MILTON
MACIEL
(“No fim do arco-íris tem um tesouro.
Quem ficar com ele, carrega o ouro.”)
Andei por campos
infinitos, caminhei por chuvas sem fim;
Segui incontáveis
arcos. Mas eles... eles fugiram de mim.
Um dia já cansado
desses sonhos erráticos, estranhos,
Dei enfim com meu
tesouro: um par de olhos castanhos!
Eles me olharam
tementes. E eu?... Eu os fitei encantado,
Porque, atônito,
pressenti que o que havia encontrado
Era o ouro alquímico
que viria dar luz à minha vida.
Ali estava ele,
em dois fanais de ternura desmedida:
Um par de olhos
castanhos, de um cintilar que ofusca.
Não era o fim do
arco-íris. Era o fim da minha busca!
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