FALECEU MARYSE CONDÉ

Milton Maciel

Quero deixar aqui gravada minha admiração e gratidão à grande autora guadalupense Maryse Condé, que faleceu neste dia 2 de abril, na França, aos 90 anos.

Nascida em Guadalupe, no Caribe, ela doutorou-se em Literatura comparada na Sorbonne e foi professora na África (Gana, Senegal e Guiné), na França (Nanterre e Sorbonne) e nos Estados Unidos (Un. de Columbia, Un. da California Berkeley, Un. da California Los Angeles, Un. de Virginia).

Recebeu 16 grandes prêmios literários, entre eles o Grand Prix da Académie Française e o Prix Marguerite Yourcenar; e foi condecorada com a Legião de Honra da França.

Seu livro “EU, TITUBA: Bruxa negra de Salem” foi um dos raros livros que eu li de uma sentada só, não consegui parar de ler até chegar ao fim de suas 256 páginas — tarde, noite e madrugada grudado na tela grande do monitor extra, com o Kindle do notebook.

A leitura de “Eu, Tituba” foi um magnífico subsídio durante a pesquisa que fiz para escrever meu romance ainda inédito NEGRA LEOCÁDIA, uma jovem escrava brasileira que transita pela vida de Tiradentes no Rio de Janeiro, por ocasião de sua prisão e morte e que, depois disso, vai se tornar uma espécie de Anita Garibaldi negra, lutando na revolta que, em 1804, tornou o Haiti a segunda nação independente das Américas.

Je vous salue, Maryse. Je vous suis très, très reconnaissant. À vous toute la lumière. (MM)