quinta-feira, 31 de janeiro de 2019


O FECHAMENTO DE LIVRARIAS – 9ª Parte
O DECLÍNIO DA LEITURA. E um pouco de história.
MILTON MACIEL

As pessoas leem cada vez menos. Nos Estados Unidos, o número de pessoas que leem por prazer declinou 32% entre 2004 e 2018. No Brasil, onde sofremos sofríveis estatísticas, não temos uma estimativa confiável. Mas, certamente o número não é menor que o norteamericano.

Aqui a leitura de livros é apenas a 10ª opção de lazer dos brasileiros, atrás de TV, celular, redes sociais, esportes, viagens, passeios, compras, etc. 44% da população não lê livros de tipo algum, 30% jamais compraram um livro na vida, nem para presentear ou por ordem da escola.

Contudo, tanto aqui como lá, a tragédia só não é maior porque acontece o crescimento orgânico das populações; em 2004 os EUA tinham 293 milhões de habitantes. Em 2018, chegaram a 328 milhões. Cresceram exatamente um Peru inteiro, 35 milhões a mais. Já o Brasil tinha 184 milhões em 2004 e chegou a 212 milhões em 2018. Crescemos um Chile e meio, 28 milhões a mais. E nosso PIB per capita cresceu nesse período de 3 623 para 10.800 dólares, 3 vezes mais! Menos, na verdade, se aplicarmos a correção inflacionária para o dólar de 2004. Mas, ainda assim algo mais que 2, 6 vezes.

Daí surgem as compensações: perdemos leitores para outros meios de entretenimento, mas ganhamos leitores pelo aumento orgânico da população e pelo aumento do PIB per capita do país, de forma que, no fim, entre mortos e feridos, salvam-se todos – exceto algumas redes de livrarias, algumas editoras, algumas livrarias independentes.

No Brasil tivemos, de 2004 a 2018, uma quase triplicação do PIB per capita, algo realmente extraordinário, mas que não mantem a mesma tendência de crescimento agora. Após uma queda durante os anos de recessão, o aumento tende a ficar, durante os anos de 2019, 2020 e 2021 muito discreto, mantendo-se na faixa entre os 11 e os 12 mil dólares, qualquer modesto aumento de PIB pulverizado pelo aumento proporcional da população.

Esse crescimento orgânico da população deve sofrer uma frenagem gradual. Durante os próximos 14 anos, devemos passar de 212 para 233 milhões de habitantes. E, em 2050, deveremos atingir nosso pico total de população, com 238 milhões. A partir daí, o número deve decrescer continuamente, atingindo 2100 com uma população igual ou menor que a de 2010, menos de 200 mil habitantes.

Olhando no curto prazo – estamos focando só em 2019 – tanto crescimento de PIB como de população serão modestos. Mas o encolhimento da leitura, não! Ele continuará. (Mas não fique assustado demais, no final da série, mostro que nossa solução existe e é única: chama-se LETRAMENTO, para um mercado que representa uma demanda reprimida gigantesca).

Continuará o encolhimento? Por quê? Porque vamos continuar enfrentando a concorrência de todos os outros meios de entretenimento e mesmo os de ensino. As telas, cada vez mais se prenunciam e confirmam como as grandes concorrentes da leitura em papel.

UM IMPRESCINDÍVEL MERGULHO NA HISTÓRIA, PARA GANHAR PERSPECTIVA:

No século 19, a maior parte do fluxo de informação e entretenimento vinha basicamente dos jornais. Este tipo de imprensa escrita reinava soberana. Grande parte dos romances era publicada como longas séries de capítulos em jornais, algumas chegando a durar mais de um ano. Com o tempo, os folhetins nos jornais evoluíram para o formato de revistas. As ilustrações ganharam vida e roteiros próprios e surgiram as importantíssimas histórias em quadrinhos e suas irmãs, as fotonovelas. Os livros continuavam sendo compostos em tipos móveis ou em linotipos, impressos em tipografias.

