FELIZ
ANIVERSÁRIO, PLUTÃO
MILTON
MACIEL
Foi num 18 de fevereiro, mais
exatamente no ano de 1930, que o jovem Clyde Tombaugh, 24 anos (foto), então
ainda sem nenhum treinamento formal em Astronomia, descobriu o planeta Plutão.
Foi no Observatório Lowell, em Flagstaff, Arizona, usando um modesto telescópio
de 33 cm.
A descoberta de Plutão nasceu de
um erro e de uma obstinação. Obstinado o jovem Clyde, determinado a encontrar
um planeta desconhecido na região do céu que era indicada pelos cálculos do famoso
astrônomo norteamericano Percival Lowell, fundador do Observatório de
Flagstaff, onde falecera 14 anos antes (1916), aos 61 anos.
Nos seus 8 últimos anos de vida,
Lowell, um matemático por formação, obstinou-se em estimular a procura, pelos
astrônomos, de um novo planeta, na região do céu que seus cálculos apontavam.
Isso devido aos efeitos que um outro astro desconhecido, então chamado planeta
X, provocava sobre a órbita de Netuno.
Mas os cálculos de Lowell estavam
errados, constatou-se depois. Contudo, o jovem Clyde acreditava neles,
contratado que fora para esquadrinhar diariamente aquela região do céu, em
Flagstaff, comparando chapas fotográficas. E então aconteceu o impossível: o
Planeta X estava efetivamente na região apontada pelos cálculos equivocados de
Percival Lowell!
“Atualmente, a maioria dos
cientistas concorda que o Planeta X, como Lowell o descreveu, não existe. Em
1915, Lowell fez previsões da posição do Planeta X, que foi próxima da posição
real de Plutão naquela época; no entanto, Ernest W. Brown concluiu que isso foi
apenas uma coincidência.” (The Astronomical Society of the Pacific)
Clyde tornou-se astrônomo
profissional, descobriu diversos asteroides e empenhou-se em pesquisas
científicas sérias sobre OVNIs, sendo o primeiro astrônomo de renome a
confirmar ter feito avistamentos pessoalmente.
Tombaugh faleceu em 1996, aos 90
anos de idade. Nove anos depois, foi lançada de Cabo Canaveral a sonda espacial
New Horizons, construída especificamente para sobrevoar o planeta Plutão. E ela
levou, junto com todo os seus equipamentos, nada menos que as cinzas de
Clyde Tombaugh, que manifestara, pouco antes de morrer, o desejo de ter
suas cinzas levadas ao Espaço. A New Horizons fotografou Plutão no seu sobrevoo
do dia 14 de julho de 2015, a 12 500 Km de distância, após 9 anos e meio de
viagem.
Passando Plutão, a sonda segue
cada vez mais para fora no Cinturão de Kuiper e, após sobrevoar e fotografar o
objeto 486958 Arrokoth, vai sair do sistema solar. Clyde Tombaugh será, assim,
o primeiro ser humano a ter suas cinzas levadas para fora do sistema solar.
Sabe-se hoje que Plutão não tem
apenas Caronte como seu satélite, mas que tem também outras luas menores: Nix,
Hidra, Cérbero e Estige.
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