FOFOCA,
MALEDICÊNCIA (outra versão, completa)
MILTON
MACIEL
Outra fofoca
chegando a seu ouvido curioso?
Não fique mais
nessa roda, caia fora desse papo.
Cale-se, fecha a
matraca, segure a língua de trapo!
Não seja outro a
engrossar esse círculo vicioso.
Quando a boca
venenosa solta a língua viperina,
Olhe a víbora nos
olhos e pergunte calmamente:
Você viu? Estava
lá? E se acaso alguém mente?
Tem certeza?
Testemunhas? Ou só destila toxina?
Tanta gente se
compraz em destilar seu veneno!
Inventa, aumenta,
apoquenta – e se realiza com isso.
É gente que, com
a verdade, não tem qualquer compromisso,
Que chafurda em
falsidades, com conhecimento pleno.
A fofoqueira
envenena como um dragão de Komodo:
Sua baba venenosa
destrói bem devagarinho.
Sua boca, praguejada,
é de serpentes um ninho,
E o seu hálito
rescende ao mais mefítico lodo.
Fique longe, não
transija, com gente desse jaez.
Cuidado que esse
pessoal é infecto-contagioso.
O envolver-se com
eles é por demais perigoso,
Pois você pode
virar a fofoqueira da vez.
E de sua parte
interrompa essa corrente infernal.
No seu ouvido ela
morre, por sua boca ela não sai.
Pois, se sair,
ela volta e sobre quem que recai?
Sobre você,
certamente: de VOCÊ vão falar mal.
Não aceite ser um
elo a mais nessa vil corrente.
Em você ela
termina, a fofoca não vai em frente!
Pois Alguém já
ensinou que, mesmo onde o erro medra,
“Só quem está sem pecado que atire a primeira pedra.”
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