Ademais da poderosa e acessível mídia escrita, tínhamos a mais esparsa presença da nobre arte do circo e do teatro. Para a música, os trovadores, os seresteiros e os concertos.

Mais um pouco de século XX e chegou a ampla difusão da voz e da música gravadas: o disco de baquelite e os gramofones começaram a tornar a música eternizável. Já era possível levar-se o concerto para casa.

Em seguida, ganhamos o milagre do Rádio.

Pela primeira vez a imprensa escrita tinha um concorrente de peso. O rádiojornal, as entrevistas, as coberturas ao vivo, o radioteatro e as radionovelas. Agora você não precisava ler para informar-se aprender ou divertir-se. Bastava escutar. O ouvido entrou a concorrer com a visão. Pessoas liam textos roteirizados, dramatizavam alguns com músicas e sonoplastia e os livros passaram a entrar pelos ouvidos.

Peguei uma fase adiantada dessa revolução: na fazenda em Dom Pedrito ou no sítio em Santana do Livramento, no Rio Grande do Sul, reinava, soberano, um rádio enorme, alimentado pelas baterias energizadas pelo “aéreo”, como era então chamado um catavento de modestas proporções.

Pelas ondas curtas cheias de estática e dos ruídos abusados das tempestades elétricas ou magnéticas, os adultos ouviam avidamente as notícias do Repórter Esso, a Voz do Brasil, as pregações e catilinárias dos seus políticos e os programas de humor, como o PRK30. Já as damas e meninas debulhavam-se em lágrimas com as radionovelas, como o ícone mexicano encenado aos microfones brasileiros em bom português: ”O direito de nascer”. E discutiam asperamente suas preferências por seus cantores e cantoras do rádio, nos antológicos programas de auditório e programas de calouros.

Houve afoitos que apregoaram que era o fim dos jornais e das revistas. Para que perder tempo lendo, se o rádio informava e divertia? Para que imaginar lendo, se você podia imaginar ouvindo, com múltiplas vozes, sons e melodias? Livro então, para quê? Ora bolas, havia o rádio agora.

Até que, em certo momento, começou o reinado das telas: inventaram a Televisão! Um Milagre maior do que o Rádio.

Ainda no seu começo, quando as transmissões só permitiam a reprodução em preto e branco, surgiram os novos afoitos apregoando o fim agora do rádio! A televisão, na verdade, era apenas o rádio com geração de imagens. A fotonovela virara radionovela; agora virava telenovela e teleteatro. Pronto: matava-se o teatro também. Nada sobreviveria ao novo império das telas. Ainda mais quando estas começaram a reproduzir, em seus grandes cinescópios e receptores valvulados, toda a gama de cores captadas pelas fantásticas câmaras dos estúdios e das reportagens externas.

Estão veio a segunda metade do século XX e acelerou tudo a uma velocidade inimaginável.

Os discos de áudio agora eram de plástico quase inquebrável, viraram os bolachões LP, com até 16 músicas num único disco. Capas artísticas, caitituagem, promoções, marketing pesado das gravadoras, um verdadeiro império. Pela outra ponta corria outra competidora, a gravação em fita. Em rolos enormes, depois os populares Gelloso italianos, enfim as fitas cassete. Mas, na ponta de lá, o bolachão começava a ser engolido pela gravação luminosa: surgiu o CD.

Mas o rádio não morreu. Reagiu graças a um invento maravilhoso, o transístor. O radião à válvula virou portátil, o revolucionário rádio-transístor. Miniaturizou-se cada vez mais, todo mundo podia andar com o seu na mão ou no bolso. Democratizou-se ao máximo, seu preço ficou irrisório, com isso a televisão não podia competir. E a televisão não matou o rádio!...

A gravação em fita entrou na mesma onda: miniaturizaram-se os aparelhinhos “cassete” e todo mundo passou a andar com um reprodutor de fitas K7 no bolso ou no cinto. Muitos desses aparelhos reuniram logo os dois meios prodigiosos: eram reprodutores de fita e eram rádios também.

