça dela ainda estava muito parada no tal de Kleber. Um dia não aguentei mais e dei um aperto nela. Ela chorou e acabou confessando:

–  Você não merece isso, você é tão bom pra mim e pro Paulinho! Ele é o pai do meu filho, mas o pai verdadeiro pro meu filho é você, você é que está sempre aqui disponível. E você é um amor. Que dó que me dá, eu ainda não consigo tirar aquela desgraçado do meu pensamento, ainda amo aquele homem.

Cara, foi duro! Daquele dia em diante eu não tive mais sossego. Comecei a odiar esse tal de Kleber! Então o cara engravida a menina, não assume o filho, paga pra ela abortar e acaba com a vida dela. Ela tem um pai caretão, perde a família, vem ter o filho sozinha numa cidade estranha, uma barra. E, ainda assim, continua parada na daquele filho da puta?!

E aí a coisa ficou muito pior! O tal Kleber era roqueiro, tinha banda e estava começando a se dar bem, estava faturando e tendo fama agora. Então, numa certa noite,  o desgraçado me aparece na televisão, ia se apresentar em Campinas. A Nely enlouqueceu. Tinha show na sexta e no sábado. Ela chorou e me pediu perdão, mas disse que precisa ir ver o maldito e levar o Paulinho, o meu Paulinho, pro pai conhecer! Fiquei absolutamente emputecido. Não era possível. Já fazia quase dois anos que eu era o homem da Nely e o pai do Paulinho. De repente pinta aquele animal e ela fica ensandecida. Ia se tocar pra Campinas no sábado, quando não trabalhava. Ia levar o meu menininho, ia dar pro maldito, era só o cara estalar os dedos e a trouxa abria as pernas de novo. E era capaz de voltar outra vez prenhe do sujeito.

Eu tinha que fazer alguma coisa! A Nely não me amava, mas eu amava a Nely loucamente. E amava o Paulinho demais, também. Sim, eu tinha que fazer alguma coisa! E tinha que fazer bem feito. Algo definitivo. Foi aí que eu comprei este revólver!

Saí de casa, falei que ia voltar pra São Paulo. Ela se desesperou, sabia que podia passar sem mim, se reconquistasse o tal Kleber, mas sabia que o Paulinho não conseguia mais viver sem mim. Eu também não conseguiria viver sem meu molequinho, mas fingi e dei uma de durão, botei minhas coisas numa mala e fui embora de carro pra São Paulo. Que era pra Campinas, na verdade. Isso foi na quarta feira. Tive dois dias pra reconhecer o lugar do show, consegui entrar ali de dia, era uma casa de shows anexa a um grande restaurante. Apareci sempre de peruca, óculos escuros, roupa de metaleiro. Na sexta pensaram até que eu era um dos músicos de apoio da banda.

Entrei cedo e me escondi num dos camarins, que eu já sabia de antemão que ia ser onde o cara ia se arrumar. O melhor ia ser o do meu inimigo, o vocalista, o bonzão da banda. A peça era uma zona, tinham adaptado aquilo de um depósito de fábrica, tinha pilhas e pilhas de madeiras e de restos de cenários. Me enfiei por ali, era escuro pra burro sem a luz acesa. E esperei que o desgraçado aparecesse.

O show estava marcado pra 11 da noite. O nojento apareceu meia hora depois, atrasado, bêbado ou cheirado, não sei, mas tava tontão. Entrou com uma garotinha bem novinha, coisa de uns treze anos e comeu a garota na marra, ali, trepada em cima da mesa de maquiagem do camarim. Eu tinha feito o meu plano de apagar o sujeito na hora que ele fosse sair do camarim para o palco. Mas quando vi o que ele estava forçando aquela quase criança na marra, embolachando a cara dela e tapando a boca da menina pra ela não gritar, perdi a cabeça. Ia ser agora!!!

No outro dia eu deu tudo no jornal de Campinas:

Os caras ouviram dois tiros, vindos do camarim do cantor. Correram pra lá e encontraram o cara baleado, morrendo, chegou morto no hospital. Bem, desse mal a minha Nely estava curada!

Mas aí eu tinha que correr pra salvar a pele. O diabo do tira gordo já estava na nossa cola. Nossa???

