MILTON MACIEL
83 – O PESO DO PASSADO
Fim do cap. 82: "Celso Teles percebeu que ali havia muito mais coisa e não era coisa pequena. Murmurou para ambos:
– Vocês se conhecem, então?"
Don Diego, pálido e
visivelmente trêmulo, com um fio de voz, conseguiu responder:
– Si. Demás! De Buenos Aires…
Celso teve um lampejo.
Talvez fosse melhor dar um tempo com o futebol, a ida para a sede esportiva
podia espera um pouco. Perguntou, na verdade oferecendo uma sugestão:
– Vocês não querem que eu
saia um pouco, para poderem conversar? Não temos pressa nenhuma, Don Diego. O
que acham?
O argentino fez com a
cabeça que sim. Carmen De Rios tirou enfim as mãos que cobriam o rosto e ficou
com o olhar imóvel, contemplando o homem em pé. Não respondeu nada, mas para
Celso, bom entendedor, foi a dica para que ele deixasse a sala e fechasse a
porta atrás de si. Foi atrás de sua Lissinha.
Ao encontrá-la levou um
susto: Ela estava sentada no sofá da sala de reuniões e tinha no colo uma outra
moça que soluçava desesperadamente, encolhida como uma criança. E, para sua
enorme surpresa, essa pessoa era Gládis De Rios! Celso não pôde deixar de
pensar que aquilo era uma inversão total de tudo o que ele tinha visto até aquele dia: Era sempre Larissa que chorava amparada pela fortíssima e protetora
Gládis. O que teria acontecido para fazer com que sua olímpica espanholita
tivesse desabado desse jeito? Era a primeira vez na vida que ele via Gládis
chorar!
Aproximou-se assustado,
mas Larissa colocou o dedo sobre os belos lábios, fazendo calar nele toda e
qualquer indagação. Celso ficou mudo, estático, observando sua Lisinha
desdobrar-se em carinhos, envolvendo Gládis com os braços e
passando a mão suavemente em seus longos cabelos negros.
Depois de algum tempo
assim, Larissa fez sinal para Celso, apontando para a porta do seu escritório,
dando-lhe a entender que a causa da comoção de Gládis De Rios estava lá dentro.
Don Diego! – percebeu
Celso. Fez sinal apontando para sua própria porta e Larissa entendeu sua muda
mensagem, fazendo que sim com a cabeça. E, ao mesmo tempo, fez-lhe sinal para
que saísse e a deixasse só com Gládis. Pelo jeito, a coisa ali ia demorar.
Celso estava estarrecido
com a situação. Então ele havia trazido para Amarante um homem que, pelo jeito,
tivera algum tipo de relação muito forte com Carmen De Rios. E cuja presença
tinha o poder de fazer Gládis desabar por terra como ele nunca teria pensado
que pudesse acontecer. Então quem era, afinal, este Don Diego de Rivera y
Alarcon?
Um homem correto,
generoso, a quem ele, Celso, devia muito em sua vida. Um profissional
competente e respeitadíssimo no ramo, estimado até por seus concorrentes
maiores em três continentes, com os quais mantinha relações cordiais há
décadas. Que idade teria agora? Pouco mais de 50 anos, imaginou Celso.
Conhecia-o há pelo menos 20, fora ajudado por ele há 18. Então, fosse o que
fosse que abalava tanto suas duas espanholitas, era coisa de muito tempo antes
de Celso tê-lo conhecido, quando jogava na Espanha.
Fosse o que fosse, era
algo que tinha a ver com a vida dele – e de Carmen – ainda na Argentina.
Lembrava que Carmen de Rios tinha morado muito tempo em Buenos Aires e
percorrido grande parte da Argentina com diversas companhias de flamenco. E
que, depois de alguns anos, voltara para o Brasil, para a cidade de seus pais,
Santos.