Rádio, televisão, cassete, videocassete, DVD... e o pessoal lendo proporcionalmente menos (ainda volto, bem mais adiante, para explicar esse ‘proporcionalmente’).

Mas o transistor resolveu que não ia mais morar isolado, que ia viver em enormes condomínios eletrônicos chamados ‘circuitos integrados’. E a eletrônica deu o grande salto que faltava: chegou enfim a era do computador! Nada mais seria como antes.

A evolução foi rapidíssima e ainda antes do final do século surgiu a maravilha do computador pessoal, o PC, a preço finalmente acesssível.

E o reino mágico das telas? Ah, deu também seu grande salto quântico: saem de cena os mastodônticos cinescópios e entram em seu lugar as telas planas de cristal líquido. De todos os tamanhos possíveis: desde as minúsculas, que diziam as horas e as datas no topo dos relógios digitais de pulso, até as enormes telas dos televisores de mais de 60 polegadas diagonais, não esquecendo de mencionar que elas permitiram um outro milagre: o notebook. E o tablet. E, em 2007, o Kindle!

Nesse ínterim explodiu o outro grande milagre ciclópico: a Internet! Inventada antes, mas tornada realmente viável só no alvorecer do século 21, permitiu que chegássemos à revolução atual: o telefone celular inteligente, nosso computador de bolso de todos os dias e todas as horas, que atende pelo vaidoso nome de smartphone, nosso espertalhão.

O mundo das telas chega ao seu auge então. Bilhões de pessoas passam grande parte do seu dia em frente a elas. As telas, tornadas sensíveis ao toque, são o grande destino dos nosso olhos, das nossas atenções e das nossas emoções. Elas são jornal e revista, são rádio e televisão, são You Tube e Google, são Wikipédia e mídias sócias, são WhatsApp e Facebook. E são até... LIVROS!

Ah, sim elas agora permitem o maravilhoso fenômeno do livro eletrônico, o Ebook. E sua expressão máxima no momento: O KDP – Kindle Direct Publishing e o AMS – Amazon Marketing Services.

E eu que, piazito da campanha gaúcha, comecei ouvindo rádio com estática enquanto estudava meus livros de leitura da escola, tive o privilégio de acompanhar todos e cada um dos passos dessa epopeia, dessa extraordinária evolução.

Do rádio de meio metro de altura ao smartphone onde leio os jornais, as revistas, as pesquisas e os livros – centenas de livros no meu app da Kindle, onde as pessoas também podem ler hoje a primeira dezena dos meus próprios livros publicados como Ebooks pela Amazon em todo o mundo; e também nos apps da Kobo e da Google.

Eu acompanhei tudo isso. Eu!... Acho isso fenomenal. E me considero um tremendo de um privilegiado.

Molecão, tomei gosto pela química, que haveria de ser minha profissão depois, mas apaixonei-me também pela eletrônica. Tinha 16 anos quando montei meu primeiro amplificador e meu primeiro rádio. Eram a válvula ainda, saída em push-pull, válvulas EL 84.

(Caramba, não sinto saudade, mas sim uma lembrança agradável, enternecedora: foi uma emoção quase indescritível quando liguei aquele toca-discos ao meu primeiro amplificador e o estreei. Ele funcionou de primeira! Com a sexta sinfonia de Beethoven, a Pastoral,.

Quando adulto, ainda na faculdade, aliei minhas duas paixões: a química analítica e a eletrônica. E me tornei pesquisador, desenvolvedor e por fim fabricante de aparelhos eletrônicos para análise química. Por isso pude ter o privilégio de acompanhar a evolução dos circuitos integrados, dos computadores e do mundo das telas como um insider, desenvolvendo, montando e testando circuitos.

Em outra palavras, apesar de ser um baby boomer, não me fossilizei.

Meu caso de amor com o livro de papel. E o Ebook?

Tornado escritor no final do século passado, virei também editor e publicador (produção gráfica própria) de livros de papel. Fui fundo. Aprendi a produzir todas as etapas: da diagramação do texto à produção da arte da capa, da impressão à costura de cadernos, da colagem à refila e à colocação da capa. Fui adiante e aprendi a fazer pessoalmente capas duras e sobrecapas, colocação de cabeços e douração. Ou seja, a doce arte da encadernação.

