terça-feira, 17 de junho de 2014

E O PEITO EXPLODE, A COMETER POESIA
MILTON MACIEL

No céu a Lua exsuda calmaria.
A morna brisa, os jasmins perfumam.
Ao longe arpejos de uma guitarra...
Uma alma canta, sofrente cigarra,
Pois as saudades de um amor se exumam
E o peito explode, a cometer poesia.

Gementes versos sobem ao infinito,
Lágrimas mornas o papel inundam.
Trêmulas linhas surgem do passado
Compondo canto dolente derreado.
E com os versos que na dor se fundam
Nasce da dor o poema mais bonito.



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