sábado, 29 de junho de 2013

VOCÊ QUER SER ESCRITOR(A)? Veja como fazê-lo – 1ª. parte
MILTON  MACIEL

Damos início hoje a uma série de artigos dirigidos àquelas pessoas que adorariam ser capazes de escrever e publicar livros, artigos, crônicas, poesias, matérias técnicas, etc. Uma coisa muito mais fácil de fazer do que a maioria das pessoas pensa.

Hoje, como primeira parte, retiramos um pequeno trecho de um trabalho que já publicamos em diversos locais, inclusive neste blog, uma série de três artigos denominada “QUEM NOS HÁ DE LER?”

DEMANDA REPRIMIDA POR LIVROS NO BRASIL

Já afirmei anteriormente que essa demanda existe. Vou me dedicar a mostrá-la agora. Para isso apanhei um gráfico numa publicação e fiz mais dois. Neles se mostra que o brasileiro médio lê MUITO menos que seus equivalentes argentinos, chilenos e uruguaios. Quais as razões? Em primeiro lugar as culturais é óbvio, pois basta ler ali que temos 15% de analfabetismo ainda, contra 3 ou 2% de nuestros vecinos

Mas isso é só um número e diz muito pouco, pois nós temos que considerar que podemos facilmente chegar ao dobro disso, se considerarmos o analfabetismo FUNCIONAL – aqueles que mal e mal sabem ler e assinar o nome, mas que são incapazes totalmente de leitura MAIS interpretação – ou seja, em termos técnicos, têm alfabetização mas não têm LETRAMENTO.

Isso se comprova por pesquisas como as da FIPE e do Instituto Pró-Livro, que delimitam o potencial do mercado brasileiro de leitores em 80 milhões de pessoas. Isso quer dizer uns míseros 40 POR CENTO da população. E diz também que, à medida que a governança brasileira se torne capaz de acreditar que o investimento mais importante de todos é em Educação e em EDUCADORES, o mercado de leitores potencias tem tudo para explodir.

Mas, enquanto isso não acontece, enquanto um sacrificado professor acaba tendo que sobreviver com um salário de fome que é cerca de apenas um centésimo do que custa ao país um reles deputado federal (e existem 513 dessas ‘coisas’ neste país caolho, consumindo mais de 800 milhões por ano, um descalabro absoluto!!!), então essa multiplicação será apenas vegetativa e não explodirá jamais.

Por outro lado, dentro do universo potencial de 80 milhões de leitores (duas Argentinas, cinco Chiles, 23 Uruguais) a grande maioria NÃO PODE COMPRAR LIVROS regularmente. Não tem poder aquisitivo para isso! O livro brasileiro, limitado a tiragens pequenas pela exigüidade do mercado que pode pagar por ele, tem preço alto demais. E, como se não bastasse, em cima disso ainda temos a lamentável cabeça-de-porco do salafrário “custo Brasil”. Um círculo vicioso viciado!

Contudo, para esses leitores ávidos de ler e impedidos de fazê-lo pelo alto custo do livro físico, há uma luz no fim do túnel: o e-book! Mas só depois que o espírito-de-porco de muitos empresários, que são agora donos da produção e distribuição de e-books, deixe de ser aliado da cabeça-de-porco do incompetente “custo Brasil”. O que é só uma questão de tempo e acontecerá. Irrecorrivelmente!

Na próxima parte desta série vamos relacionar a dificuldade de escrever que as pessoas sentem exatamente com o assunto que foi tema desta primeira parte. (M. MACIEL)


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