MILTON MACIEL
Falaz sentir,
fantasmagórica romança,
Em que me
encontro, aqui às faldas da falésia.
Contemplo o mar,
que se revolve em feroz dança,
Enquanto eu,
tonto, vivo a dor desta amnésia.
Quem serei eu, que
só escuto este tumulto,
A matraquear pelo
meu cérebro, incessante?
Um tolo amante,
obcecado, o amor oculto
A encandear-me,
em lava, o peito delirante!
E o que sou? Nada
mais do que um fantasma
Esfrangalhado,
mais revolto que este mar.
Por isso espero a
tempestade me engolfar:
O corpo morre e a
alma parte, vil miasma.
E, ao quebrar-me a
onda, meu espanto
Será meu último
sentir: só desencanto.
Um poema forte como a força do mar revolto. Admiro essa força que vem dos seus pensamentos, enquanto desbravador de sonhos.
ResponderExcluirParabéns, meu prezado amigo!
Muito gentil, Prof. Berto
ExcluirEsta poesia "doeu" em mim...
ResponderExcluirObrigado, amiga.
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