DA INCONSÚTIL TRAMA, ADREDEMENTE URDIDA
MILTON MACIEL
Da inconsútil
trama, adredemente urdida,
Por uma mente má,
ferina e manipuladora,
Fui eu a vítima
descuidosa, atônita e perdida,
Aferrado para
sempre à sua imagem sedutora.
Como um beócio, eu
rastejei por seu caminho,
Sempre a entregar
meu tolo amor adventício.
E, desde então,
não sou mais ninguém sozinho:
Pois fez-se ela,
para mim, mais do que um vício.
Minha dependência
é tão cruel, devastadora,
Que me aniquila a
vontade desde o início.
(Ela, consciente,
me tortura, é meu cilício).
Sua frieza me estraçalha
– lategada dolorida.
E eu, ad aeternum, nesta ânsia desmedida,
Sigo um fantoche,
em mãos de tal destruidora.
NOSSO BLOG COMEMORA HOJE SEU QUARTO MÊS DE EXISTÊNCIA, COM 4401 ACESSOS. MUITO OBRIGADO, LEITORAS E LEITORES.
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