Começou a estabelecer hipóteses e logo uma ideia apareceu claramente
formulada em sua mente. Seria possível algo assim? Com certeza, esse algo
explicaria o que estava acontecendo com Gládis agora. E o estado de choque, de
perplexidade, que observara na sempre serena Carmen. E, não podia deixar de
considerar também, o abalo que surpreendera em seu benfeitor argentino.
O que estaria se passando
agora, atrás daquela porta fechada de seu escritório, no qual ele não poderia
entrar, sabe-se lá por quanto tempo? Apurou a atenção e conseguiu ouvir que
Gládis continuava chorando alto. Mas agora conseguiu escutar a voz suave e
delicada de sua adorada Lissinha cantando
uma espécie de berceuse italiana,
nesse idioma, para Gládis.
Arriscou entreabrir
levemente a porta da sala de reuniões e o que viu o fez comover-se: Larissa
embalava Gládis e cantava para ela, exatamente como uma mãe amorosa faria com
seu bebê. Celso era muito pouco dado a essas coisas, mas podia jurar que aquela
sala inteira estava inundada com uma energia de Amor. Larissa parecia um poço
de serenidade, uma fonte de paz e tranquilidade. Por um instante veio à mente
de Celso a lembrança de uma Pietá que conhecera quando jogava em Roma, não lembrava bem em que
lugar. Sim era isso, era como se as duas mulheres que ele mais amava em sua
vida atual tivessem se fundido numa só estátua.
E Celso Teles fechou de
novo a porta sem fazer qualquer ruído. Agora também ele estava calmo. Fosse o
que fosse, Larissa encontraria em si mesma qualquer coisa que Gládis
precisasse. E, fosse o que fosse, certamente Carmen de Rios encontraria o
caminho ideal para resolver a situação. Quanto a ele, não havia nada que
pudesse fazer. E soube muito bem o que precisava, por sua vez: Fúlvio Rondelli!
Encaminhou-se em passos
rápidos para a oficina e, ao chegar, passou a tratar com o italiano de diversos
assuntos atinentes aos novos câmbios automáticos da Mercedes para a nova linha
do ano seguinte. Ah, aquele italiano também era um centro de força! Estar junto
dele infundia paz e força, ao mesmo tempo. Como era bom ter um amigo assim!
Lembrou-se de ligar para
a telefonista e avisar que, se precisassem dele, estaria ali na oficina com
Rondelli. E pediu para a garota avisá-lo assim que seu visitante recém-chegado
saísse do escritório, onde estava conversando com Carmen De Rios. Aí,
completamente tranquilo, passou a contar para o amigo quem era aquele pretenso 'espanhol', qual o papel que ele tivera em seu passado e qual o papel ainda mais importante que ele viria a ter
na evolução da nova carreira de Celso.
Mas, à medida que Celso o foi colocando a par dos números que estariam envolvidos nos negócios, das cifras astronômicas do mercado internacional do futebol e das transferências de seus jogadores, o italiano começou a emitir seguidos assobios de admiração. Sim, senhor, aquele paulista era um capeta nos negócios! O que ele estava começando a empreender ali, quietinho no seu canto na humilde Amarante, ia fazer seu mais do que próspero negócio de venda de automóveis parecer brincadeira de criança. E, se ele já era um homem muito rico, iria ficar incomparavelmente mais rico ainda.
Mas Rondelli notou, o tempo inteiro, que Celso Teles citava os números apenas para dar a seu interlocutor uma noção das proporções gigantescas do negócio e seu mercado. Em nenhum momento via nos olhos de seu chefe aquele brilho de ambição e cobiça dos fazem tudo por dinheiro.
Não, Celso Teles estava
deixando muito claro o que o motivava realmente: o amor, o extremo amor ao
futebol. E a preocupação com a carreira e a vida de centenas e centenas de
jovens, de ambos os sexos, que ele queria tirar do anonimato e, para muitos
deles, da miséria extrema, transformando-os em craques altamente valorizados.
Ganharia, sim – e muito – com essas centenas de negociações de passes. Mas seus
garotos e garotas ganhariam muito, muito mais, em todos os sentidos. E era isso
que fazia os olhos de Celso brilharem, não era o dinheiro.
