É VERDADE QUE JOAQUIM
BARBOSA BATIA NA MULHER?
E QUE EXISTE UM B.O. REGISTRADO
POR ELA?
E QUE ELE TENTOU
AGREDIR UM COLEGA NO SUPREMO?
MILTON MACIEL
Gostaria de ver confirmados ou não apenas os DOIS PRIMEIROS
FATOS. Os textos e links abaixo referem-se ao quase desforço físico ocorrido em
2008, quando Eros Grau (foto ao lado) ainda era ministro do STF. Foi quando a mídia teve
acesso a afirmativa de Grau de que havia um boletim de ocorrência, registrado
contra Joaquim Barbosa, por sua mulher, por agressão física.
Não quero me posicionar contra um homem que tem feito
regularmente o seu trabalho, sem ver comprovações concretas: Onde está o tal
boletim? Quem era a mulher de Joaquim Barbosa então? Por onde anda ela? Pode
confirmar a agressão e a existência do BO? Está na hora de os interessados irem
à caça dessas informações.
Para mim, PESSOALMENTE, tudo tem a ver com o RESPEITO que o
novo presidente do STF merecerá de mim. E isso nada tem a ver com sua
participação como relator do Mensalão do PT. Ele não julgou e condenou SOZINHO
os envolvidos, TODO o STF o fez. E eu não sou viúva espiritual de nenhum dos acusados.
Eu poderia, no máximo, ficar decepcionado com o
deslumbramento midiático dele e com sua ingenuidade quase estulta, ao não
perceber como é manipulado pela mídia e pelos políticos que o usam. Mas só o faria
se não tivesse absorvido um bom e sólido núcleo de estudos em Psicologia
Analítica Junguiana. Qualquer um que o tenha feito também, compreende como foi
e ainda é dura, para JB, a luta para superação de todos os preconceitos e
rejeições de que foi vítima, como negro e negro pobre, ao ousar invadir, por
méritos próprios, redutos antes reservados aos grãs-senhores; e que a fascinação da fama evidentemente
exerce um poder proporcionalmente muito maior sobre sua psique, alimentando circuitos
de Projeção e Compensação, propelidos
desde o inconsciente por sua Sombra .
Só que esse pormenor não invalida nada do ponto de vista
TÉCNICO, como magistrado, que é o que interessa apreciar. Além do que, TODAS as
pessoas têm uma Sombra. E os outros ministros, os “branquelinhos”, também ficam
pra lá de excitados quando se acendem os holofotes, havendo alguns que começam
nitidamente a abanar os rabinhos também.
Para mim o que importa é saber se é verdade que ele batia
em sua mulher (em nenhum lugar encontrei menção às palavras ‘esposa’ ou
‘companheira’, somente a ‘mulher’). Se isso for verdade (e há ainda que apurar o tempo certo do verbo, porque há uma diferença: batia ou bateu?), em qualquer dos dois casos, PARA MIM,
repito, ele cai verticalmente no meu conceito. Sou conhecido como ativista
defensor dos direitos da mulher, especialmente no que tange à luta contra a
violência que ela recebe por parte do homem. Tenho uma infinidade de artigos e
um livro publicado sobre o assunto (A BELA MORDE A FERA, com Ellen Snortland,
da Universidade de Los Angeles - IDEL,
2009).
Não aceito
homem que bate em mulher. É definitivo. Violência contra a mulher é um ato
SELVAGEM de COVARDIA. Como eu já escrevi: “Bater em mulher é crime,/É coisa de
homem covarde/ Se impõe, com enorme alarde,/Mas só tem valor no músculo/Um ser
assim é minúsculo,/Selvagem, não se reprime.”
Então, se o BO existe, se Joaquim Barbosa de fato “BATIA EM
SUA MULHER”, foi-se EM MIM, o respeito por ele. Pelo HOMEM!
Não pelo PROFISSIONAL, não me julgo em condições de
avaliá-lo sob tal ótica, É por demais óbvia minha ignorância técnica, forçoso é
reconhecê-lo. Nesse sentido, só posso lhe desejar que tenha uma boa e profícua
gestão à frente de STF e que consiga controlar melhor seu temperamento belicoso
e sua necessidade excessiva de evidência, que não se coadunam com a dignidade
do cargo.