Sou capaz de fazer, com minhas próprias mãos, um livro em brochura ou encadernado do princípio ao fim, começando ao criá-lo e simultaneamente escrevê-lo já pré-formatado para impressão em cadernos e terminando no momento glorioso de dobrar a sobrecapa sobre a capa dura da edição encadernada. Com aparência e acabamento rigorosamente profissionais.

Mais que um escritor e editor, vejo-me como um gráfico. Aliás, esse foi o meu terceiro negócio na vida. O primeiro tenho-o até hoje, é permanente: sou professor. Comecei aos 14 como professor particular de matemática e nunca mais parei. Aos 17 comecei a montar intercomunicadores para vender. Ganhei um dinheirinho e convenci minha mãe viúva e colocar o que tinha disponível para comprarmos metade de uma gráfica. Acabei casando com a filha do meu sócio.

Era uma tipografia. Uma delícia compor usando caixas de tipos, componedor, espaçadores, barras, clichês e chapas. Outra delícia colocar e retirar manualmente papel na máquina impressora simples, ou ajustar a impressora automática Grafopress tcheca – a Heidelberg alemã era cara demais para nós.

Depois, na faculdade, veio a fase do negócio de aparelhos científicos. Mas a gráfica nunca mais saiu de dentro da minha pele. Quando, em 1992, publiquei meu primeiro livro, adivinhe quem o imprimiu? Pois é, eu mesmo. Mas a tecnologia agora era outra, a máquina era offset. Uma pequena Ricoh japonesa de mesa, que comprei muito usada. Com direito a ter um impressor da firma vendedora a meu dispor todas as noites, me ensinando.

Eu escrevia as páginas no andar de cima da minha casa, ele chegava, ia para minha minigráfica do andar térreo, pegava as páginas impressas em papel vegetal e as usava para gravar as chapas offset numa mesa gravadora que eu mesmo fiz, com lâmpadas ultravioleta. Então era o que eu apelidei, jocosamente, de ‘a corrida do ouro’: enquanto ele gravava as chapas, colocava em máquina, tirava provas e imprimia 1000 folhas frente e verso, eu tinha que conceber, escrever e imprimir na laser mais duas folhas em papel vegetal, para dar continuidade ao livro. No mais das vezes ele me ganhava, às vezes por humilhante meia hora.

O nome do meu primeiro livro? “A Rentabilidade da propriedade rural”. Ah, meu amigo, por essa época eu já morava há 20 anos em São Paulo, já havia passado de fabricante de aparelhos eletrônicos para agricultor orgânico.

Estranho? Não, apenas uma volta às origens. Nasci no meio rural, sou um guasca da campanha, criado no meio de bois e vacas, ovelhas e porcos, galinhas e gansos, pomares comerciais e fabricação de doces de frutas, que vendíamos para Livramento e para nossos hermanos de Rivera e Montevideo. Então um dia comprei um sítio em São Paulo e voltei para a agricultura. Apenas uma volta às origens.

Mas o professor, o escritor e o gráfico estavam ali também. Logo me tornei produtor orgânico, membro da Associação de Agricultura Orgânica de São Paulo. Pouco depois já tinha know how (e laboratório de análises agrícolas) para compartilhar. Tornei-me consultor. Hortaliças, café orgânico e cana orgânica minhas especialidades. Isso acabou, com o tempo, me levando para fora de São Paulo, primeiro para Alagoas, onde cheguei a ser secretário de agricultura. Depois para São Francisco do Sul, SC; e Vitória, ES, instalando projetos agrícolas também em Minas gerais e na Bahia. Daí voltei para o Sul, desta vez Joinville, SC. E finalmente, para os EUA, via Universidade de Boston, já como especialista em biocombustíveis orgânicos. Escrevi e publiquei 14 livros e manuais técnicos de Agricultura Orgânica nessa fase.

