MILTON MACIEL
No lento obliterar
dos velhos sonhos
Extinto o que de bom
já houve neles,
O vê-los fenecer
não mais assusta,
Mutados que já são em coisa reles.
Eis que é o seu
findar a coisa justa,
A vestir a
alegria em sons tristonhos.
Por que mirar com
olhos de futuro
Se é o próprio
fim que surge do marasmo?
Ausente um só resquício
de entusiasmo,
Oculta-se a
esperança em vil mansarda:
E é o próprio
final que não mais tarda,
Nada além do que
o mesmo o fardo duro.
(E, se a lira do infausto a tanto ousa,
Convem dedicá-lo a Cruz e Souza!)
Nenhum comentário:
Postar um comentário