A partir de 2 de Julho de 2014 comecei a
publicação diária (exceto nos fins-de-semana e feriados) do primeiro volume
desta trilogia – VOL 1: JOÃO RAMALHO NO PARAÍSO. Os outros componentes dela
são:
VOL 2: VILLEGAIGNON NO INFERNO; e
VOL 3: MONSIEUR LE PRINCE ESSOMERICQ.
Esses romances históricos abarcam um tempo
cronológico que vai de 1512, com a partida de João Ramalho de Lisboa, até 1612,
com a tomada de Angola da mãos dos holandeses, por uma frota brasileira sob o
comando de Salvador de Sá e Benevides. Nesse século de duração, os caminhos da
França e do Brasil vão se entretecendo cada vez mais e culminam,
paradoxalmente, num recomeço cronológico, quando, no VOL 3, um flash back nos traz de volta ao ano
de 1504; nele, um navegador francês passa vários meses numa ilha da Baia de
Babitonga, na atual Santa Catarina, e leva consigo para a França um indiozinho
de 14 anos, nosso futuro Essomericq, o primeiro brasileiro a conquistar sucesso
na Europa.
No meio dessas tramas históricas, atuam com
desenvoltura figuras gigantescas como a do português João Ramalho, fundador de
Santo André, co-fundador de São Vicente e redentor de São Paulo de Piratininga.
Martim Afonso de Souza, Padre Manuel da Nóbrega. Padre José de Anchieta nos
leva, através da Confederação dos Tamoios e depois, acompanhando Estácio de Sá, até a baia de
Guanabara, onde Nicholas Durand de Villegaignon tenta desesperadamente
estabelecer uma colônia francesa, a França Antártica. O Rio de Janeiro é
fundado por Estácio e a seguir são os descendentes de seu tio, o governador
geral Mem de Sá, que irão dominar essa cidade nascente por longas décadas, até
chegarmos a Salvador de Sá e Benevides, que construiu o maior navio da Terra na
própria baia de Guanabara.
Mas é Villegaignon que, malogrando em sua
tentativa de colonização, nos leva para a França, onde uma grande parte da nova
trama se desenrola, sempre estabelecendo vínculos com a colônia portuguesa do
Brasil. O encontro entre Villegaignon e Essomericq provoca uma profunda
reviravolta em toda a história e nos traz de volta no tempo para as terras
brasileiras de Santa Catarina.
Concebida e escrita para cinema, como um
grande roteiro, DE FRANÇA E BRASIL não é um trabalho de História. Não é o campo
de atuação de um historiador, mas de um novelista, que escreve, acima de tudo,
com um enfoque que acentua o humor, a
plasticidade, a emoção e a sensualidade das situações. Que resgata a
participação de inúmeras mulheres que a história teima em eclipsar e que as
reconhece como heroínas também.
Personagens de pouca definição histórica,
com assentamentos e cronologias de escassa exatidão, como o próprio João
Ramalho, Essomericq, índias e índios, tornam-se preferenciais no
desenvolvimento das tramas, porque permitem que se enfeite, que se crie e
recrie, que se invente mesmo, numa espécie arrevesada de “licença poética”,
para que eles encham as nossas páginas de vida, humor, picardia e esperteza. E
muito amor. E para que nos deixem fugir dos arquivos bolorentos da história
pura.
Que, aliás, o mais das vezes, é em si
também falha, porque, como bem o sabemos, quem conta a história são os
vencedores, torcendo-a sempre a seu favor. E, sem duvida, quem conta um conto,
aumenta um ponto...
Quem quiser conhecer como começa esta
intensa e divertida narrativa, siga o link
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