FHC e LULA
FORAM OS MELHORES
MILTON MACIEL
Lula recebe prêmio Indira Gandhi do presidente indiano
MANTENHO FIRME MINHA TEORIA: Passadas as paixões emocionais extremas, do
tipo “Eu odeio o Lula com toda a força dos meus intestinos soltos” ou “Morte a FHC e a Privataria Tucana”, a perspectiva histórica certamente vai demonstrar
que Lula e FHC foram nossos melhores presidentes dos últimos tempos.
Só o passar
dos anos permitirá que isso aconteça, quando a história for escrita pelos
historiadores e pesquisadores acadêmicos, não por pessoas simples apaixonadas e por políticos
oportunistas. Isso só costuma acontecer depois que as pessoas de visão míope e
distorcida por ódios pessoais irracionais morrem, ou seja, cerca de duas
gerações depois. Foi assim com Getúlio Vargas e com Juscelino Kubitschek, não
será diferente com Fernando Henrique e com Lula da Silva.
Atos como o noticiado aqui demonstram, no
entanto, que instituições privadas e governamentais de outros países, não
envolvidas emocionalmente como os brasileiros, têm demonstrado enorme apreciação
por esses dois líderes nossos, plasmando-a nas inúmeras premiações e
reconhecimentos que ambos receberam no exterior, tanto durante como depois de
encerrados seus mandatos.
Há que compreender que nossos presidentes
tinham nomes como Vargas do Rio Grande,, Kubitschek de Minas, Cardoso do Rio,
Silva de Pernambuco – e, não, Francisco de Assis ou Tereza de Calcutá. Ou seja,
não fomos presididos por santos e santas, mas por homens que, ao acertarem e
errarem NA ESCOLHA E CONTROLE DE SUAS EQUIPES (ou há algum ingênuo que acha que
eles governaram sozinhos, como déspotas esclarecidos, se nem Vargas, o único
ditador dentre os quatro, foi capaz de fazê-lo?) tiveram um SALDO positivo muito
importante a favor do país.
Independente de privatarias, de mensalões
do PSDB e do PT, tenho por Fernando Henrique Cardoso e por Luiz Inácio Lula da
Silva o mais profundo respeito, face ao que eles representaram do ponto de
vista COLETIVO, não do ponto de vista individual. o Ser Coletivo quem julga é o tribunal da história; já o Ser Individual, esse julga-o Deus.
Não sou político, não sou filiado a
partidos, mas fico atônito ao ver como a imensa maioria dos críticos gratuitos
dos dois presidentes, pelo geral uma massa de marias-vai-com-as-outras, despreparada e desinformada tanto política quanto
macroeconomicamente, não percebe que o grande CANCRO brasileiro está em outro
poder – o LEGISLATIVO.
Esse é caríssimo – o mais caro do mundo! –
incompetente, ineficiente, eivado de corruptos,
na sua venalidade e oportunismo obrigou Kubitschek, FHC, Lula e até mesmo o
Vargas de seu último mandato, a se comporem com Deus e Diabo – este muitíssimo
mais representado nos Legislativos, inclusive em meio às bancadas evangélicas –
para poderem governar. No Congresso Nacional, por exemplo, retirados os bons
deputados e senadores, com os quais vamos lotar um Karman Ghia e um Uno Mille
até a boca, permanecendo lá os restantes, mistér se faz uma dedetização semanal
e uma desratização mensal. Mas não há Bom Ar capaz de dar um jeito naquele
cheiro...
Mensalões, Emendas do Orçamento, Anões do
Orçamento, apertar a mão do Maluf, (haja Pinho Sol e álcool gel depois!), bem
como a farta distribuição costumeira de cargos em todos os níveis do Executivo
a apaniguados dos caciques políticos dos Legislativos, são apenas uma constatação
desse tipo de negociação forçada em busca da tal “governabilidade”. No Brasil,
governabilidade custa caro demais! Mas antes isso do que a ditadura.
"... Na cerimônia também discursou o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, que ressaltou "a preocupação de Lula pelos setores menos favorecidos", e lembrou "a notável transformação econômica e social do Brasil durante seu mandato". Além disso tomou a palavra a nora de Indira Gandhi, viúva de seu filho Rajiv Gandhi - ambos assassinados - e atual presidente do governante Partido do Congresso, Sonia Gandhi, que descreveu Lula como "um dos mais carismáticos líderes de nossa geração". O prêmio Indira Gandhi já foi entregue a personalidades como o ex-presidente soviético Mikhail Gorbachev, o ex-presidente americano Jimmy Carter e o antigo secretário-geral da ONU, Kofi Annan".
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