Também não posso esconder minha enorme satisfação por ver
um homem negro subir à posição máxima do Judiciário brasileiro, através de seus
próprios esforços e méritos, que o levaram a ser indicado para o STF pelo presidente Lula (em quem JB afirmou ter votado em três eleições sucessivas) e a ter sua indicação aprovada pelo Senado Federal.
E também, de coração, desejo que não se confirme caber a
ele aquele “Covarde, não se reprime”. Eu destestaria descobrir que o novo São Joaquim tem pés de barro.
Pena que seja pouco provável que meus olhos ainda possam
ver uma pessoa de raça negra, de preferência uma MULHER, chegar à Presidência
da República deste nosso Brasil mulato, nosso mulato inzoneiro. Mas aí a culpa é só minha: quem me mandou
nascer no século passado? (MM)
VAMOS AOS TEXTOS E LINKS, ENTÃO:
“... JOAQUIM BARBOSA CONCEDEU HABEAS CORPUS A DANIEL DANTAS,
assegurando ao meliante a possibilidade de permanecer calado em depoimento à
Comissão Parlamentar de Inquérito das escutas telefônicas na Câmara dos
Deputados. Em tom de gozação, Eros Grau (hoje aposentado do STF) comentou que
essa decisão de Joaquim Barbosa repercutiria mais que a dele.
Barbosa SE
DESTEMPEROU e TEVE QUE SER CONTIDO (!) para não AGREDIR o colega, além de chamá-lo
de “velho caquético” e dizer que o mesmo escreve mal “e tem a cara-de-pau de
querer entrar na Academia Brasileira de Letras”, referindo-se a romances
escritos pelo “colega”.
Eros Grau rebateu,
lembrando decisões dele (Barbosa) que a Corte teve de CORRIGIR e UM BOLETIM DE
OCORRÊNCIA REGISTRADO TEMPOS ATRÁS PELA ENTÃO MULHER DE JOAQUIM BARBOSA.
“Para quem batia na mulher, não seria nada estranho que batesse em um velho
também”, afirmou.
Bater em
mulher é covardia: Quando Joaquim Barbosa não era herói da mídia
Briga de ministros do STF
bate recorde de acessos na ConJur
O bate-boca e a troca de ofensas
entre os ministros do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa e Eros Grau,
foi a notícia mais lida da semana na revista Consultor Jurídico. Desde que foi
publicado no dia 15 de agosto, o texto teve 6.288 acessos, aponta mediação do
Google Analytics. Os ministros se estranharam depois de Eros libertar Humberto
Braz, braço direito do banqueiro Daniel Dantas.
Preocupado com a opinião
pública, o ministro Joaquim Barbosa censurou seu colega: “Como é que você solta
um cidadão que apareceu no Jornal Nacional oferecendo suborno?”, perguntou
Joaquim. Eros respondeu que não havia julgado a ação penal, mas se havia
fundamento para manter prisão preventiva. Joaquim retrucou dizendo que “a
decisão foi contra o povo brasileiro”.
Em outro round, depois que
Joaquim Barbosa deu habeas corpus para garantir a Daniel Dantas o direito de
não se auto-incriminar em uma Comissão Parlamentar de Inquérito, Eros, em tom
de gozação, comentou que esse HC repercutira mais que o dele. Joaquim,
enfurecido, quase chegou às vias de fato com o colega.
Joaquim só não agrediu Eros
porque foi contido. Ele chamou o colega de velho caquético, colocou sua
competência em questão, disse que ele escreve mal “e tem a cara-de-pau de
querer entrar na Academia Brasileira de Letras”. Eros retrucou lembrando
decisões constrangedoras de Joaquim Barbosa que a Corte teve de corrigir e que
ele nem encontrava mais clima entre os colegas.
O clima azedou a ponto de se
resgatar o desconfortável boletim de ocorrência feito pela então mulher de
Barbosa, tempos atrás:“Para quem batia na mulher, não seria nada estranho
que batesse em um velho também”, afirmou.
Depois da confusão, Joaquim Barbosa não voltou ao
tribunal e o chá da tarde nunca foi tão caloroso.
http://novobloglimpinhoecheiroso.wordpress.com/2012/10/14/bater-em-mulher-e-covardia-quando-joaquim-barbosa-nao-era-heroi-da-midia/