Pediatras americanos recomendam ler para
bebês DESDE O SEU NASCIMENTO!
MILTON MACIEL (Crônica Jornal do iririu, 26/7/17)
Gal Costa me contou que sua mãe, Mariinha, quando estava grávida desta sua única
criança, parava tudo o que estivesse fazendo à uma da tarde, sentava-se e
colocava o radio sobre a barriga. E durante uma hora, todos os dias, durante
toda a gestação, sintonizava, com som bem suave, um programa que tocava músicas
direto, sem propaganda, PARA QUE SEU BEBÊ PUDESSE OUVIR.
E Gal me falou que tem
certeza que foi isso que influenciou sua única vocação de toda uma vida: “Desde
que me conheço por gente, eu sabia que ia ser cantora, sempre quis ser cantora,
só cantora.”
Ela me disse
que, quando tinha 5 para 6 anos, Sandra e Dedé Gadelha, que já tinham 9 e 8
anos, levavam Gracinha (Gal) e um caixote para uma pracinha pertinho da casa
delas, em Salvador; colocavam Gal sobre o caixote e faziam-na cantar para o
povo. As pessoas adoravam, as meninas maiores pediam moedinhas para o público
e... assim que viam que tinham o suficiente para pagar as entradas da matinê do
cinema, saiam correndo para lá e deixavam Gracinha sozinha na praça, em cima do
caixote, chorando. Gracinha cresceu para se tornar a maior cantora do Brasil.
Sandra cresceu e casou com Gilberto Gil. Dedé cresceu e casou com Caetano
Velloso.
Por que estou
contando isso? Para chamar sua atenção para este outro assunto: A Academia Americana de Pediatria
(AAP) recomendou que os pais leiam
para seus filhos desde o nascimento(!)
até pelo menos os três anos, para estimular a aquisição da linguagem e
outras capacidades comunicativas. Repito: DESDE O NASCIMENTO. Na verdade,
recomendo que o faça desde que sua criança está NO VENTRE. Como Gracinha. Diz a
Academia:
“Ler histórias com
regularidade para crianças pequenas desde o seu nascimento, estimula de forma
ótima seu cérebro e reforça a relação com os pais, em um momento crucial de seu
desenvolvimento. Em contrapartida, as crianças desenvolvem a linguagem, o
aprendizado da leitura e adquirem capacidades sócio-emocionais para o resto de
suas vidas”. PARA O RESTO DE SUAS VIDAS, entendeu?.
Esta recomendação se apóia num fato cada
vez mais reconhecido pelos neurologistas: uma parte crucial do desenvolvimento
do cérebro se dá nos primeiros três anos
de vida. Por isso a APP pede a seus membros que “incentivem todos os pais a ler em voz alta textos para seus filhos
pequenos, o que pode reforçar a relação entre ambos e prepará-los para adquirir
linguagem e as primeiras bases para a leitura”.
Quando eu tinha 4 anos e meio minha tia
Santa me ensinou a ler em um dia. E isso mudou minha vida PARA SEMPRE. Quando
entrei na escola eu já era um emérito leitor. Por isso fui sempre primeiro
lugar da classe. Depois apliquei a mesma coisa a meus filhos. Ensinei-os a ler entre
3 e 4 anos. E eles foram sempre primeiro lugar na escola. Simples assim. Este
ano estou prestes a completar a marca dos meus 40 livros publicados. Para quem
o crédito? Para minha santa tia Santa, que me ensinou a ler e me encheu de
livros a infância inteira.
Leitor(a): LEIA PARA SEU BEBÊ enquanto ainda
é tempo. Toque música suave, sem barulheira, para ele. Tias, ensinem
seus sobrinhos a ler entre os 3 e os 5 anos. Ou mães, pais, avós, etc... Vocês
não imaginam a moleza que vai ser a vida escolar deles para vocês, depois.
Nenhum comentário:
Postar um comentário