Sim, minha e da outra moça, a que atirou no Kleber. Pois veja como são as coisas, amigo: Ali, naquele enorme camarim, misto de coxia de teatro, além da menina que o boçal violentou, além de mim e do meu revólver engatilhado, tinha uma terceira pessoa. E ela também estava armada. E ela também queria matar o tal Kleber. E ela conseguiu! Foi ela quem atirou à queima roupa, na nuca e nas costas do maldito, bem na hora que ele estava se retirando da criança. Morreu sem saber do que, nem por que.

Mas eu entendi tudo numa fração de segundo: a menina estava visivelmente grávida. Aquele idiota, pelo jeito, nunca usava camisinha! Na hora eu pensei na Nely, que tinha passado por isso também, pensei na garotinha que estava aos berros, apavorada, talvez a caminho de engravidar também. Mas pensei principalmente na menina que tinha feito o serviço pra mim. Graças a ela, eu não era um assassino! 

Ela era! E eu precisava livrar a cara dela. Ela tinha me aliviado dessa e tinha resolvido o meu problema com aquele encosto do diabo. O mínimo que eu tinha que fazer era livrar a cara dela também. Aí, quando eu vi que ela tinha se sentado calmamente numa cadeira, esperando chegar gente pra se entregar, dei-lhe um enorme safanão, peguei a dita cuja pelo pulso e arrastei comigo pela outra entrada, que eu tinha descoberto e limpado pra poder fugir. A garota levou um susto enorme, não tinha me visto ali até então. Eu fiz sinal pra que ela ficasse quieta e corresse comigo.

Bom, eu não tinha nada com o crime dela, era só cair fora e me safar na boa, deixar que a polícia pegasse a garota e pronto. Mas não deu, amigo! Eu fiquei com a menina. Saímos pelos fundos, a coisa estava começando a ferver lá dentro. Eu tirei a peruca e a barba, os óculos escuros, a blusa de metaleiro, enfiei tudo na mochila. Enfiei também, a arma do crime, que eu tinha arrancado da mão dela no camarim. Fiquei irreconhecível, era só eu mesmo outra vez. Mas a mocinha tinha sido vista, evidentemente. Aí apareceu este gordo metido que está terminando de fumar, a 50 metros daqui. Começou a investigar e, em poucos minutos, já estava saindo atrás da garota. Esse abelhudo dos infernos, cujo bucho eu espero encher de chumbo em poucos minutos.

É, meu amigo imaginário, enquanto eu finjo que converso com você, o rolha-de-poço já está no fim do cigarro dele. E, portanto, o filminho da minha vida já está acabando também, Aí vem o letreiro: The End! Dele? Ou meu? É, tá bem na base do quem viver verá. Nossa, preciso acalmar essa menina, ela vai ter um troço, treme como vara verde, vai perder essa criança!

Também, esse jamanta é mesmo um bom policial. Deve ter conseguido várias descrições da mocinha e, quando entrou no bar em frente – porque esse merda tinha que inventar de comprar cigarro justo ali?! – viu a menina comigo. Acho que não ia se tocar, se eu não tivesse feito a asneira de comentar com a garota que aquele cara era da polícia, que eu tinha visto quando ele saiu da viatura no beco. Aí a garota começou a tremer e a dar bandeira. O sujeito marcou a cara dela, lembrou das descrições, roupa, cabelo, etc. e veio pra cima. O jeito foi correr pra fora. E aí eu me desgracei todo. O tira me sacou do jeito que eu sou e eu passei a ser cúmplice pra ele. Eu corri pro meu carro, que eu tinha deixado bem perto dali, o gordão foi pro dele, cantou pneu atrás de nós. Por sorte, em seguida eu peguei uma estrada vicinal, de barro, já no início da zona rural.

E é isso, agora o infeliz está vindo. Agora é ele ou eu. Eu ou ele. Pobre garota, o que vai ser dela, se o cara acaba comigo? Vai pra cadeia, a coitadinha. Quase uma criança também, mais uma iludida que vai se oferecer pra artista, sabe-se lá o que o nojento não prometeu pra ela, pra ela ficar tão emputecida a ponto de arranjar uma arma e partir pra liquidar o maloqüento!