Acabei morando de 2007 a 2014 em Miami Dade (Aventura). E foi ali que comecei a ser escritor de ficção. De lá para cá são 40 livros escritos e publicados. Todos em papel e, com exceção de 5 deles, todos por minha próprias mãos de gráfico. 40 livros dos quais 10 estão hoje também publicados pela Amazon como Ebooks, em português e francês. Mais alguns saem agora no primeiro semestre de 2019, em mais dois idiomas.

Encerro esta parte declinado a finalidade de tê-la escrito: foi para contar para todos os meus leitores a minha intensa história de paixão e envolvimento com a gráfica e com a produção, com minhas próprias mãos, de milhares de livros de papel.

Eu amo o livro de papel! Dá até vontade de parafrasear o ‘modestíssimo’ Donald Trump, que sempre diz que ninguém como ele nos EUA (ou no mundo) sabe tanto sobre (coloque aqui o que você quiser, ele sempre vai incluir isso também). Então vou dizer, simbolicamente: “Ninguém tem uma longa história e um conhecimento tão íntimo, tão amoroso, com o livro de papel quanto eu (assinado: Milton Trump). Claro que isso é exagero, é brincadeira, mas tem uma ponta de fundamento.

E uso-a agora para declarar, desassombradamente:

“Sou um dinossauro do livro de papel. Com uma profunda história de ligação profissional e afetiva com ele. Por isso mesmo, eu ADORO o Ebook.”

Horrorizados? Mas não acabo de mostrar que sempre fui um mutante? Não dizem que de poeta e de louco cada um tem um pouco? Bem eu tenho um pouco é de poeta (cometi uns 4 livros de poesia), mas tenho um muito é de louco. Por isso sou um baby boomer pouco à vontade com grande parte das preferências de sua geração. Entre elas o excessivo apego ao livro físico e a resistência ao livro eletrônico.

Tampouco sou um afoito do tipo daqueles que apregoaram o fim do jornal por causa do rádio, do rádio e do teatro por causa da televisão, do desktop por causa do notebook, do notebook por causa do tablet, do livro físico por causa do Ebook.

Mas, é claro, as transições chegam e só sobrevive quem consegue se adaptar às mudanças inexoráveis. O velho Darwin segue tendo razão, em que pesem terraplanistas e sua caterva delirante.

Nem mesmo o velho bolachão de vinil morreu, ele ressurge no sétimo fôlego da undécima hora, ante os CDs que agonizam – mas não morrem – ante a música na Internet. Os protótipos de naves comerciais para voos à Lua e a Marte já estão em fase de licenciamento. Mas quem retorna triunfante, já licenciado, é o... DIRIGÍVEL! Sim o velho dirigível a gás que morreu prematuramente em 1937, com o desastre do Hindemburg em New Jersey. Pois temos agora o Airlander 10, já apelidado pelo povo de “Bundão Voador” (quem olhar uma foto já entende o porquê do apelido) está aí pronto para voar. Um Maracanã voador, um portento.

Pois bem, neste mundo de espaçonaves e dirigíveis, de música digital e bolachão, ainda vamos ter um bom tempo para convívio entre livro de papel e livro eletrônico. Eu mesmo, como editor, ainda vou colocar energia (e dinheiro) no livro de papel. E em certas livrarias. Algumas.

Mas, como AUTOR e editor, vou investir cada vez mais no Ebook. E no e-commerce. Quando o tempo da grande transição chegar, quando a Geração Z se tornar a grande consumidora no mercado, eu estarei pronto. Ou, ao menos, meus negócios estarão, ainda que eu tenha que assistir a apoteose do outro lado da vidraça espiritual. Afinal, o bom e velho bolachão de papel, com certeza, tem mais fôlego para sobreviver do que eu, um antigo baby boomer, dinossauro do papel, rumo à reta de chegada da minha própria transição maior.

No próximo artigo da série, apresento minhas razões para a particular visão de futuro que tenho hoje. E por que vou investir tanto no Ebook, no inglês e no Extremo Oriente.

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