Sim, sim, da mesma forma
que fizera com ele mesmo, Rondelli, o que Celso queria era encontrar, promover
e definir o justo valor de cada uma de suas novas criaturas. E, então,
aplicaria sobre elas o seu toque miraculoso de Midas.
– Sabe, Rondelli, eu fui
muito feliz em minha carreira no exterior. Saí do brasil com 17 anos, direto
para a Espanha, levado por um intermediário honesto, o Dario Ramos, já falecido, e que cuidou de mim durante o primeiro ano lá. Quando o pessoal do Saragoza quis
aproveitar da minha fragilidade, sozinho e morrendo de saudade do Brasil e da
minha mãe, ele engrossou com os caras e livrou a minha cara. E depois ele
conseguiu me negociar como o outro time espanhol e eu me firmei.
– Um homem muito decente
esse Dario. Era espanhol?
– Não, brasileiro de Alagoas mesmo. Poucos anos depois disso, Don Diego me procurou e começou a me mostrar
que estava na hora de eu alçar voos mais altos. Entendi, graças a ele, que se eu
ficasse na Espanha, poderia chegar aos times maiores, mas levaria muito mais
tempo. Ele então me convenceu a ir jogar na Ucrânia. Concordei e ele me
negociou com o Shakhtar Donetsk. E foi aí que eu comecei a ficar rico. Devo
muito a este argentino, Rondelli. Muito mesmo!
– Muita sorte, mesmo,
chefe. Dois homens de qualidade em sua vida de garoto principiante!
– Pois é, italiano. Isso é
uma raridade. A maior parte dos garotos como eu, daquela idade, vão para fora e
se dão muito mal. São iludidos com falsas promessas, depois colocados em condições
muito ruins, há os que chegam a ser explorados em um verdadeiro trabalho
escravo. Sem dinheiro, passam muito frio, passam fome, são obrigados a aceitar
qualquer ocupação para sobreviver. Pois agora eu posso lhe dizer, meu amigo: é
para evitar que isso aconteça com centenas de garotos – e garotas – que eu
planejo há muitos anos, desde que eu, molecão ainda, estava na Rússia, entrar como negociante do
ramo. Eu quero que essa moçada tenha a mesma sorte, o mesmo tratamento que eu
tive. Eu quero ser o Dario Ramos, o Diego Rivera deles, entendeu?
Fúlvio Rondelli engoliu
em seco. Que homem ele tinha a honra e a felicidade de ter como seu chefe,
amigo e, também, benfeitor! Que caráter. Não conseguiu falar nada... Celso
continuou:
– Foi para isso,
carcamano, só para isso, que eu poupei dinheiro, juntei dinheiro como um louco,
investi em outros negócios, como este nosso aqui. Só para poder, um dia, me estabelecer
como intermediário na transação de jogadores brasileiros e sul-americanos com
os clubes europeus. Cada vez que eu fiquei tentado a ficar com um desses carrões
importados que eu vendo, eu me policiei, pensando: Cara, você não precisa
disso, é menos um menino que você vai descobrir e negociar um dia, menos um que
vai sair da M, como você, e virar um carinha rico lá fora.
Fúlvio não se conteve,
apertou a mão de Celso e deu-lhe um abraço apertado:
– Chefe, o senhor é o
rico mais esquisito que eu conheci na vida! Não ostenta, não se exibe, não faz
as coisas por lucro imediato, sabe reconhecer e pagar muito pelas pessoas... E
agora mais essa: o ideal que está por trás desta sua nova meta de vida
profissional é o mais nobre que se possa imaginar. Sabe, eu tenho orgulho de
poder ter conhecido o senhor e estará aqui dentro desta sua empresa.
– Carcamano, eu tenho
orgulho é de ser seu amigo. E isso diz tudo.
Antes que Rondelli
pudesse responder, o celular de Celso tocou. Era a telefonista:
– Doutor, o seu visitante
está aqui fora, está perguntando pelo senhor. O que eu faço?
