VOCÊ
QUER SER ESCRITOR(A)? Veja como fazê-lo – 1ª. parte
MILTON
MACIEL
Damos início hoje a uma série de artigos
dirigidos àquelas pessoas que adorariam ser capazes de escrever e publicar
livros, artigos, crônicas, poesias, matérias técnicas, etc. Uma coisa muito
mais fácil de fazer do que a maioria das pessoas pensa.
Hoje, como primeira parte, retiramos um
pequeno trecho de um trabalho que já publicamos em diversos locais, inclusive
neste blog, uma série de três artigos denominada “QUEM NOS HÁ DE LER?”
DEMANDA REPRIMIDA POR LIVROS NO BRASIL
Já afirmei anteriormente que essa demanda
existe. Vou me dedicar a mostrá-la agora. Para isso apanhei um gráfico numa
publicação e fiz mais dois. Neles se mostra que o brasileiro médio lê MUITO
menos que seus equivalentes argentinos, chilenos e uruguaios. Quais as razões?
Em primeiro lugar as culturais é óbvio, pois basta ler ali que temos 15% de
analfabetismo ainda, contra 3 ou 2% de nuestros vecinos.
Mas isso é
só um número e diz muito pouco, pois nós temos que considerar que podemos
facilmente chegar ao dobro disso, se considerarmos o analfabetismo FUNCIONAL –
aqueles que mal e mal sabem ler e assinar o nome, mas que são incapazes
totalmente de leitura MAIS
interpretação – ou seja, em termos técnicos, têm alfabetização mas
não têm LETRAMENTO.
Isso se comprova por pesquisas como as da
FIPE e do Instituto Pró-Livro, que delimitam o potencial do mercado brasileiro
de leitores em 80 milhões de pessoas. Isso quer dizer uns míseros 40 POR CENTO
da população. E diz também que, à medida que a governança brasileira se torne
capaz de acreditar que o investimento mais importante de todos é em Educação e em
EDUCADORES, o mercado de leitores
potencias tem tudo para explodir.
Mas, enquanto isso não acontece, enquanto
um sacrificado professor acaba tendo que sobreviver com um salário de fome que
é cerca de apenas um centésimo do que custa ao país um reles deputado federal
(e existem 513 dessas ‘coisas’ neste país caolho, consumindo mais de 800
milhões por ano, um descalabro absoluto!!!), então essa multiplicação será
apenas vegetativa e não explodirá jamais.
Por outro lado, dentro do universo
potencial de 80 milhões de leitores (duas Argentinas, cinco Chiles, 23
Uruguais) a grande maioria NÃO PODE COMPRAR LIVROS regularmente. Não tem poder
aquisitivo para isso! O livro brasileiro, limitado a tiragens pequenas pela
exigüidade do mercado que pode pagar por ele, tem preço alto demais. E, como se
não bastasse, em cima disso ainda temos a lamentável cabeça-de-porco do
salafrário “custo Brasil”. Um círculo vicioso viciado!
Contudo, para esses leitores ávidos de ler
e impedidos de fazê-lo pelo alto custo do livro físico, há uma luz no fim do
túnel: o e-book! Mas só depois que o espírito-de-porco de muitos empresários,
que são agora donos da produção e distribuição de e-books, deixe de ser aliado
da cabeça-de-porco do incompetente “custo Brasil”. O que é só uma questão de
tempo e acontecerá. Irrecorrivelmente!
Na próxima parte desta série vamos
relacionar a dificuldade de escrever que as pessoas sentem exatamente com o
assunto que foi tema desta primeira parte. (M. MACIEL)
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