Pronto, o filha da mãe acaba de abrir a porteira e está afastando as vacas. Deixa eu pegar posição de tiro. Bem se vê que ele é uma besta, mesmo: Pra que dar tapa nas coitadinhas das jérseis? Não tem vaquinha menor nem mais fofinha que uma jérsei. Amorosa, inofensiva. Desgraçado, vou te enfiar uma bala nesses cornos em nome dessa vaca que você está chutando. E da bezerrinha também, seu maldito!

O dedo coçou o gatilho, o olho dormiu na mira. O fator surpresa era meu! Mas justo nessa hora o cara fez uma tremenda duma burrada. Bem se via que o idiota não manjava nada de gado leiteiro!

– Não, não, seu ignorante, isso não é uma vaca, sua besta! Não está vendo que é bem maior? Isso é um touro! E é um touro jérsei!!! Cara, se você bater nesse bicho como fez nas vacas…

Bateu!!! O imbecil bateu com toda força na cara do touro. Justo um touro jérsei! Um assassino maluco!…

Eu não falei? Olha ali: o touro imprensou o idiota contra a parede do galpão. Puta, tá dando cada cabeçada no peito dele! E não pára! Esse tira já era!

– Ei, menina, pode sair daí. Chegou a cavalaria, estamos salvos. O tira não tem mais peito, já era, apagou. Morreu na hora. Agora vamos tratar de cair fora. Vamos pro meu carro na estrada de novo. Vamos pra São Paulo.

E estamos aqui os dois, agora, num hotelzinho treme-treme da Barra Funda, já faz uma semana. Um casalzinho novo, pra todos os efeitos.  Mulherzinha novinha, grávida. Todos simpatizam com a gente. Claro que eu respeitei a menina, não ia me aproveitar da desgraça dela.  O nome da garota é Sabrina, está de cinco meses. Do cara que ela despachou, é claro.

A Nely me ligou no celular no domingo, me contou que uma moça desconhecida tinha matado o Kleber, que ela estava livre agora daquela fixação doentia. Me pediu perdão, chorou muito suplicando que eu volte pra casa. O Paulinho não quer nem comer, disse ela. Acredito. Eu também estou morrendo de saudade dele. Expliquei que eu preciso de um tempo, que eu ainda estou muito mexido, muito machucado pelo que ela me fez. Mas que eu ainda a amo e que vou voltar pra casa, sim, só preciso de um tempo. Ela concordou e me fez jurar que eu vou dar uma outra chance pra ela, me garantiu que agora ela vai se entregar de verdade, não só de corpo, mas de alma também.

Que maravilha! Eu preciso de um tempo, mesmo. Mas de um tempo pra dar um jeito na Sabrina. Já disfarcei a bichinha. Bichinha mesmo! Vesti ela de homem, ficou uma bicha completa, isso é muito feminina. Arranjei um documento falso pra ela viajar, vou levar a pobrezinha pro Nordeste. Estou levando um documento falso de mulher também, lá ela deixa de ser o bichinha. Mas também não pode mais ser a Sabrina, que a polícia tá feito louca atrás dessa aí. Vamos de ônibus até Salvador. Vou bancar a coitadinha por lá, ajudar à distância pra ela ter a criança, começar vida nova depois, Deus queira que ache um homem melhor nesta vida. Acho que numa semana resolvo toda a parada pra ela e aí volto correndo pro meu molequinho e pros braços da minha Nely.

Que karma esse meu, de ter que cuidar dos filhos daquele imbecil do Kleber! A propósito, quando eu voltar a Campinas, vou tentar descobrir quem é a garotinha que o marginal violentou aquela noite. Quem sabe não tenho um terceiro filhinho a caminho. Ah, eu adoro crianças!

Como é que eu vou fazer?Ah, eu dou um jeito. Pode ter certeza.

Também, depois que, por duas vezes, eu me preparei pra matar um homem e, na última hora, Deus não deixou - duas vezes não! -  acho que vou fazer as pazes com Ele e Ele vai dar um jeito pra eu arranjar ume esquema e poder cuidar dos meus molequinhos. Com as mãezinhas eu não quero nada, cara, só quero ajudar. Tudo o que eu quero é a minha Nely e o meu Paulinho!

Bom, pensando bem, pra alguma coisa aquele mala do Kleber serviu! Que bom que eu aluguei aquele apartamento onde o piolhento tinha morado antes! E que não acabei nem furado de bala, nem mofando numa cadeia.   FIM ! 

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