– Ah, diga pra ele que eu
estou aí em um minuto. E a Carmen, também saiu da minha sala? E a Gládis, a
Larissa?
– Dona Carmen continua no
seu escritório, chefe. E Gládis e Larissa acabam de entrar ali e fecharam a
porta. A Gládis está estranha, parece que andou chorando, não sei...
– E o argentino está
onde?
– Está no salão,
caminhando entre os carros novos. Mas não está examinando nenhum, está só
andando. Credo, parece um robô!
– OK. De uma corridinha até
ali e diga para ele me esperar onde está. Já estou caminhando para o salão. Obrigado.
Instantes depois ele viu
Don Diego caminhando entre os carros devagar, com passo um tanto estranho, mecânico,
por isso a menina falara em robô. Era evidente que seu visitante continuava
muito perturbado. Talvez agora ele, Celso, ficasse sabendo o que estava
acontecendo de verdade.
– Olá, Don Diego, fui dar
uma volta por aí, para deixar tempo para vocês dois conversarem. Valeu a pena?
Don Diego Rivera
encostou-se em um Audi e olhou para Celso com um olhar mortiço. Só então ele
percebeu que os olhos do argentino estavam vermelhos. E Don Diego falou, em sua estranha mistura de espanhol e protuguês:
– Si, chico. Y como! Y eu
estoy destrozado y contento, tudo ao mismo tempo.
Celso Teles não perguntou
nada, apenas esboçou um leve sorriso e esperou até que seu antigo benfeitor
quisesse falar. Quando ele o fez, Celso caiu das nuvens. Caramba, era bem o que ele tinha imaginado. E muito mais:
– Carmencita fué la mujer de mi vida, Celso! La única que eu amé de
verdade. Estuvimos quase quatro años juntos em Buenos Aires. Pero eu já era
casado. Y
eu não tuve coragem de dejar mi esposa. Tenia dois hijos com ela. Era chicos,
siete y quatro años.
Celso tentou se colocar
no lugar de Don Diego:
– Eu nunca passei por
isso, mas imagino que deve ser muito difícil mesmo.
– Yo não amava my mujer. Mas
amava mis chicos com pasión. Por causa de ellos que eu não tinha coragem de dejar
todo por amor de Carmencita.
– E então?
– Entonces ella se cansó. Y me dejó. Nunca mas la veí en Argentina. Se fué
para el interior, dejó de bailar flamenco, se empregó como otra cosa
qualquiera, que sé yo! Pero cortó todos los contatos conmigo.
– E o senhor nunca mais
soube dela?
– Jamás! Foi el fim, ela
desapareció nel aire. Nunca más. Solo hoje, agora mismo, foi que fiqué sabendo
lo que aconteceu, que ela se vino para Brasil.
Celso notou que o homem fazia
um grande esforço agora para se controlar emocionalmente. Talvez o que ele
quisesse falar lhe pesasse ainda mais. Quando Don Diego rompeu o silêncio,
conseguiu dizer somente:
– Carmencita se fué al
interior llevando uma criança mia em la barriga, Celso! Tuvo uma filha mia, criou la nena solita, nunca me dejó
saber de nada. Y se vino para Brasil después con nuestra hija –
e, desta vez, os olhos do argentino se encheram de lágrimas.
– Una hija, uma filha
mia, Celso! Eu tengo uma outra filha y no sabia nada até hoje! Y lo más increíble
é que essa filha está aqui mismo, ali na sua sala, Celso. Carmencita me pidió para salir, sin ver la chica, que
necessita hablar com ella antes. Y yo todavía no pude ver mi hija, Celso.
Caray, estoy tan nervioso! Me odiará my hija?
Celso achou que era seu dever
acalmar o homem. Não, ele não tinha culpa formada em relação a sua filha – Gládis
De Rios! Afinal, nunca tivera conhecimento da existência dela. E aquela
espanhola cabeça dura era perfeitamente capaz de tomar a atitude que tomou. Sim,
aquilo seria bem de Carmen De Rios! Então falou:
– Acalme-se, Don Diego.
