segunda-feira, 5 de novembro de 2012


NO FIM DO ARCO-ÍRIS   
MILTON MACIEL    
(“No fim do arco-íris tem um tesouro.
Quem ficar com ele, carrega o ouro.”)

Andei por campos infinitos, caminhei por chuvas sem fim;
Segui incontáveis arcos. Mas eles... eles fugiram de mim.

Um dia já cansado desses sonhos erráticos, estranhos,
Dei enfim com meu tesouro: um par de olhos castanhos!

Eles me olharam tementes. E eu?... Eu os fitei encantado,
Porque, atônito, pressenti que o que havia encontrado
Era o ouro alquímico que viria dar luz à minha vida.

Ali estava ele, em dois fanais de ternura desmedida:
Um par de olhos castanhos, de um cintilar que ofusca.
Não era o fim do arco-íris. Era o fim da minha busca!


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