MILTON
MACIEL
Considero que SER MULHER é um ato DIÁRIO de HEROÍSMO, num
mundo dominado ainda pelo homem e pelo machismo. Minha obra literária espelha
constantemente esse conceito.
Descobri isto nos anos 80 e desde então tenho agido com
coerência. Comecei promovendo o painel de debates “Uma Nova Mulher para Uma Nova
Era”, em 1984, com as mais importantes líderes feministas de São Paulo, quando
organizei III Congresso do Futuro do Instituto Delphos. Desde então, adotei e
apregoo meu costume de SÓ VOTAR EM MULHERES nas eleições, exceto quando não
existirem candidatas à altura – O QUE É MUITO RARO.
Eu presto não uma homenagem de um dia, mas um reconhecimento
prático contínuo e constante do valor da mulher em todas as fronteiras da
existência, através de minha obra literária. De todos os HERÓIS de minhas obras
de ficção, só dois são homens, o Ataliba, de “Ataliba, Um Paulistano Feliz” e o
português João Ramalho, de “João Ramalho no Paraíso”. TODAS as demais
personagens centrais de minha ficção em romances e novelas, são MULHERES. Através
delas, que são lidas diariamente em todos os cantos do país (e, muito em breve,
no exterior), plasma-se continuamente meu entusiasmo, meu reconhecimento e
minha admiração pelos SERES HUMANOS do sexo feminino:
As meninas forçadas à prostituição, Iracema e Ritinha, de “ A
Espera e a Noivinha”; A adolescente dona de bordel Lolita e sua sócia madura
Zezé, de “Lolita de Aracaju”; as sacerdotisas celtas Kina, Alana e Vérica, de “O
Cerco”, que inclui também a belíssima eunuco ostrogoda Hilduara; A corajosa guerreira
gaulesa Aline, de “Aline de Troyes”; A jovem médica brasileira Helena Fumiko, de Tókio, em “Dra.
Fumiko”; A hilária detetive amadora e professora aposentada sessentona Dhalia
Riechelmann, no thriller “Os Reflexos do Peixe Brilhante”; A competente e honestíssima
transexual Maria Amália, Primeira Ministra do país em “O Filha da Empregada” e
a bela e generosa índia guaianã Bartira, inspiradora e esposa de João Ramalho,
em “João Ramalho no Paraíso”
Todas essas mulheres não são apenas personagens auxiliares
nesses livros de ficção. Elas são as grandes personagens heroicas e as
detentoras reais do poder em todas as tramas. Das meninas prostitutas à
sumo-sacerdotisa celta, da generosa e pura índia à benemérita Fumiko, é através
dessas mulheres notáveis que eu homenageio na prática TODAS as mulheres, que,
independente de títulos ou posições, são TODAS HERÓICAS ‘per se’, por existirem
e persistirem como mulheres num mundo que lhes é injusto e desigual.
Também nos livros de não-ficção “A Bela Morde a Fera”
(coautoria com a líder feminista americana Ellen Snortland) e “Como é Caro ser
Mulher” dou vazão a minha participação ativa no movimento feminista desde os
anos 80. E faço do meu blog “Milton Maciel Escritor” e de minha participação no
Facebook arenas constantes para centenas de postagens anuais sobre o tema.
Acho justíssima a instituição de um DIA INTERNACIONAL DA
MULHER. Apenas dou um passo adiante no dia-a-dia. Mas, convenhamos, tendo
tido a sorte de ter a esposa e as três filhas que tive, caramba, até que é mais fácil tudo isso. (Aloha:
Terezinha, Denise, Andrea, Samantha !) MM
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