Com certeza, Gládis não tem razão para odiá-lo.
– Gládis?! Es esse o nome
dela? Que hermoso!
– Sim, ela é Gládis De
Rios. Prepare-se, Don Diego, o senhor vai conhecer uma das mulheres mais
bonitas que verá na vida. Sua filha é deslumbrante. Mas isso não é nada perto
das qualidades dela. É a pessoa que eu mais admiro no mundo, depois de minha
noiva. E eu a considero minha melhor amiga. Trabalham comigo há muito anos, ela
e Carmen.
– Gládis De Rios – murmurou
o argentino – Lástima que no tiene meu apellido. Es decir, meu sobrenome, em português.
Celso, yo estoy helado,, amigo. Helado.
Hace mucho años que no sé lo que é ter miedo en la vida. Ahora, chico, me
estoy muriendo de miedo. De miedo de ver minha filha y lo que ella vá a fazer.
Ah, Celso, me falta coragem para enfrentar my hija, amigo! Estoy
temblando por adentro. Tremendo...
Celso achou que podía fazer
alguma coisa para acalmar seu visitante. E arriscou:
– Pois, Don Diego, vamos
dar um tempo a mais para isso. Para quem já esperou mais de vinte anos. Acho que
mais umas horinhas não vão fazer diferença. Um momento, deixe eu trocar uma
ideia com Larissa, já volto.
Na verdade, o que ele
queria era falar com Carmen. Entrou em seu escritório sem bater e viu que o ambiente
estava mais tranquilo do que havia imaginado encontrar. Larissa, como um
verdadeiro anjo loiro, segurava as mãos das duas espanholitas. Estavam as três
sentadas no sofá maior, uma espanholita de cada lado de Lissinha. Gládis tinha a cabeça afundada nos cabelos loiros de Larissa., mas não chorava mais. Carmen olhava para as
duas com sua mesma velha calma de sempre. Quem a visse somente agora, não poderia
imaginar o sufoco pelo qual ela havia passado poucos minutos atrás. Quando viu
Celso entrando, perguntou:
– Como está ele?
– Arrasado. E com muito
medo.
– Medo?
– Sim, medo que sua filha
o odeie agora, foi o que ele disse.
Carmen meneou a cabeça,
com um sorriso triste e falou:
– Bem se vê que ele não
conhece a filha que tem. E além disso, ele não tem culpa nessa coisa de pai e
filha, não sabia de nada. A culpa dele foi a de ter sido covarde antes disso.
Celso explicou o que
pretendia fazer:
– Olhem, meninas, eu estou
pensando em levar o Diego para a minha academia e passar a maior parte do dia lá
com ele, enquanto vocês acertam os ponteiros entre vocês aqui. O que vocês
acham?
Gládis foi a primeira
responder:
– Faça isso, por favor,
jefito! Pelo amor de Deus, Também eu preciso de mais tempo para me preparar
para esse encontro. Eu fantasiei esse momento todos os anos da minha vida. Mas
agora que ele vai acontecer, também eu estou com medo. Leve ele embora, me dê esse
tempo, por favor.
Carmen concordou com a
cabeça e revelou:
– Ainda assim eu não ia
falar nada para Gládis, mas esta menina, você sabe Celso, a gente não pode
esconder nada dela. Nada que esteja muito perto dela, principalmente. Então,
antes que eu tivesse levado o choque de me ver frente a frente com Diego, ela
intuiu tudo e ficou mal, péssima. Mas nossa Lissinha cuidou dela como um anjo,
você precisava ver.
– Mas eu vi! Um anjo de
verdade, sem dúvida, Carmen.
Larissa iluminou a sala com seu sorriso mais bonito,
ergueu-se, deu um beijo agradecido em Celso e voltou a sentar entre as amigas.
Celso
saiu. Hora de convencer um argentino emocional a se refugiar no outro amor da vida dele – e da de Celso também – o futebol!
CONTINUA
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